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Crítica: “Better Man: A História de Robbie Williams” (Better Man)

Dirigido por Michael Gracey, “Better Man” chamou atenção no Festival de Toronto 2024 ao trazer uma releitura ousada da vida de Robbie Williams. Misturando musical e biografia, o filme inova ao retratar o cantor como um macaco CGI, uma escolha que pode soar estranha, mas acaba funcionando como um elemento simbólico que dá profundidade à narrativa.

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Crítica: “Better Man: A História de Robbie Williams” (Better Man)

O grande trunfo de “Better Man” é a honestidade com que aborda a trajetória de Robbie. A produção não tem medo de mostrar os momentos mais difíceis, como o enfrentamento da depressão e o impacto do abuso de substâncias, enquanto também celebra sua capacidade de se reinventar. Esse equilíbrio torna o filme mais real e envolvente.

Visualmente, é impossível ignorar o impacto. Os efeitos que transformam Robbie em um macaco são impressionantes, e as sequências musicais são grandiosas e criativas. Destaque para a releitura de “Angels”, que emociona pela intensidade, e para a cena em que o protagonista enfrenta seus próprios demônios internos, carregada de simbolismo e emoção.

A fotografia também merece elogios. Cada cena é cuidadosamente composta para amplificar as emoções, seja nos momentos mais isolados ou nas performances explosivas. No entanto, o ritmo do filme apresenta altos e baixos, especialmente no final, que poderia ter sido mais enxuto para evitar que o impacto se diluísse.

Ao fugir do óbvio, “Better Man” consegue entregar algo único. A produção vai além de simplesmente contar a história de um ícone; explora as camadas mais complexas de sua personalidade. Robbie não é apresentado como herói ou vilão, mas como alguém que errou, aprendeu e seguiu em frente. Essa abordagem torna o filme genuíno e cativante.

Embora algumas escolhas, como o uso do CGI, possam dividir opiniões, “Better Man” demonstra como ousadia e criatividade podem revitalizar um gênero. O longa é uma reflexão sobre vulnerabilidade, superação e os desafios que vêm junto com o sucesso. Um espetáculo que surpreende e emociona, mostrando que ainda há espaço para inovação no cinema biográfico. Realmente, um divisor de aguas.

Avaliação: 5 de 5.

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