Se você acha que o Halloween já é assustador por si só, espere até encontrar Art, o Palhaço. Com seu sorriso macabro e uma criatividade perturbadora, ele conquistou o coração (e o medo) dos fãs de terror com a franquia “Terrifier“, que retorna em grande estilo com “Terrifier 3” em 31 de outubro de 2024. Mas antes de enfrentarmos o retorno sangrento de Art, vamos revisitar os filmes que trouxeram esse palhaço à vida, ou à morte.
Tudo começou com um curta-metragem em 2011, dirigido por Damien Leone, que apresentou o palhaço mais assustador que o cinema veria desde Pennywise. O curta ganhou visibilidade e, em 2013, foi incorporado à antologia “All Hallows’ Eve“, onde Art fez sua primeira aparição oficial em um longa-metragem. Porém, foi só em 2016, com o lançamento de “Terrifier“, que o vilão ganhou seu próprio espaço como protagonista.
O primeiro “Terrifier” já mostrava o que estava por vir: um filme sem freios no quesito violência gráfica e com uma atmosfera que remetia aos clássicos slashers dos anos 80, mas com uma pegada ainda mais sombria. Art, o Palhaço, interpretado por David Howard Thornton, é a verdadeira personificação do terror implacável. Ele não tem uma motivação clara, não há explicações para sua sede de sangue e talvez seja isso que o torna tão assustador. No Halloween, ele caça três jovens, sem piedade, em um desfile de horrores que inclui tortura e desmembramento. A cena da serra elétrica cortando uma das vítimas ao meio é um momento que ficou marcado no cinema de horror, chocando até os espectadores mais resistentes.
A performance de Thornton como Art foi um dos pontos mais elogiados do filme. Seu uso da expressão corporal, sua habilidade em transmitir medo sem dizer uma palavra e o jeito maníaco com que ele persegue suas vítimas deram ao personagem um status de ícone moderno do terror. O fato de ele ser um palhaço – uma figura já tradicionalmente associada ao medo – só adiciona uma camada extra de pavor. Mesmo com uma recepção mista da crítica, “Terrifier” conquistou uma base fiel de fãs que apreciavam a nostalgia do estilo slasher aliado a um horror cru e sem disfarces.
Já em 2022, “Terrifier 2” chegou com a missão de superar o original – e o fez com folga. Se o primeiro filme já era intenso, a sequência levou tudo a novos extremos. O orçamento maior permitiu à equipe de produção criar efeitos visuais ainda mais impressionantes, com cenas que beiram o insuportável. Art, o Palhaço, está mais brutal, e a sequência inclui momentos que não deixam dúvidas: este é um filme para quem tem estômago forte. Em vez de meramente repetir a fórmula do primeiro, Damien Leone deu profundidade à mitologia do personagem, explorando ainda mais seu sadismo e adicionando uma protagonista feminina mais forte, Sienna (interpretada por Lauren LaVera), que se tornou uma final girl digna de nota no gênero.
Outro aspecto interessante de “Terrifier 2” é como ele transformou o cinema de terror independente em um fenômeno. O filme, feito com um orçamento modesto, conseguiu resultados surpreendentes nas bilheterias e conquistou uma nova geração de fãs, tornando-se uma referência no terror gore. Ele foi exibido em festivais de cinema de horror e logo se tornou um queridinho do público, provando que o terror underground ainda tem seu espaço na indústria.
E agora, com “Terrifier 3” prestes a chegar aos cinemas, a expectativa é enorme. Rumores indicam que esta nova sequência será a mais sangrenta de todas, algo difícil de imaginar dado o histórico da franquia. Damien Leone, mais uma vez na direção e roteiro, afirmou em entrevistas que “Terrifier 3” trará novos elementos à narrativa, expandindo o universo de Art e introduzindo novos personagens que prometem tornar o filme ainda mais imprevisível. O objetivo é manter o equilíbrio entre o terror gráfico e uma história interessante, elevando o status da franquia para além do nicho do horror.
Outro fator que aumenta o hype em torno de “Terrifier 3” é o retorno de David Howard Thornton no papel de Art, o Palhaço. Sua interpretação já se tornou icônica, e os fãs aguardam ansiosamente para ver como ele vai superar os horrores dos filmes anteriores. Além disso, a franquia continua a subverter expectativas ao colocar o vilão como figura central, em vez de focar nos heróis que tentam sobreviver. Esse foco em Art é uma das razões pelas quais ele se tornou um símbolo do terror moderno – ele rouba a cena a cada aparição.
Não é exagero dizer que “Terrifier” se consolidou como uma das franquias de horror mais importantes da última década, revitalizando o subgênero slasher com sua abordagem direta e sem medo de chocar. E se você conseguiu sobreviver aos dois primeiros filmes, prepare-se: “Terrifier 3” promete ser uma experiência perturbadora que vai ficar na sua cabeça – e talvez nos seus pesadelos – por um bom tempo.
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