A influência do rock na carreira de Lady Gaga

Lady Gaga vai transformar a Praia de Copacabana em palco no dia 3 de maio, num show gratuito que promete lotar a orla com fãs, curiosos e uma produção à altura de grandes festivais. A cantora é conhecida mundialmente por sucessos pop como “Bad Romance” e “Rain on Me”, mas seu repertório e trajetória estão longe de se resumirem a batidas eletrônicas e coreografias ensaiadas. Gaga tem uma longa e constante relação com o rock, um dos gêneros que mais moldaram sua formação artística.

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Lady Gaga vem ao Brasil em 2025 para um show histórico na Praia de Copacabana, um evento que celebra sua trajetória e sua relevância global. O espetáculo conta com um time de patrocinadores de peso: Santander (banco oficial), Latam Airlines (transporte oficial), Deezer (player oficial) e Eventim (apoiador oficial). A realização do evento fica a cargo da Live Nation e Bônus Track, com suporte comercial da Klefer e apoio institucional da Prefeitura do Rio de Janeiro, Governo do Estado do Rio de Janeiro, RioTur e VisitRio. No Brasil, a distribuição do catálogo de Lady Gaga é feita pela Universal Music. Para mais informações basta clicar aqui.

A influência começa cedo. Stefani Germanotta cresceu ouvindo Queen, David Bowie, Led Zeppelin e Black Sabbath. E essas referências não ficaram só no quarto da adolescente. O nome Lady Gaga, por exemplo, nasce da música “Radio Ga Ga”, do Queen. Já nos palcos, os traços do glam rock e da teatralidade de Bowie sempre foram visíveis, tanto nos figurinos quanto nas performances carregadas de simbolismo e exagero, típicos do gênero.

Ao longo da carreira, Gaga flertou com o rock diversas vezes. Em 2009, na turnê “The Monster Ball”, o pop de estúdio ganhava novas camadas ao vivo, com guitarras distorcidas, bateria mais pesada e uma postura de palco mais próxima de uma frontwoman de banda do que de uma diva pop tradicional. Canções como “Teeth” e “Speechless” ganhavam roupagem roqueira, com solos e improvisos.

Mas foi em 2011, com o disco “Born This Way“, que o rock virou parte oficial da equação. Faixas como “Electric Chapel” e “You and I” vão além da inspiração: são composições com estrutura e estética abertamente rock. “You and I”, aliás, conta com a participação de Brian May, guitarrista do Queen. O disco como um todo transita por electro rock, glam e até metal industrial, prova de que Gaga sempre buscou ir além do óbvio.

Em 2017, ao assumir o palco do festival Coachella, Gaga preparou um set mais cru e voltado ao rock alternativo. O mesmo espírito apareceu no documentário “Five Foot Two“, que mostrou ensaios ao lado de banda, vocal rasgado e experimentações mais orgânicas, longe das batidas programadas. No mesmo ano, ela se apresentou ao lado do Metallica no Grammy, dividindo o palco com James Hetfield em “Moth Into Flame”. A apresentação teve problemas técnicos, mas mostrou uma Gaga confortável naquele território, sem parecer fora de lugar.

O cinema também abriu espaço para essa faceta. Em “Nasce uma Estrela”, Gaga vive uma cantora que surge do anonimato ao lado de um astro do rock, interpretado por Bradley Cooper. A trilha sonora do filme, ancorada em guitarras, piano e baladas dramáticas, foi um sucesso e rendeu à cantora mais reconhecimento pela sua versatilidade vocal.

Apesar de ser lembrada principalmente como um ícone pop, Gaga nunca escondeu sua admiração pela intensidade e pela liberdade criativa do rock. Isso aparece na atitude, nos arranjos, na construção dos shows e também em sua constante reinvenção. Não à toa, artistas como Elton John, Iggy Pop e Tony Bennett sempre falaram sobre sua capacidade de transitar com autenticidade entre estilos.

Quando Lady Gaga subir no palco de Copacabana, o que o público verá será uma superprodução pop. Mas parte do DNA desse espetáculo vem do rock seja na atitude, seja na energia. A influência talvez não esteja estampada nas faixas mais conhecidas, mas está ali, nas entrelinhas. No riff que aparece de surpresa. No jeito como ela segura o microfone. Ou no simples fato de que, como muitos roqueiros, ela sempre fez questão de seguir a própria trilha.

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