Sem resultados
Ver todos os resultados
Caderno Pop
  • Página Inicial
    • Sobre o Caderno Pop
    • Fale com a gente
  • Música
    • Música
    • Clipes e Audiovisuais
    • Festivais
    • Shows
  • Cinema/Filmes
  • Séries
  • Entrevistas
  • Streaming
  • Marcas
  • Guias e Agenda
  • Página Inicial
    • Sobre o Caderno Pop
    • Fale com a gente
  • Música
    • Música
    • Clipes e Audiovisuais
    • Festivais
    • Shows
  • Cinema/Filmes
  • Séries
  • Entrevistas
  • Streaming
  • Marcas
  • Guias e Agenda
Sem resultados
Ver todos os resultados
Caderno Pop
Sem resultados
Ver todos os resultados

Crítica: “Elio”

Texto: Ygor Monroe
20 de junho de 2025
em Animação, Cinema/Filmes, Resenhas/Críticas

“Elio” é o tipo de filme que parte de uma ideia promissora, mas não consegue explorar o próprio potencial com personalidade. Há uma diferença entre falar sobre identidade e realmente construir uma narrativa com identidade. E é exatamente nesse ponto que o novo projeto da Pixar se perde. A impressão que fica é a de um roteiro empacotado para cumprir metas de representatividade, estrutura emocional e curvas dramáticas, mas sem que isso ganhe forma viva ou brilho autoral em cena.

Mubi e Deli’ Market recriam universo de “Twin Peaks” em experiência imersiva em SP

Crítica: "Elio"
Crítica: “Elio”

A proposta é encantadora na superfície: uma criança solitária, criativa e encantada pelo espaço é, por acidente, transportada a um universo intergaláctico e confundida com o representante da Terra. A partir daí, se abre a possibilidade para um mergulho em descobertas, pertencimento e a clássica jornada de amadurecimento que a Pixar sabe fazer melhor do que ninguém. Mas saber fazer não é o mesmo que repetir a fórmula. E o que se vê aqui é um filme preso na fórmula, em vez de reinventá-la.

Visualmente, há doçura e inventividade, mas sem ousadia. O contraste entre personagens estilizados e cenários quase realistas, que já foi aposta interessante em outros projetos do estúdio, aqui soa descompassado, como se o filme não soubesse direito qual estética assumir. A construção de mundo em “Elio” é mais simpática do que impressionante, e a viagem cósmica que deveria despertar curiosidade termina refém de uma estética mais decorativa do que imersiva.

A sensação de previsibilidade também pesa. É um daqueles casos em que o trailer antecipa praticamente tudo, e o que sobra na sala de cinema é a espera por uma reviravolta que nunca vem. Em vez disso, o filme caminha exatamente por onde se espera que ele vá, sem subverter expectativas, sem tensionar suas próprias ideias, e sem adicionar camadas que deem peso ao que está sendo contado. Tudo soa raso, como se o universo inteiro criado para o filme existisse apenas para reforçar uma única mensagem.

E aqui está outro ponto importante: a mensagem não basta quando a estrutura não a sustenta. Existe uma tentativa honesta de trabalhar temas como pertencimento, autoaceitação e a beleza de ser diferente. Mas essa tentativa se dilui numa narrativa que não tem força dramática nem ritmo para fazer essas ideias ganharem profundidade. Fica o esqueleto do discurso, mas não a emoção que o deveria impulsionar. O filme toca em feridas reais, mas sem apertar, sem provocar, sem se comprometer.

É inevitável lembrar que estamos falando da Pixar. Um estúdio que criou obras-primas emocionais com bichos falantes, robôs solitários e memórias personificadas. Quando um filme como “Elio” vem à tona, a decepção não é porque ele é ruim, mas porque ele poderia ser muito mais. Ele é esquecível porque se contenta em ser seguro, e isso, para um estúdio que já desafiou gerações com animações capazes de dialogar com infância e vida adulta simultaneamente, é pouco.

No fim das contas, “Elio” acerta em alguns pequenos momentos de ternura, principalmente quando toca na relação entre mãe e filho. Há fragmentos sinceros de emoção, como a Pixar costuma entregar, mas que não se conectam como deveriam. O resultado é um filme simpático, mas sem impacto. Uma viagem ao espaço com pouca gravidade emocional.

Para uma geração acostumada com animações que expandem o olhar e mexem com o que há de mais sensível na experiência humana, “Elio” soa como um lembrete de que até os gigantes tropeçam quando abandonam o risco e se acomodam no conforto das fórmulas.

O espaço é vasto, cheio de possibilidades, metáforas e símbolos. Mas aqui, a galáxia parece pequena demais para tanta expectativa.

⭐⭐

Avaliação: 2 de 5.

Fique por dentro das novidades das maiores marcas do mundo! Acesse nosso site Marca Pop e descubra as tendências em primeira mão.

Compartilhe isso:

  • Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela) Facebook
  • Clique para compartilhar no X(abre em nova janela) 18+

Curtir isso:

Curtir Carregando...

Relacionado

Temas: CinemaCríticaLançamentoResenhareview

Conteúdo Relacionado

Cinema/Filmes

Crítica: “Eternidade” (Eternity)

Texto: Ygor Monroe
5 de dezembro de 2025
Amazon Prime Video

Crítica: “Fuga Fatal” (She Rides Shotgun)

Texto: Ygor Monroe
5 de dezembro de 2025
Cinema/Filmes

Crítica: “Twinless – Um Gêmeo a Menos” (Twinless)

Texto: Ygor Monroe
5 de dezembro de 2025
Cinema/Filmes

Crítica: “Honey, Não!” (Honey Don’t!)

Texto: Ygor Monroe
5 de dezembro de 2025
Cinema/Filmes

Crítica: “Onda de Violência” (Hostile Takeover)

Texto: Ygor Monroe
5 de dezembro de 2025
Amazon Prime Video

Crítica: “Um. Natal. Surreal.” (Oh. What. Fun.)

Texto: Ygor Monroe
5 de dezembro de 2025
Cinema/Filmes

Crítica: “Borbulhas de Amor” (Champagne Problems)

Texto: Ygor Monroe
5 de dezembro de 2025

© 2022 Caderno Pop - Layout by @gabenaste.

Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Página Inicial
    • Sobre o Caderno Pop
    • Fale com a gente
  • Música
    • Música
    • Clipes e Audiovisuais
    • Festivais
    • Shows
  • Cinema/Filmes
  • Séries
  • Entrevistas
  • Streaming
  • Marcas
  • Guias e Agenda

© 2022 Caderno Pop - Layout by @gabenaste.

%d