Com terceiro single, Elana Dara dá sequência na recente carreira de uma das maiores promessas da nova geração de artistas

ElanaDara_Capa Single_NinguemDaCertoComigo_Easy-Resize.com

Multi-instrumentista, ilustradora, compositora e dona de uma voz potente e suavemente encantadora. Essa é talentosa Elana Dara, que com apenas 20 anos é considerada uma das grandes novas apostas da música brasileira. Acompanhada de seu violão, Elana lança nesta quinta-feira, 11 de junho, pela Warner Music Brasil, o terceiro single de sua recente carreira intitulado “Ninguém dá certo cmg”, com toda sua concepção artística criada durante a quarentena.

Disponível em todas as plataformas digitais, a música inédita narra um desabafo e o processo de superação de um sentimento universal: a desilusão amorosa. Na balada, Elana pega carona nas nuances rítmicas presentes na melodia para passear pelas etapas da tristeza, aceitação, superação e, por fim, auto suficiência. “Nunca fui a melhor pessoa para lidar com sentimentos. Escrevi a música inteira em uma noite de quarentena na total e completa carência, que com certeza vai gerar muita identificação da galera que tá com saudade de um carinho. Além de ser a forma que me distraio de tudo, escrevendo e compondo. Quero que quem ouça se sinta abraçado e de alguma maneira entenda que não está sozinho estando sozinho”, comentou a artista sobre o novo trabalho.

“Ninguém dá certo cmg” também ganha um caprichado clipe, do diretor Fernando Moraes, da dupla Os Primos, que já assinou vídeos para grandes nomes do cenário atual, como Laura Pausini, Ludmilla, Luan Santana, Pabllo Vittar, Luísa Sonza, Preta Gil, Lexa, Johnny Hooker, Rouge, Dilsinho, entre outros. Totalmente gravado durante a quarentena e respeitando o isolamento social, o vídeo foi feito dentro de um apartamento, com equipe extremamente reduzida, respeitando as diretrizes de distanciamento e com a recomendações das autoridades. Fazer o vídeo dialogar com a música e ainda entregar um trabalho impecável aos fãs diante da situação de pandemia foi um desafio e tanto. Por isso a criatividade deu o tom e foi essencial ao criar ambientes diversos dentro de uma única locação.

Com menos de dois anos de carreira, a artista faz parte da geração de jovens artistas talentosos da nova música brasileira. Curitibana, Elana traz um background de inspirações bastante plural, flerta em suas composições de maneira única e interessante com o Pop, Rap e R&B. Inicialmente se destacou como um dos grandes nomes de artistas covers na internet. Mais tarde, lançou seus primeiros dois trabalhos, “Muda Tudo” e “Falei de Você Pra Minha Mãe”, que a colocaram oficialmente nos holofotes como artista completa que compõe, toca e canta. Entre os singles, e já com sucesso reconhecido, foi convidada a participar da oitava edição do maior projeto de RAP acústico do Brasil, o “Poesia Acústica”, ao lado de Projota, Cynthia Luz e MV Bill.

O Caderno Pop conversou com a cantora, que falou mais sobre o novo material. Confira:

Essa quarentena tá fazendo todo mudo se adaptar e aparentemente o que estamos passando vai ser o novo normal. Na época do lançamento do seu primeiro single pela Warner, “Falei de você pra minha mãe”, as coisas ainda estavam “normais”. Como você tem adaptado a sua vida agora?
Assim que eu me mudei para São Paulo, a quarentena aconteceu. A gravação do clipe “Falei de você pra minha mãe” foi uma semana antes de ser declarado quarentena, se não me engano. Eu lembro que a ideia do clipe era fazer o dia a dia e já tinham muitas coisas fechadas. Por isso não foi tão estranho gravar “Ninguém dá certo cmg” porque o clipe anterior já não foi 100% na normalidade da vida. Mas, como eu recém me mudei pra São Paulo, eu praticamente só fico no meu apartamento e estou tentando lidar com a minha própria companhia, estou morando só com um amigo, mas, querendo ou não, nos sentimos muito sozinhos. Acho que a única escapatória é tentar se produtivo agora, para não pirar. No meu caso, por exemplo, eu escrevi essa música. Estou tentando reverter toda essa situação para que se torne algo mais suportável.

Aliás, a música foi escrita na quarentena, né? Esse período já rendeu quantas composições?
Sim, foi escrita na quarentena. Vou dizer que o período rendeu menos do que eu gostaria, mas não sei dizer exatamente quantas músicas inteiras, porque eu tenho a mania de escrever coisas picadas. Não estou tão produtiva quanto em uma vida normal, porque eu me inspiro muito no dia a dia, no contato físico com as pessoas, em abraço, em vivência e como não estou tendo isso, às vezes a gente descarrega e fica sem inspiração.

O seu som se encaixa bastante no “movimento good vibes”, que tem artistas como Lagum, Melim, Vitor Kley… Você já conheceu algum deles?
Já conheci, são pessoas incríveis e admiro muito o trabalho deles!

Eu li numa entrevista que você aprendeu a tocar violão sozinha e na verdade a música nem era sua opção de carreira. De repente tudo mudou e você tá num cenário junto com grandes artistas. Como foi essa transformação?
Até hoje eu não me acostumei com tudo isso, acho que foi inesperado na minha vida, mas eu tive que ter muita coragem pra deixar isso acontecer. As coisas estavam acontecendo e eu tive que tomar a decisão de “ok, beleza, vou continuar a faculdade ou mudar de cidade e viver de música?”. Eu vim para São Paulo, longe da minha família, tive que ter muita coragem e vontade, que eu acho que é o que tenho de sobra, muita vontade de fazer isso dar certo. E já está dando. Estou muito orgulhosa do trabalho que vou colocar na rua e sei que as pessoas vão se identificar muito.

Assista “Ninguém dá certo cmg”:

Sair da versão mobile