“Código Alarum” é um thriller de ação que se esforça para entregar adrenalina e conspiração internacional, mas acaba tropeçando em sua própria ambição. O longa acompanha Joe (Scott Eastwood) e Lara Travers (Willa Fitzgerald), ex-agentes secretos que decidem levar uma vida pacata até testemunharem a queda de um avião e encontrarem uma pen drive ultrassecreta. Rapidamente, tornam-se alvos de uma caçada global, sendo perseguidos por diferentes organizações, incluindo a CIA e um perigoso mercenário, Orlin (Mike Colter). Para sobreviver, Joe busca a ajuda de Chester (Sylvester Stallone), um ex-colega agora encarregado de eliminá-los, enquanto Lara luta sozinha contra um grupo de assassinos dentro do resort. O filme chega aos cinemas do Brasil em 27 de março de 2025.
Saiba o que chega aos cinemas em março de 2025

A premissa sugere um thriller repleto de ação e reviravoltas, mas a execução deixa a desejar. O roteiro, assinado por Alexander Vesha, se apoia em clichês do gênero sem acrescentar frescor ou complexidade à trama. Os diálogos são expositivos e, muitas vezes, desprovidos de impacto dramático, tornando-se meros veículos para a progressão da história sem aprofundar os personagens. Michael Polish, conhecido por sua filmografia independente, parece fora de sua zona de conforto ao tentar manejar um blockbuster de espionagem, resultando em uma direção inconsistente e que raramente consegue elevar a tensão necessária para o enredo.
A ação oscila entre momentos bem coreografados e sequências visivelmente comprometidas por efeitos especiais de baixa qualidade. As explosões digitais e as cenas de combate corpo a corpo não transmitem o impacto esperado, prejudicando a imersão. A cinematografia também não contribui para elevar a experiência, com uma paleta de cores genérica e enquadramentos pouco inspirados, que tornam a produção visualmente insossa.
O elenco, por sua vez, luta contra um material fraco. Scott Eastwood carece do carisma necessário para carregar o filme como protagonista de ação, enquanto Willa Fitzgerald, apesar de demonstrar dedicação, é subutilizada em sua personagem. Sylvester Stallone, um dos maiores chamarizes do longa, tem uma participação decepcionantemente breve, parecendo desinteressado em suas cenas. A grande surpresa é Isis Valverde, que interpreta a espiã Bridgette. Apesar de sua personagem não ter o tempo de tela merecido para ganhar mais profundidade, a atriz consegue se destacar em suas cenas, trazendo uma presença magnética que supera as limitações do roteiro.
No final, “Código Alarum” é um filme genérico que desperdiça seu potencial. Entre atuações apáticas, um roteiro previsível e efeitos visuais questionáveis, a produção se mantém no básico sem nunca alcançar o dinamismo necessário para um thriller de espionagem memorável. Para quem busca apenas um passatempo descompromissado, pode oferecer alguns momentos de entretenimento, mas não entrega nada que já não tenha sido visto inúmeras vezes e de forma mais competente dentro do gênero.
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