Crítica: “Confia: Sonho de Cria”

“Confia: Sonho de Cria” tenta capturar a trajetória de um jovem no trap, mas tropeça em um roteiro raso e corrido. O filme acompanha Nando (MC Cabelinho), um morador da comunidade do PPG que trabalha como entregador em Copacabana enquanto sonha em se tornar um cantor de sucesso. A grande oportunidade surge quando ele conhece Jaque (Malía), uma jovem determinada que decide impulsionar sua carreira. A história segue o clichê da ascensão difícil ao estrelato, mas sem tempo suficiente para desenvolver os conflitos de forma convincente.

O filme é uma produção original do Globoplay, lançado em fevereiro de 2025.

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O enredo e os problemas da trama

O maior problema do filme é o ritmo apressado. Com menos de 90 minutos de duração, a narrativa se atropela ao tentar condensar a jornada de Nando sem aprofundar as dificuldades que ele enfrenta. As cenas passam rápido demais, sem permitir que o público se conecte com o protagonista ou sua luta. O roteiro se apoia em estereótipos e evita nuances, transformando a história em um drama previsível.

As atuações e o tom novelesco

MC Cabelinho e Malía até conseguem criar uma boa dinâmica, e a química entre os dois é um dos poucos pontos positivos. O elenco de apoio, no entanto, muitas vezes parece exagerado, reforçando a sensação de que estamos assistindo a uma novela condensada em formato de filme. O tom teatral das atuações e os diálogos pouco naturais dificultam a imersão na trama.

Pontos altos e baixos do filme

Pontos positivos:

• A trilha sonora, que se encaixa bem na ambientação do trap e da cultura periférica.
• A participação de outros MCs, que adicionam um toque autêntico ao filme.
• A química entre MC Cabelinho e Malía, que torna o casal crível dentro da narrativa.

Pontos negativos:

• Ritmo apressado, que compromete o desenvolvimento dos personagens.
• Roteiro clichê, sem aprofundamento nas dificuldades da carreira musical.
• Atuações irregulares e tom novelesco que tira a força da história.

Vale a pena?

“Confia: Sonho de Cria” desperdiça uma boa premissa com sua execução apressada. A história de um jovem em busca do sucesso na música poderia ter sido mais bem trabalhada, com mais tempo para desenvolver seus desafios reais. Ainda assim, o filme pode agradar quem busca uma narrativa leve sobre o trap e a cultura periférica, principalmente pela trilha sonora e pelas participações especiais.

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