Provavelmente você já deve ter ouvido em algum momento ano passado e até neste ano a música “Nave Espacial”, com uma batida leve, uma voz feminina suave. Essa voz é a da Samantha Machado, que lança nesta sexta (17) o primeiro álbum da carreira, “MVLTIFVCETVDV EM LVPIDVCVO CONSTVNTE”. Não entendeu o nome? É “Multifacetada em Lapidação Constante”. O disco é uma grata surpresa para a cena rap/trap/eletrônica para 2020. A cantora é uma das grandes apostas do cenário de 2020 da Warner Music Brasil.
Em números, Samantha tem 1,2 milhão de ouvintes mensais no Spotify; mais de 135 mil inscritos no Youtube e mais de 77 mil seguidores no Instagram. Só “Nave Espacial”, citada no comecinho do texto, acumula mais de 35,4 milhões de visualizações de áudio e vídeo em streaming.
Samantha também já tem um currículo cheio de parcerias. Para citar alguns, tem Mandragora, Liu, Groove Deelight, Mariana Mello, Chapeleiro, Nog (CostaGold), Dang3r, SóCiro, Skazi, Diomedes Chinaski, dentre vários outros.
“MVLTIFVCETVDV EM LVPIDVCVO CONSTVNTE”, que segundo a artista é uma autodescrição, abre com a já conhecida “Pirata”, parceria com SóCiro. Mas o disco tem outros feats. Aliás, boa parte das 14 faixas tem participações.
Em “Questão de Tempo”, segunda faixa, a parceria é com Leo Rocatto, Samantha se entrega em outra melodia leve, mas com as batidas que vão nos levar por quase todo o disco.
Na sequência, Samantha fala do amor pelas redes sociais em “Instagram”. A faixa também tem parceria, desta vez com Kweller.
“Controle” é a primeira música solo do disco. Balada leve, praticamente voz e violão e alguns arranjos, ressaltam a voz suave de Samantha, que mostra manter o “controle” do restante do material que entrega.
Em “Eles Querem”, a faixa mais politizada do disco vem em parceria com o pernambucano Diomedes Chinaski.
Samantha segue duas faixas em solo: “Constelação” e “Luta”. As parcerias voltam em “Jeito Difícil”, desta vez com o Guhhl, nome que começou a surgir bastante na cena rap/trap ano passado.
“Humanos” traz Samantha num reggae leve que fala dos erros e acertos da vida. “Boneca de Lata” retrata a mulher que tirou o dia pra não pensar em nada. Quem nunca?
Seguindo o disco, “Cigana”, “Não Fiz por Mal” e “Coisa Séria” destacam a facilidade com que Samantha consegue passar por tons e ritmos sem perder o medo.
“Sementes”, parceria com o canadense Chewii traz versos em inglês. Plantou e colheu um feat de respeito.
Decidida pela música em 2015, Samantha viu o caminho da vida ser traçado por diferentes acontecimentos que foram responsáveis por mudar sua vida de vez: mãe aos 22 anos e vítima de um relacionamento abusivo no mesmo ano que faria o primeiro lançamento da carreira. Em resposta, a artista escreveu “Aprisionada”, composição marcante que emocionou e empoderou os ouvintes, dando início a uma história incrível de identificação do público.
Versátil e criativa ao criar vocais em muitos gêneros musicais, Samantha, pouco antes de assinar com a Warner Music Brasil, lançou o EP “Ponta do Iceberg”, com produção de Chavz e seis músicas inéditas. Com o projeto, o público, mais uma vez, foi surpreendido com a presença de novos gêneros. Dois meses após a estreia do projeto, a artista ultrapassou a marca de 1 milhão de ouvintes mensais no Spotify.
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