Neste sábado (13), o Chic Show comemorou seus 50 anos com um espetáculo memorável no Allianz Parque, trazendo à tona a vibrante essência da black music. O evento, uma produção conjunta da Music On Events, Chic Show e Magnetar, transformou o fim de semana paulistano em uma verdadeira celebração da cultura preta.
O grande destaque da noite foi Lauryn Hill, que vive um momento excelente em sua carreira. Seus shows recentes têm sido cada vez mais poderosos, e no Chic Show ela mostrou por que é considerada a rainha da black music. Acompanhada de seu filho YG Marley e Wyclef Jean, Lauryn Hill revive sucessos atemporais do The Fugees. Mas a noite foi muito além disso, com a presença de Jimmy “Bo” Horne e grandes nomes nacionais como Mano Brown, Criolo, Rael, Sandra de Sá e os lendários DJs Luciano, Grandmaster Ney e Preto Faria.
Idealizado por Luiz Alberto da Silva, o Luizão, o Chic Show sempre foi um símbolo de celebração e transformação cultural.
A tarde começou com Sandra de Sá subindo ao palco pouco antes das 13h30. Mesmo com o público ainda chegando, ela capturou a atenção de todos com clássicos como “Retratos e Canções” e “Olhos Coloridos“, preparando o terreno para o que viria a seguir. Rael foi o próximo a se apresentar, trazendo uma mistura de influências da música negra. Ele cantou desde “Hip Hop É Foda” até uma versão de “Le Freak” do Chic, em homenagem ao evento.
Quando Criolo entrou em cena, a energia do evento se transformou. Com sua presença magnética e uma percussão intensa, ele mesclou músicas como “Convoque seu Buda” e “Não Existe Amor em SP” com intervenções do DJ DanDan. Criolo exaltou a história do Chic Show, trazendo hits de baile como “Bam Bam” e “Loving You“, fazendo a plateia reviver os passos tradicionais dos bailes. Criolo é, sem dúvida, um dos nomes mais potentes da nossa música, e sua performance no Chic Show apenas reafirmou seu status como um artista essencial da atualidade.
Mano Brown, uma das atrações mais aguardadas, trouxe um toque especial ao festival. Vestido com um terno xadrez azul, ele comandou o palco com sua banda Boogie Naipe, entregando grooves inspirados no funk dos anos 70. Brown, um dos maiores artistas do Brasil, conseguiu intercalar raps e vocais poderosos, enquanto Lino Krizz assumia os vocais soul. Projeções no telão mostravam imagens do centro de São Paulo, e Brown, sempre engajado, interagia com a plateia, reforçando a missão inclusiva do Chic Show.
Lauryn Hill, a grande estrela da noite, subiu ao palco com mais de uma hora de atraso, mas sua presença majestosa compensou a espera. Com tranças azuis e amarelas e uma saia azul, Lauryn dominou o estádio por quase três horas. Seu repertório incluiu canções do icônico álbum “The Miseducation of Lauryn Hill” e sucessos dos The Fugees como “Ready or Not” e “Killing Me Softly“. Cada nota cantada por Lauryn era carregada de emoção e intensidade, refletindo a profunda conexão que ela tem com sua música e seus fãs.
Durante a performance, Lauryn Hill compartilhou o palco com seus filhos, Zion Marley e YG Marley, que apresentaram músicas no estilo reggae, e com Wyclef Jean, que trouxe faixas de sua carreira solo. Essas participações permitiram a Lauryn renovar sua energia e continuar a hipnotizar o público. Mesmo com alguns problemas técnicos, Lauryn Hill encantou a plateia com sua entrega emocional. Momentos de emoção levaram a artista às lágrimas, demonstrando sua profunda conexão com os fãs.
O festival “Chic Show 50 Anos” celebrou a trajetória do evento destacando a importância de Lauryn Hill e dos The Fugees para a música preta. Lauryn, com sua voz poderosa tornou-se um ícone da música negra, influenciando gerações e promovendo a cultura preta mundialmente. Sua performance no Chic Show lembrou o lendário show no Coachella, reafirmando seu status como uma das artistas mais importantes da música.