Beyoncé fecha 2025 com a maior turnê feminina do ano, segundo a Billboard Year-End Boxscore Chart, e consolida mais um capítulo monumental na história das apresentações ao vivo. A “Cowboy Carter Tour” levou o nome da artista para outro patamar dentro do mercado global de shows ao alcançar US$ 407,6 milhões em bilheteria, marca que posiciona Beyoncé como a artista mulher de maior faturamento no ano e a segunda maior turnê geral de 2025, atrás apenas do Coldplay banda que segue acumulando números inéditos desde 2022.
A turnê foi construída como um espetáculo de estádio em escala máxima. Beyoncé percorreu 32 shows completamente lotados, reunindo 1,6 milhão de pessoas entre abril e julho, atravessando a América do Norte e a Europa. O impacto comercial veio na mesma proporção do impacto cultural: mais de 40 recordes de estádios foram quebrados, transformando a “Cowboy Carter Tour” na turnê country mais lucrativa da história, algo até então impensável para uma artista negra dentro de um gênero marcado por disputas de território e visibilidade.
Enquanto o Coldplay fechou 2025 com uma liderança histórica (quatro anos consecutivos no Top 5, 13,1 milhões de ingressos vendidos desde 2022 e US$ 1,5 bilhão acumulados) Beyoncé aparece logo atrás com uma performance que impressiona pela eficiência: menos shows, mais faturamento por apresentação, e uma taxa de ocupação que superou 94% ainda na pré-venda, segundo dados da Live Nation. Os cinco shows de abertura no SoFi Stadium, em Inglewood, renderam US$ 55,7 milhões. Em Paris, os três shows no Stade de France esgotaram em minutos, somando 240 mil ingressos vendidos. Londres recebeu seis noites históricas, impulsionadas por uma demanda que superou a capacidade de venda em diversas plataformas.
A estrutura da “Cowboy Carter Tour” também virou referência dentro da indústria de entretenimento ao vivo. O palco em formato de estrela, os telões com recorte triangular, as plataformas suspensas, o cavalo mecânico dourado e a direção criativa totalmente ancorada nas tensões e simbolismos do country americano ajudaram a elevar o espetáculo para além do repertório. Beyoncé transformou narrativa, política cultural, moda, tecnologia e performance em uma experiência contínua de quase três horas, distribuída em nove atos e amarrada pela estética e pelo discurso do álbum “Cowboy Carter”. A escolha por homenagear a história do Chitlin’ Circuit, pela inclusão de referências à cultura negra no country e pela construção de visuais cinematográficos deu ao show uma dimensão que ressoou além dos estádios.
O clima de superprodução se manteve também nos bastidores: a procura por ingressos derrubou sistemas, mobilizou fãs a organizarem mutirões de monitoramento de preços, gerou pré-vendas simultâneas para diferentes categorias de público e forçou a adição de novas datas em Londres, Inglewood, East Rutherford, Atlanta, Paris, Chicago e Las Vegas. Países como o Reino Unido estimaram que mais de 6 milhões de fãs ficariam sem ingresso, tamanho o impacto da demanda.
A performance comercial de Beyoncé também ajudou a consolidar um ano histórico para o mercado de turnês. Pela primeira vez, cinco turnês ultrapassaram a marca de US$ 300 milhões, número que supera os recordes consecutivos de 2023 e 2024. Depois de Beyoncé, a lista segue com Kendrick Lamar & SZA (US$ 358,7 milhões), The Weeknd (US$ 336,7 milhões) e Shakira (US$ 327,4 milhões). Mesmo dentro de um ano tão inflado, Beyoncé manteve protagonismo absoluto no recorte feminino.
Com o encerramento oficial em 26 de julho, em Paradise, Nevada, a “Cowboy Carter Tour” consolidou Beyoncé como uma força que reconfigura padrões de mercado, cultura pop e performance ao vivo. Em 2025, ninguém entregou um espetáculo de estádio tão grande, tão narrativo, tão disputado e tão lucrativo quanto ela. E os números provam isso sem esforço: a maior turnê feminina do ano, a turnê country mais lucrativa de todos os tempos e mais um capítulo que reforça por que Beyoncé segue ocupando um espaço que poucos artistas alcançam dentro e fora do palco.
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