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Crítica: “De Tyler Perry: Em Busca da Felicidade” (Tyler Perry’s Finding Joy)

Texto: Ygor Monroe
11 de novembro de 2025
em Amazon Prime Video, Cinema/Filmes, Resenhas/Críticas, Streaming

Todo fim de ano traz aquele ritual cinematográfico em que o cinema tenta vestir o espectador com o cobertor emocional do Natal. “De Tyler Perry: Em Busca da Felicidade” chega nessa fila com vontade de ser aconchego, mas acaba como aquela manta fina que o vento atravessa sem piedade. A história de Joy, vivida por Shannon Thornton, até nasce com matéria-prima interessante. Ela é uma estilista subestimada que tenta reorganizar a vida enquanto corre atrás de reconhecimento profissional e afetivo. O problema é que o filme nunca encontra força interna para transformar esse conceito em arco dramático que realmente respire.

Crítica: "De Tyler Perry: Em Busca da Felicidade" (Tyler Perry’s Finding Joy)
Crítica: “De Tyler Perry: Em Busca da Felicidade” (Tyler Perry’s Finding Joy)

O enredo coloca Joy em uma viagem ao Colorado, com a esperança de resolver um interesse romântico. A trajetória muda quando uma notícia devastadora se junta a uma nevasca que a deixa isolada. É nesse ponto que surge Ridge, interpretado por Tosin Morohunfola, e o filme tenta desenhar um encontro capaz de reconfigurar tudo o que ela acredita sobre amor, propósito e futuro. A promessa era sólida, mas a execução nunca acompanha esse impulso. O filme opera em um terreno que exige emoção genuína, só que o roteiro trata sentimentos como itens de check-list, sem textura, sem camadas e sem coragem estética.

Tyler Perry parece querer transitar por um romance de atmosfera suave, mas o caminho escolhido exibe as limitações que seus roteiros carregam há anos. As situações se repetem com previsibilidade e o filme não cria energia própria. A ausência de humor consistente pesa, porque o longa tenta trabalhar com leveza sem realmente dominar o ritmo da própria narrativa. Há momentos em que tudo parece preso a um realismo artificial, uma tentativa de naturalidade que escorrega, já que os personagens falam e reagem como figuras deslocadas da vida real, como se estivessem sempre dois passos atrás da própria emoção.

A segunda metade perde ainda mais tração. Quando a história se desloca para a cabana, o filme fica estagnado. Nada se desenvolve com impacto. Nada cresce. Nada se transforma. Surge até um subplot envolvendo amigos que saem em busca de Joy, mas é material descartável, que serve apenas para alongar o tempo. A narrativa vaga como se tivesse esquecido qual é o ponto central da própria existência, e essa falta de foco contamina cada cena com uma sensação de vazio.

A promessa emocional também se desfaz rapidamente. O filme tenta trabalhar a dor de Ridge e a frustração de Joy com suas limitações profissionais, mas tudo aparece na superfície, como se o longa tivesse medo de mergulhar onde realmente dói. A química entre os dois personagens surge porque a história deseja que ela exista, e não porque foi construída a partir de tensões, pausas ou contradições que deem densidade ao vínculo. A sensação final é de que o filme passa por momentos que pedem profundidade emocional, mas os trata com leveza excessiva, quase descompromissada.

O elenco, por sua vez, mostra dedicação evidente. Ninguém está acomodado. Todos tentam encontrar alguma pulsação dentro de diálogos frágeis e direções que não permitem nuances. Shannon Thornton é quem mais resiste à precariedade do material. Sua entrega funciona como uma faísca insistente, um esforço contínuo para manter o filme de pé sempre que a narrativa ameaça cair. Ela carrega o longa nas costas com mais dignidade do que ele merece, mostrando presença, carisma e uma tentativa real de dar verdade ao que está no papel. Mesmo assim, o roteiro não oferece suporte suficiente para que essa atuação se transforme na espinha dorsal de algo maior.

A montagem arrasta a experiência. O ritmo lento, sem justificativa estética ou emocional, transforma cenas simples em maratonas. A sensação é a de assistir ao tempo derreter sem direção. O filme tenta construir um ambiente acolhedor, mas o resultado lembra uma lâmpada fraca piscando no meio de uma tempestade, sempre prestes a apagar.

“De Tyler Perry: Em Busca da Felicidade” se torna um romance natalino que tenta entregar calor, mas oferece pouca combustão emocional. Shannon Thornton brilha, mas o brilho não ilumina o caminho suficiente para salvar o conjunto. O filme carece de propósito, profundidade e energia para sustentar qualquer impacto duradouro. É uma obra que existe, atravessa a tela e desaparece sem deixar marcas.

⭐⭐

Avaliação: 2 de 5.

“De Tyler Perry: Em Busca da Felicidade”
Direção: Tyler Perry
Elenco: Shannon Thornton, Tosin Morohunfola, Brittany S. Hall, Inayah, Eric Stanton Betts, Aaron O’Connell, Natalie O’Connell, Jeffery Thomas Johnson, Whitney Goin
Disponível em: Prime Video

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