“Queria namorar você e partir seu coração só para ganhar uma música”, com este comentário de um amigo próximo, Miranda começa a escrever sua história na música. Cantora, compositora e multi-instrumentista carioca, Aline Loureiro de Miranda, 22 anos, fez sua estreia na música há sete anos, quando integrava uma banda, chamada Júlia Sabe, e já participava de saraus e eventos da faculdade. Ela lança hoje o primeiro single, “Eu Não”, uma música que começou no final de um ano e terminou no final de outro, a faixa conta um pouco de uma das fases da vida da cantora em que aconteceram várias reviravoltas.
“Acho que a minha essência é a natureza, talvez, dos desastres naturais à beleza das paisagens, literalmente”, comenta a cantora sobre sua história. Com este ponto de partida podemos sentir que a alma leve da artista transpõe suas composições – as quais escreve desde os 12 anos e para as quais tudo é pano de fundo.
A rotina do dia a dia, as conversas com os amigos, família e namorado, ou até mesmo o olhar alheio na rua, a cor do vestido da moça que trabalha no xerox da faculdade, o espaço, a natureza e perguntas que ninguém sabe responder, preenchem as linhas da artista. Ela fala de tudo, mas, principalmente do amor e suas mais variadas formas. Para acompanhar, Miranda toca violão, ukelele e escaleta, instrumentos que preenchem os espaços de voz com o melhor das batidas indie, folk e MPB.
Autodidata, Miranda cursa Teoria e Produção Musical na faculdade. Extremamente estudiosa, começou sua primeira faculdade ainda com 16 anos e aprendeu a tocar violão por causa do irmão mais velho, que foi sua primeira inspiração para música, tornando-se hoje seu empresário. “Quando a gente era mais novo, eu tinha uns sete anos, mais ou menos, ele deixava um rádio tocando na varanda de casa, adorava ficar ouvindo. Lembro de quando ele ganhou um violão e eu achei super legal, mas ele não me deixava mexer porque eu era pequena. Conforme fomos crescendo, fui me interessando mais pela música até que um dia ele me deixou pegar o violão. Ele não só me emprestou, como me ensinou a tocar”, comentou Miranda.
Seu espelho e ídolo hoje são materializados pelo nome Aurora, uma das artistas que mais inspira Miranda a compor e a ver o mundo por outro ângulo “a habilidade que ela tem com as palavras e a forma como ela se expressa me encantam muito”, comenta a cantora. Outros nomes do cenário fonográfico como Tiê – com quem sonhar fazer uma parceria –, Rebecca Sugar, Vanguart, Cícero, Los Hermanos, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Lucy Rose, Dodie Clark e Doughter contribuem também para sua construção artística e processo criativo.
“Pra mim, a música é uma forma de comunicação emotiva. É algo que passa uma ideia e te faz sentir o que está sendo ouvido. A música é uma parte de mim, é minha forma favorita de me expressar, de botar pra fora qualquer coisa que eu esteja passando ou sentindo”. Autobiográfico, seu trabalho traz muito de seus ídolos: a dedicação e entrega às composições. Miranda sempre escreveu muito, poesias e textos soltos, chegou a dividi-los com o mundo em um blog, mas, para ela, só os textos não pareciam satisfazê-la, não eram coloridos o suficiente, conta a cantora que vê cores em tudo e as associa com todos os seus acontecimentos e fases.
Para expandir sua inspiração, Miranda decidiu transformar os textos em música e começou a adaptá-los para melodias, criadas, inicialmente, com acordes básicos que sabia. “Foi aí que eu comecei com as músicas de paixonite adolescente. Depois, conheci uma galera no ensino médio, que também gostava de música, levávamos violão pra escola e juntávamos todos pra tocar no intervalo”. Uma coisa levou à outra, do colégio, a música a acompanhou para a faculdade, foi lá a apresentação de sua primeira faixa autoral para o público.
“Dizer que a música significa tudo é muito clichê, mas é quase isso mesmo. A música pra mim é sentimento, expressão, comunicação, vida”. Com este sentimento e estudando música, Miranda se encontrou no cenário fonográfico e assinou seu contrato com a Warner Music Brasil em 2018. “Tem muito amor e história aí e eu espero que vocês sintam isso tudo. Quero inspirar as pessoas com a minha música, quero que as minhas letras façam sentido para elas, que seja importantes em algum momento na vida de alguém”, finaliza.
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