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Crítica: “Criatura Voraz” (It Feeds)

Texto: Ygor Monroe
28 de junho de 2025
em Cinema/Filmes, HBO Max, Resenhas/Críticas, Streaming
0

“Criatura Voraz” é o tipo de filme que chega de mansinho, quase pedindo licença, mas que termina arrancando o chão e empurrando o espectador para dentro de um buraco escuro, claustrofóbico e desconfortável. Justamente onde deveria estar qualquer um que se proponha a consumir uma história de terror psicológico com esse nível de intensidade. O longa dirigido por Chad Archibald tem cara de produção independente, orçamento limitado escancarado em alguns momentos e aquela textura meio crua que costuma afastar quem está acostumado com o polimento plástico dos blockbusters. Mas se engana quem pensa que isso o diminui. Na realidade, “Criatura Voraz” faz questão de usar essas limitações como combustível para construir uma atmosfera que é, ao mesmo tempo, visceral e carregada de metáforas mentais que falam de dor, traumas e heranças emocionais quase impossíveis de serem quebradas.

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Crítica: "Criatura Voraz" (It Feeds)
Crítica: “Criatura Voraz” (It Feeds)

Na superfície, a trama é até simples. Uma psicóloga chamada Cynthia, que possui dons clarividentes, entra literalmente no subconsciente dos pacientes para tentar curar feridas profundas. Quando uma jovem completamente atormentada surge à sua porta suplicando ajuda contra uma força parasita que a consome, Cynthia junto da filha, Jordan, se vê obrigada a confrontar não só a entidade, mas também seus próprios demônios internos. É nesse ponto que o roteiro começa a brincar com o que há de mais sujo e vulnerável no psicológico humano. Não estamos falando de possessão demoníaca no molde clássico, tampouco de vampiros ou criaturas góticas típicas. A entidade que se alimenta dos personagens aqui é muito mais um espelho retorcido das dores que cada um carrega, funcionando como uma metáfora viva para traumas não resolvidos, depressões crônicas e feridas emocionais que insistem em sangrar, não importa quantas sessões de terapia se faça.

O filme poderia ter caído na armadilha do chamado “horror elevado”, aquele que adora gritar para o espectador que tudo ali é uma analogia para o luto, a culpa ou a ansiedade. Só que “Criatura Voraz” foge desse lugar comum com certa elegância. Ele não se exime de deixar claro o simbolismo do monstro, mas também não esfrega isso na cara de quem assiste, mantendo a prioridade no horror em si, no medo primal do desconhecido e no desconforto de ver alguém ser invadido por algo que vai devorando cada pedaço do seu ser. A balança entre o drama psicológico e o terror é bem calibrada, o que faz o filme soar natural, fluido, sem aquela afetação tão presente em títulos que tentam a todo custo provar que são “profundos”.

Visualmente, há decisões corajosas. A fotografia trabalha sombras com agressividade, o design do tal parasita é perturbador e a forma como ele “se alimenta” é o tipo de imagem que fica impressa na retina muito depois que os créditos sobem. Pena que, por limitações evidentes, o filme não consegue explorar o monstro com o detalhamento que ele merecia. Dá pra sentir o orçamento apertado em alguns cortes rápidos e efeitos que poderiam ser mais refinados, mas nada que comprometa o impacto geral.

O terceiro ato ainda surpreende por tomar ares quase góticos, lembrando em certa medida um “Inception” distorcido pelo filtro do horror. A imersão nesse subconsciente fragmentado entrega algumas das melhores cenas e consolida o subtexto do longa. Lutar contra o trauma é, antes de tudo, se perder dentro dele para tentar entender suas engrenagens. E nem sempre se sai inteiro desse labirinto.

Existe quem compare “Criatura Voraz” com “Insidious”, e dá para perceber sim ecos do terror de James Wan aqui, principalmente na relação mãe-filha enfrentando o sobrenatural. Mas enquanto “Insidious” caminha mais para o espetáculo do susto arquitetado, “Criatura Voraz” prefere a via da desconstrução emocional, construindo medo através do colapso dos personagens.

É curioso porque esse é justamente o tipo de filme que parece ter nascido para preencher um vazio muito específico. Sabe quando você procura algo que capture aquele sentimento torto, quase intraduzível, de ser perseguido por algo invisível, que te usa para se alimentar, mas que não é um demônio, não é um vampiro, não é um assassino mascarado? Algo mais difuso, que habita o quarto escuro, que sussurra enquanto você tenta dormir, que se confunde com a própria depressão? Pois é, “Criatura Voraz” entrega isso. Atinge em cheio esse lugar sombrio onde dor mental e terror sobrenatural se encontram, sem precisar de cartazes gigantes anunciando metáforas.

No fim, fica a sensação de que, com um pouquinho mais de recursos, a produção teria potencial para se tornar um clássico cult instantâneo do horror psicológico contemporâneo. Mesmo assim, o que Archibald e equipe alcançam é digno de respeito. Eles entenderam que, para o medo ser eficaz, não basta o jump scare. É preciso colocar o público diante de seus próprios abismos internos e perguntar, em silêncio, o que diabos tem lá embaixo. “Criatura Voraz” faz exatamente isso e sai de cena deixando a porta do inconsciente escancarada para quem tiver coragem de entrar.

⭐⭐⭐⭐

Avaliação: 3.5 de 5.

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