Sem resultados
Ver todos os resultados
Caderno Pop

  • Página Inicial
    • Sobre o Caderno Pop
    • Fale com a gente
  • Música
    • Música
    • Clipes e Audiovisuais
    • Festivais
    • Shows
  • Cinema/Filmes
  • Séries
  • Entrevistas
  • Streaming
  • Livros
  • Novelas
  • Página Inicial
    • Sobre o Caderno Pop
    • Fale com a gente
  • Música
    • Música
    • Clipes e Audiovisuais
    • Festivais
    • Shows
  • Cinema/Filmes
  • Séries
  • Entrevistas
  • Streaming
  • Livros
  • Novelas
Sem resultados
Ver todos os resultados
Caderno Pop
Sem resultados
Ver todos os resultados

Crítica: “Assassino Sem Rastro” (Memory)

Texto: Ygor Monroe
16 de abril de 2025
em Amazon Prime Video, Cinema/Filmes, Resenhas/Críticas, Streaming
0

Em “Assassino Sem Rastro“, dirigido por Martin Campbell, Liam Neeson interpreta Alex Lewis, um matador profissional que, ao recusar eliminar uma vítima menor de idade, entra em rota de colisão com seus contratantes e o FBI. O longa é uma refilmagem do thriller belga “A Memória de um Assassino” (2003), baseado na obra de Jef Geeraerts, mas a adaptação norte-americana falha em preservar a densidade moral e a sobriedade do original. O resultado é um thriller genérico, carente de identidade, ritmo e coesão dramática. O filme segue em alta no catalogo do Prime Video.

Saiba o que chega aos cinemas em abril de 2025

Crítica: "Assassino Sem Rastro" (Memory)
Crítica: “Assassino Sem Rastro” (Memory)

A premissa ainda possui potencial dramático, ao colocar um protagonista experiente, mas em franca deterioração mental, diante de um dilema ético irredutível. Neeson tenta imprimir alguma vulnerabilidade à figura de Alex, um assassino com Alzheimer em estágio inicial, mas esbarra na superficialidade do roteiro assinado por Dario Scardapane. Os conflitos são pouco desenvolvidos e as motivações dos personagens coadjuvantes, entre eles o agente Vincent Serra (Guy Pearce) e a antagonista interpretada por Monica Bellucci, surgem como esboços, ausentes de substância dramática.

A direção de Campbell não sustenta a tensão necessária para um filme de investigação e vingança. O ritmo é irregular, os diálogos são excessivamente expositivos e a montagem falha em articular fluidez entre os momentos de introspecção e ação. As sequências de violência são genéricas, conduzidas com a previsibilidade dos thrillers de ação lançados em série. A presença de Neeson, que já vem de uma década explorando personagens similares, tampouco renova o gênero. Seu desempenho é funcional, mas desgastado pela repetição de arquétipos.

Do ponto de vista técnico, o longa sofre com falhas evidentes. A mixagem de som apresenta inconsistências desconcertantes, com microfones visivelmente inferiores em cenas de coadjuvantes, prejudicando a imersão. Em várias cenas, a pós-produção de áudio (ADR) é mal executada, com descompasso entre falas e movimentos labiais. Esses detalhes, embora pontuais, reforçam a sensação de um projeto descuidado, distante do padrão técnico esperado em produções de estúdio.

A fotografia de David Tattersall opta por uma paleta sombria e desaturada, adequada ao tom niilista do filme, mas sem grande inventividade visual. A trilha sonora de Rupert Parkes passa despercebida, cumprindo apenas função auxiliar e sem valor narrativo agregado. O design de produção tampouco contribui para contextualizar a degradação física e moral do protagonista, oferecendo cenários genéricos e desprovidos de atmosferas marcantes.

Outro aspecto que merece observação é a forma como esta nova versão lida com a sexualidade e o corpo feminino. Ao contrário do filme original de Erik Van Looy, que explorava esse tema de maneira crua e até questionável, “Assassino Sem Rastro” evita qualquer grau de exposição ou intimidade. A escolha reflete mudanças de sensibilidade no cinema comercial norte-americano, mas também evidencia o descompasso entre a classificação indicativa e o conteúdo efetivamente abordado. O resultado é uma versão sanitizada que retira o impacto psicológico das relações entre os personagens e afasta a complexidade moral da trama.

Mesmo o final alternativo, que tenta diferenciar esta refilmagem da produção belga, carece de peso dramático. A tentativa de conferir ao desfecho uma ambiguidade moral se dissolve diante de uma construção narrativa apressada e desarticulada. O arco de Alex não encontra uma resolução satisfatória, o que compromete a proposta central de um thriller existencial.

“Assassino Sem Rastro” exemplifica os riscos de adaptar obras densas em formatos simplificados para consumo rápido. Ao diluir temas como ética, culpa e fragilidade cognitiva em um molde previsível de ação hollywoodiana, o filme perde aquilo que fazia do original uma obra digna de reavaliação. A proposta é promissora, mas a execução revela-se inócua e esquecível. O conselho mais honesto é revisitar o longa de 2003, que permanece muito mais eficaz naquilo que propõe explorar.

⭐⭐

Avaliação: 1.5 de 5.

Fique por dentro das novidades das maiores marcas do mundo! Acesse nosso site Marca Pop e descubra as tendências em primeira mão.

Compartilhe isso:

  • Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela) Facebook
  • Clique para compartilhar no X(abre em nova janela) 18+

Curtir isso:

Curtir Carregando...

Relacionado

Temas: cinemaCríticaResenhareview
Anterior

Crítica: “Abá e Sua Banda”

Próximo

Crítica: “Uma Última Viagem” (Den sista resan)

Conteúdo Relacionado

Crítica: “Premonição 6: Laços de Sangue” (Final Destination: Bloodlines)
Cinema/Filmes

Crítica: “Premonição 6: Laços de Sangue” (Final Destination: Bloodlines)

Texto: Ygor Monroe
13 de maio de 2025
Crítica: “Licorice Pizza”
Cinema/Filmes

Crítica: “Licorice Pizza”

Texto: Ygor Monroe
13 de maio de 2025
Crítica: Alex Warren, “You’ll Be Alright, Kid (Chapter 1)”
Música

Crítica: Alex Warren, “You’ll Be Alright, Kid (Chapter 1)”

Texto: Ygor Monroe
13 de maio de 2025
Crítica: “Missão: Impossível: Acerto de Contas Parte 1” (Mission: Impossible – Dead Reckoning Part One)
Cinema/Filmes

Crítica: “Missão: Impossível: Acerto de Contas Parte 1” (Mission: Impossible – Dead Reckoning Part One)

Texto: Ygor Monroe
12 de maio de 2025
Crítica: “Missão: Impossível – Efeito Fallout” (Mission: Impossible – Fallout)
Cinema/Filmes

Crítica: “Missão: Impossível – Efeito Fallout” (Mission: Impossible – Fallout)

Texto: Ygor Monroe
12 de maio de 2025
Crítica: “Missão: Impossível – Nação Secreta” (Mission: Impossible – Rogue Nation)
Cinema/Filmes

Crítica: “Missão: Impossível – Nação Secreta” (Mission: Impossible – Rogue Nation)

Texto: Ygor Monroe
12 de maio de 2025
Crítica: “Missão: Impossível – Protocolo Fantasma” (Mission: Impossible – Ghost Protocol)
Cinema/Filmes

Crítica: “Missão: Impossível – Protocolo Fantasma” (Mission: Impossible – Ghost Protocol)

Texto: Ygor Monroe
12 de maio de 2025
Próximo
Crítica: “Uma Última Viagem” (Den sista resan)

Crítica: "Uma Última Viagem" (Den sista resan)

Crítica: “Sneaks: De pisante novo” (Sneaks)

Crítica: "Sneaks: De pisante novo" (Sneaks)

    Please install/update and activate JNews Instagram plugin.

© 2022 Caderno Pop - Layout by @gabenaste.

Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Página Inicial
    • Sobre o Caderno Pop
    • Fale com a gente
  • Música
    • Música
    • Clipes e Audiovisuais
    • Festivais
    • Shows
  • Cinema/Filmes
  • Séries
  • Entrevistas
  • Streaming
  • Livros
  • Novelas

© 2022 Caderno Pop - Layout by @gabenaste.

plugins premium WordPress
%d