Matuê surpreendeu seus fãs com o lançamento do álbum “333” na segunda-feira (9), às 15h33. O novo álbum, gravado com métodos analógicos, é fruto de seu amadurecimento pessoal e criativo. Inspirado pela jornada do herói, o disco reflete as vivências do rapper no mercado musical e traz uma narrativa cinematográfica que dialoga com o autoconhecimento.
O rapper explica que o novo álbum, “333”, surgiu após um período de bloqueio criativo, durante o qual precisou se reconectar com o que realmente importava em sua vida. “Foi um processo de amadurecimento pessoal e os estágios disso são narrados nessas faixas”, revela o artista, que também é narrador e protagonista de sua própria odisséia.
Em faixas como “Crack com Mucilon” e “Isso é Sério”, Matuê narra sua ascensão e os desafios que surgem com o sucesso, como as armadilhas e os falsos amigos. O disco foi totalmente concebido em Fortaleza, onde o rapper nasceu, e explora suas raízes, tanto na produção musical quanto nas temáticas das letras.
A espiritualidade é um tema forte no álbum, sendo abordada em músicas como “O Som” e “Castlevania”. Matuê usa referências da música indiana e mantras para ilustrar o processo de domínio espiritual, enquanto sintetizadores noturnos criam a atmosfera para o plano mental do artista.
O álbum é dedicado aos jovens, com faixas que abordam questões sociais e pessoais. “V de Vilão”, por exemplo, reflete sobre as violências institucionais, enquanto “Maria” fala sobre o poder da energia feminina na reorganização mental do protagonista.
O lançamento de “333“ aconteceu de forma inusitada, com Matuê subindo em uma estrutura de 15 metros no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, para marcar a ocasião. A ação performática, acompanhada por 165 mil espectadores em live no YouTube, refletiu sobre a dualidade entre o topo e a vulnerabilidade que o sucesso traz.