Aretuza Lovi chega com a dançante “I Love You Corote”

Foto: Ernna Cost

Aretuza Lovi lançou na sexta-feira (24) o single “I Love You Corote”, que chegou acompanhado de videoclipe. A faixa foi composta pela artista em parceria com a compositora baiana Keveny e Noize Men – que também assina a produção e direção junto ao renomado trio Dogz (Pablo Bispo, Ruxell e Sérgio Santos).

“I Love You Corote” é uma prévia do que o público pode esperar de seu novo trabalho, o EP homônimo que será lançado em breve, pelo selo Black Tape, da Preta Gil. A música traz a pegada do forró eletrônico e une às referências de Aretuza, que é apaixonada e envolvida pelas brasilidades e forte cultura do Norte e Nordeste. “Não apenas referência musical, mas a cultura do forró me fez despertar a vontade de ser artista. Faz parte de quem sou hoje”, declara.

Dançante e envolvente, a canção conta a história de uma desilusão amorosa, mas que traz a superação. “Tive o privilégio de morar no Nordeste, fui envolvida pela cultura desse povo tão incrível. Por isso, essa canção traz o ritmo contagiante de momentos que também vivi. Essa foi a forma que encontrei de homenageá-los com a minha verdade para que celebremos ainda mais essas regiões”, conta a artista.

Já o clipe traz convidados especiais, como Wagner Santiago (BBB), Rafa Uccman, Lucas Guedes e o fenômeno do Tik Tok, Fernando Pagani, em pegada de forró com muita dança e referências às experiências de Aretuza.

Com três looks implacáveis, a artista conta com elementos coloridos, mas não deixa o glamour de lado, expressando a força e coragem da mulher brasileira.

“É um sonho dar vida às referências que me inspiraram e me ajudaram a construir a artista que sempre existiu em mim. É um povo lindo, forte, e o clipe foi feito com muito carinho ao povo nortista e nordestino que sempre me recebeu de braços abertos”, completa a artista.

Assista “I Love You Corote”:

O Caderno Pop conversou com a cantora sobre o novo lançamento, Corote e movimento LGBT. Confira:

Conta um pouquinho dessa escolha de Corote como bebida oficial do seu primeiro single. Por que decidiu batizar a música com nome de bebida?

Eu já tinha conhecido e já tinha bebido Corote, mas quando fui na festa de Halloween da Pabllo Vittar, eu saí na rua e vi um monte de gente tomando Corote. Depois fui pra Paulista, vi de novo um pessoal tomando Corote. Aí falei com uma amiga minha, que é compsoitora, falei que queria fazer alguma música sobre isso. Entrei num voo, a música veio, a gente gravou e tá aí, o Corote na mão.

E a Corote já ouviu a música? Será que rola uma parceria?

Muita gente veio me perguntar se era um jingle, alguma coisa, mas não… Já conversamos com a Corote e eu ficaria muito feliz se rolar alguma coisa, porque ela é uma marca que apoia a diversidade.

Será que até o Carnaval sai um Bloco Corote da Aretuza?

Quem sabe né? Eu ia gostar muito!

Sobre o ritmo escolhido para a músia, um forró, tem a ver com as suas raízes?

Tem sim, eu vivi muito no eixo Norte e Nordeste e o forró me inspirou a ser a artista que sou. Eu já trabalhei com forró, escuro forró pra malhar e é uma homenagem ao Norte e Nordeste.

A música é o pontapé inicial para um EP, né? Já tá tudo definido? Repertório, número de faixas, lançamento?

Então, vai ser um EP dividido em duas partes. A primeira parte sai agora logo depois do Carnaval, e a outra parte ainda não tá decidido. Essa primeira parte deve ter entre 4 e 5 faixas, e a segunda deve ter por aí também. O repertório da primeira parte já tá definido. Da segunda parte ainda faltam gravar algumas músicas. Vai ser uma mistura bem grande, eu não gosto de um segmento só de ritmos. Por exemplo em “Joga Bunda”, que a pessoa ouve, não sabe se é funk, ou o que é. Eu gosto disso.

E vai ter parcerias?

Claro que vai! Mas eu não gosto de antecipar feats porque pode acontecer de um feat cair, mas serão feats surpreendentes, que fogem do conceito pop e pop indie.

De uns anos pra cá, artistas LGBT passaram a ter uma grande representatividade no Brasil, mesmo com bastante perseguição, com um governo que não apoia… como você vê esse cenáerio hoje?

Eu costumo falar que a gente é resistência, que somos artistas revolucionários. Jamais, antes, dava pra imaginar que uma drag iria falar por telefone com alguém sobre música. É um movimento necessário, pra quebrar barreras, acabar com o preconceito e eu fico muito feliz em ver artistas em prol desse movimento.

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