“Dreams (Sex Love)” apresenta uma narrativa intimista e sensível sobre descoberta, identidade e as nuances do amor através das gerações. A protagonista, Johanne, encontra em seu caderno um espaço seguro para documentar sua recente e intensa atração por sua professora de francês. No entanto, quando sua mãe e avó têm acesso a essas confissões, a história toma um rumo inesperado. Inicialmente horrorizadas pelos detalhes expostos, ambas acabam envolvidas pela beleza da escrita da jovem e passam a refletir sobre suas próprias vivências amorosas, os momentos que perderam e as decisões que moldaram suas trajetórias.
A Imovision lançará no Brasil “Dreams”, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim 2025, ainda sem data definida para estreia. Além disso, no dia 3 de abril, chegam aos cinemas “Sex” e “Love”, novos filmes do renomado cineasta Dag Johan Haugerud.
Saiba o que chega aos cinemas em março de 2025

O roteiro de Dag Johan Haugerud combina lirismo e profundidade, criando um retrato autêntico das diferentes formas de amar e dos questionamentos internos que emergem ao longo da vida. O filme se destaca ao explorar o entrelaçamento entre passado e presente, capturando com delicadeza como a experiência da juventude pode inspirar revisões nas perspectivas dos mais velhos. A dinâmica entre Johanne, sua mãe e sua avó é um dos pontos altos do filme, trazendo uma complexidade emocional que ressoa profundamente com o espectador.
Visualmente, “Dreams (Sex Love)” é uma obra encantadora. A cinematografia utiliza tons suaves e iluminação natural para criar um ambiente acolhedor, enquanto os figurinos reforçam a identidade dos personagens com autenticidade. A direção de arte tem um papel fundamental na imersão do público, compondo cenários que evocam nostalgia. O uso de narração e pequenos recursos visuais, como enquadramentos detalhistas e simbolismos sutis, adiciona camadas de poesia à experiência cinematográfica.
O primeiro ato do filme se destaca por sua energia vibrante e envolvente, capturando com precisão a euforia da descoberta amorosa. No entanto, a segunda metade adota um tom mais contemplativo, onde a narrativa se torna mais analítica e teórica, perdendo um pouco da intensidade emocional inicial. Essa transição pode afastar alguns espectadores, mas também reforça a temática do filme sobre a inevitável passagem do tempo e a transformação da paixão em reflexão.
Dentro da trilogia “Sex Love Dreams” de Haugerud, este é, sem dúvida, o mais equilibrado e emocionalmente impactante. Diferente de “Sex”, que abordava questionamentos mais internos e individuais, e “Love”, que explorava relações convencionais sob novas perspectivas, “Dreams (Sex Love)” encontra seu ponto forte na interação intergeracional e na forma como diferentes experiências amorosas se ecoam através do tempo.
Embora o final possa parecer melancólico, a mensagem final é de esperança. Ao longo da narrativa, o filme mostra como o amor, em todas as suas formas, pode ser um caminho de autodescoberta e conexão genuína. “Dreams (Sex Love)” é um filme que convida à reflexão, à empatia e à valorização das histórias que nos moldam. Um belíssimo retrato da complexidade humana e um dos filmes mais calorosos e instigantes do cinema norueguês recente.
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