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Crítica: “Bagagem de Risco” (Carry-On)

“Bagagem de Risco” começa com uma premissa intrigante e promissora: Taron Egerton interpreta Ethan Kopek, um jovem agente da TSA que, na véspera de Natal, se vê forçado a tomar decisões impossíveis para salvar a vida de sua namorada grávida e centenas de passageiros. Jason Bateman, por sua vez, entrega um antagonista misterioso e ameaçador que orquestra toda a tensão do enredo. No papel, a ideia de um thriller claustrofóbico ambientado em um aeroporto soa irresistível. Na prática, o filme não consegue sustentar essa promessa.

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Crítica: “Bagagem de Risco” (Carry-On)

Egerton traz camadas emocionais convincentes para Ethan, especialmente em seus momentos de dilema moral, enquanto Bateman adiciona um charme gélido ao seu personagem. A dinâmica entre os dois atores é um dos pontos altos, sustentando o suspense em cenas pontuais. O ambiente confinado do aeroporto também colabora inicialmente, criando uma atmosfera de urgência palpável.

Mas essas qualidades não conseguem salvar o filme de suas escolhas problemáticas. O roteiro perde o rumo ao trocar a tensão por reviravoltas cada vez mais inverossímeis. O realismo que deveria ser a base da história se dissolve em situações absurdas, culminando em um ato final que se assemelha mais a uma colagem de exageros do que a um clímax bem construído.

O ritmo é outro obstáculo. Enquanto o início estabelece bem as apostas, o segundo ato patina em cenas repetitivas e decisões narrativas confusas. A tensão, que deveria crescer, se esvai à medida que o filme se afunda em ação desenfreada e incoerente. Para um thriller que depende de sua capacidade de prender o espectador, isso é um erro grave.

É frustrante porque o filme tem lampejos de um potencial maior. Com um roteiro mais contido e focado, “Bagagem de Risco” poderia ter se tornado um suspense memorável. Egerton e Bateman fazem o possível, mas suas performances acabam enterradas sob o peso de um enredo que pede demais da suspensão de descrença do público.

No final o longa é uma oportunidade perdida. Começa como uma aposta sólida, mas se transforma em uma experiência frustrante pela insistência em abandonar a plausibilidade e o bom senso narrativo. Para quem procura tensão genuína e um roteiro bem amarrado, essa bagagem pode ser difícil de carregar.

Avaliação: 2 de 5.

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