Claudia Raia volta aos palcos em musical “Tarsila, a Brasileira”

Foram dois anos intensos na vida pessoal de Claudia Raia com o nascimento de seu filho Luca, mas a vida profissional começa a dar grandes sinais de retomada em ritmo aceleradíssimo. Isso porque ela finalmente volta aos palcos a partir de 25 de janeiro de 2024 para a estreia de um dos projetos mais importantes de sua carreira. A atriz protagoniza e produz Tarsila, a Brasileira, musical 100% nacional que retrata a vida de Tarsila do Amaral, que com sua paleta de cores e inovação, mostrou a verdadeira face do Brasil, traduzindo a complexidade e a riqueza da cultura nacional para o mundo todo.  A montagem, com texto e letras de Anna Toledo e José Possi Neto, que também assina a encenação e direção de arte, e direção musical de Guilherme Terra, traz ainda Jarbas Homem de Mello, dando vida a Oswald de Andrade. O espetáculo fica em cartaz no Teatro Santander, localizado no Complexo JK Iguatemi, em São Paulosomente até 26 de maio de 2024

Os ingressosjá estão à venda na internet (www.sympla.com.br) e pela bilheteria oficial do próprio Teatro Santander (sem taxa de conveniência – Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041). As apresentações ocorrem todas as quintas e sextas-feiras, às 20h; sábados e domingos às 16h e 20h. “Tarsila, a Brasileira” é apresentado pelo Ministério da Cultura e Zurich Santander, patrocínio EMS Santander Brasil, co-patrocínio Cristália, e apoio Banco HyundaiCacau Show e Comgás. A produçao é da Rega Início Produções Artísticas, a idealização da Raia Produções e realização é da Oito Graus Produções.

“Arte e cultura são fundamentais porque carregam nossa história, contam mais sobre nós, sobre nossa identidade coletiva”, diz Claudia Raia. “Tarsila do Amaral é a cara do Brasil. Com sua obra, ela mostra nosso potencial de criação, renovação e como é importante olhar o que veio antes, nem que seja para se alimentar daquilo e mostrar algo novo”.

Num verdadeiro passeio pelo início dos anos 1900, o público terá contato com ícones, como Anita Malfatti (Keila Bueno), Mário de Andrade (Dennis Pinheiro) e Menotti del Picchia (Ivan Parente), que, com Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, formaram o quinteto de modernistas que mudaram a história da arte brasileira.

Além deles, completam o elenco de 23 atores cantores: Carol Costa (Dulce/ Pagu), Liane Maia (Dona Olívia Guedes Penteado), Reiner Tenente (Luís Martins /Blaise Cendras), Estela Ribeiro (ensemble/ Tarsila do Amaral alternante), e também André Luiz Odin (ensemble), John Seabra (ensemble/ Mário de Andrade cover), Fernanda Godoy (ensemble/ swing), Fernanda Salla (ensemble), Guilherme Terra (Ígor Stravinsky/ Maestro condutor), Marcos Lanza (ensemble), Marilice Cosenza (ensemble/ Anita Malfatti cover), Matheus Paiva (ensemble), Mirella Guida (ensemble), Carol Botelho (ensemble / Dulce/Pagu cover), Rafael Leal (ensemble), Renato Bellini (ensemble), Vanessa Costa (ensemble / Dona Olívia Guedes Penteado cover), Guilherme Pereira (ensemble / dance captain).

Na equipe criativa de Tarsila – a Brasileira também estão Tony Lucchesi e Guilherme Terra (Músicas), Alonso Barros (Coreografia e Direção de Movimento), Renato Theobaldo (Cenário), Fabio Namatame (Figurino) e Dicko Lorenzo (Visagismo). 

Sinopse
A história começa com a chegada de Tarsila a São Paulo, em 1922, vinda da Escola de Artes de Paris, e seu encontro com os modernistas, que daria origem ao famoso Grupo dos Cinco (Tarsila, Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia) e seria o início de um tórrido romance entre ela e Oswald. A ação então passa pela efervescência e excessos dos modernistas, a vida entre São Paulo e Paris, o atribulado e concorrido atelier de Tarsila em Paris, frequentado pela nata artística da época (Pablo Picasso, Igor Stravinsky, Eric Satie, Jean Cocteau, entre outros), o “redescobrimento do Brasil” e as revoluções estéticas que culminaram no movimento Antropofágico e na criação do Abaporu, ponto máximo da colaboração artística entre Tarsila e Oswald.

A segunda parte da história começa justamente com a Crise de 1929, quando Tarsila perde toda a sua fortuna e descobre a traição de Oswald com Pagu, jovem protegida do casal. Separada de Oswald e destituída de suas fazendas, Tarsila viaja para Moscou e dá início a sua fase de pinturas “sociais”, retratando os trabalhadores brasileiros. Tarsila é presa pela polícia de Getúlio Vargas, suspeita por atividades “revolucionárias” pelo simples fato de ter ido à Rússia. Acolhida e amparada pelos amigos, Tarsila então conhece seu último amor, o jornalista carioca Luis Martins, 24 anos mais jovem do que ela, com quem viveria por dezoito anos.

Após a morte da sua filha e sua neta, da separação de Luís, e da morte de Mário, Anita e Oswald, Tarsila reflete sobre suas perdas e encontra consolo na espiritualidade – mais especificamente, na doutrina espírita de Chico Xavier. Numa epifania, Tarsila revela sua visão e renova sua convicção na Arte como possibilidade de transcendência e de encontro com as pessoas que amou e as pessoas que compartilharam do mesmo sonho, que se funde com a Retrospectiva da Semana de Arte Moderna, cem anos depois, numa grande consagração da Cultura brasileira.

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