Shakira é um dos maiores exemplos de transformação na música, uma artista que nunca se deixou limitar por rótulos. Embora hoje seja reconhecida como um ícone do pop mundial, suas raízes no rock são inegáveis e ainda ressoam em muitos de seus trabalhos. O início de sua carreira mostra uma jovem fascinada por guitarras, letras carregadas de significado e uma energia que traduzia a essência do rock: liberdade criativa e uma dose de rebeldia.
Shakira vem ao Brasil em 2025 para uma série de shows com a “Las Mujeres Ya No Lloran World Tour“. A turnê da cantora é uma realização da Live Nation com patrocínio do Santander. Para mais informações, basta clicar aqui.
Nos primeiros discos, o som de Shakira era marcado por arranjos mais crus e um vocal que flertava com a melancolia. “Estoy Aquí” e “Antología” são exemplos disso, músicas que falavam de amor e amadurecimento com uma honestidade desarmante. Mesmo em suas baladas mais suaves, havia uma força que vinha de sua habilidade em transformar sentimentos em versos poderosos, acompanhados de bases musicais onde o violão e a guitarra dividiam protagonismo.
Quando seu trabalho começou a ganhar alcance internacional, ela trouxe consigo não apenas o desejo de ampliar fronteiras, mas também de experimentar. Com isso, surgiu um som mais acessível e elementos que exploravam novas linguagens musicais. Ainda assim, faixas como “Inevitable” deixavam claro que o rock seguia sendo parte essencial da sua essência. Sua entrega ao cantar, cheia de intensidade e um toque de desespero calculado, era pura alma roqueira.
Mesmo em álbuns com apelo mais comercial, como aquele que trouxe “Whenever, Wherever” ao mundo, Shakira sabia equilibrar. “Objection (Tango)” exemplifica essa habilidade de fundir estrondos de guitarra e percussões mais animadas, criando algo que soa único e ousado. E esse foi sempre seu ponto forte: mesmo quando abraçava o pop ou os ritmos latinos, nunca perdia o espírito de uma artista que cresceu ouvindo rock.
Essa habilidade de transitar entre estilos também ficou evidente em músicas como “Don’t Bother”. Aqui, a dor e o orgulho são embalados por uma guitarra pulsante e um vocal poderoso.
No palco, essa multiplicidade ganha vida. As apresentações de Shakira são um espetáculo de fusão: sensualidade, ritmos latinos, mas sempre com uma energia que remete ao rock. E momentos como sua performance no Super Bowl provaram que ela é uma artista capaz de integrar tudo isso sem perder o controle da narrativa que construiu ao longo dos anos.
Mesmo com o domínio do pop em suas produções mais recentes, Shakira nunca deixou de ser a mesma artista que um dia escreveu sobre questionamentos existenciais e amores intensos. Essa capacidade de evoluir sem abandonar o que realmente importa (o coração que move sua música) é o que faz dela um fenômeno que vai muito além de hits de rádio. É o tipo de transformação que só acontece quando alguém entende a música como um reflexo honesto de quem se é.
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