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Crítica: Gigi Perez, “At The Beach, In Every Life”

Texto: Ygor Monroe
26 de abril de 2025
em Música, Resenhas/Críticas
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“At The Beach, In Every Life”, primeiro álbum completo de Gigi Perez, marca a chegada de uma nova voz poderosa no cenário da música alternativa. Autoproduzido e lançado via Island Records, o disco é uma obra de natureza profundamente pessoal e emocionalmente devastadora, estruturada em torno de temas como luto, fé, amor e desilusão religiosa. Perez (cantora, compositora e produtora cubano-americana) constrói um registro que, mesmo carregando influências evidentes, sustenta uma autenticidade rara e uma proposta estética singular.

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Crítica: Gigi Perez, “At The Beach, In Every Life”
Crítica: Gigi Perez, “At The Beach, In Every Life”

Tecnicamente, o álbum apresenta uma coesão admirável entre letra e produção. Com uma instrumentação minimalista que privilegia violão cru, arranjos etéreos e vocais em primeiro plano, Gigi aposta na vulnerabilidade como sua principal força motriz. A produção, feita majoritariamente por ela mesma, foge dos clichês maximalistas do pop alternativo contemporâneo, optando por texturas sóbrias que deixam a narrativa emocional respirar. Este trabalho artesanal confere uma organicidade que reforça ainda mais o peso das histórias contadas.

Um dos elementos centrais de “At The Beach, In Every Life” é o uso de áudios da irmã falecida de Gigi, Celene, incorporados em faixas específicas. Esses fragmentos não servem como recursos meramente sentimentais, mas sim como dispositivos estruturantes que costuram toda a narrativa do disco, criando uma sensação de presença e ausência simultâneas que é, ao mesmo tempo, reconfortante e devastadora. A técnica é utilizada com sutileza e sensibilidade, reforçando o caráter quase documental do projeto.

Em termos de composição, Gigi Perez demonstra maturidade incomum. Evitando armadilhas comuns do gênero “cantora e compositora com trauma religioso”, ela reformula esses temas com frescor e honestidade visceral. Faixas como “Sailor Song” e “Fable” exploram questões de identidade, espiritualidade e revolta com uma profundidade que se traduz tanto na letra quanto na interpretação vocal. A escrita de Gigi é direta, mas cheia de camadas, resistindo à tentação de oferecer respostas fáceis ao sofrimento que narra.

O vocal de Perez, andrógino e situado em um registro grave de contralto, é uma das grandes armas do disco. Sua voz carrega uma densidade emocional que potencializa o lirismo das faixas, e a entrega vocal se mantém intensa sem nunca descambar para o melodrama. Comparações com o primeiro álbum de Bon Iver, “For Emma, Forever Ago”, surgem naturalmente, dado o compartilhamento de uma estética baseada na exposição crua de emoções profundas através de arranjos econômicos e uma produção quase ascética.

As faixas “Sugar Water”, “Fable”, “Please Be Rude” e a canção-título “At The Beach, In Every Life” formam o núcleo emocional do álbum. Cada uma explora diferentes estágios do luto: nostalgia, raiva, saudade e aceitação incompleta. A estrutura do disco evita uma progressão linear ou uma resolução catártica, espelhando a experiência real do luto, que avança em ondas irregulares, sem garantias de fechamento definitivo.

Do ponto de vista técnico, o álbum é extremamente bem equilibrado. A mixagem prioriza a voz sem sacrificar a riqueza dos arranjos, e a masterização mantém a dinâmica das faixas viva, permitindo que cada nuance seja sentida sem compressão excessiva. A escolha por timbres mais quentes e gravações de ambiência também reforça o caráter intimista do projeto.

“At The Beach, In Every Life” é uma estreia que impressiona pela profundidade emocional, pela integridade artística e pela habilidade técnica de Gigi Perez como compositora e produtora. Em um momento em que muitos lançamentos apostam em fórmulas seguras para conquistar público, Gigi oferece um trabalho de risco emocional autêntico e esteticamente consistente.

Nota final: 88/100

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