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Crítica: Inhaler, “Open Wide”

Texto: Ygor Monroe
7 de fevereiro de 2025
em Música, Resenhas/Críticas

Atração confirmada do Lollapalooza Brasil 2025, o Inhaler lança “Open Wide”, seu terceiro álbum de estúdio. Produzido por Kid Harpoon, o disco representa um avanço técnico para o grupo, que expandiu seu processo criativo ao incorporar uma gama de influências que vão do techno a Nick Cave. A proposta foi construir um som mais acessível e texturizado, resultando em um trabalho com forte apelo pop sem perder a base instrumental que caracteriza a banda. No entanto, essa expansão de referências e sonoridade também levanta questões sobre a identidade da banda e o impacto dessa transformação em sua base de fãs.

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Crítica: Inhaler, "Open Wide" | Foto: Divulgação
Crítica: Inhaler, “Open Wide” | Foto: Divulgação

A mudança de direção em “Open Wide” não acontece sem concessões. Há uma nítida intenção de polimento e lapidação do som, tornando-o mais acessível e menos arriscado. Essa abordagem dilui parte do que fazia do Inhaler um nome emergente e promissor no cenário do rock alternativo. Se “Cuts and Bruises” representava uma evolução natural de seu álbum de estreia, agregando complexidade às composições e mantendo uma energia autêntica, “Open Wide” dá um passo diferente ao tentar equilibrar esse ímpeto criativo com uma fórmula mais genérica. Esse deslocamento se reflete na recepção inicial do álbum, que, embora bem produzido e executado, enfrenta críticas por não alcançar o mesmo impacto visceral de seus predecessores.

A faixa de abertura, “Eddie in the Darkness”, ainda carrega um peso instrumental e melódico que remete ao melhor do Inhaler. Seu riff principal sustenta a música com uma força que resgata o espírito da banda, mas há uma sensação de controle excessivo na produção, como se cada elemento tivesse sido meticulosamente ajustado para soar limpo e radiofônico. “Billy (Yeah Yeah Yeah)” reforça essa ideia, trazendo uma produção fortemente marcada pela assinatura de Kid Harpoon, com arranjos calculados para maximizar sua acessibilidade. Isso não significa que o álbum careça de momentos genuinamente bons “Your House”, por exemplo, amadureceu bem desde seu lançamento e se encaixa organicamente na estrutura do disco, proporcionando uma experiência sonora envolvente e bem construída.

Contudo, “Open Wide” sofre com um problema central: a previsibilidade. O Inhaler sempre se destacou por sua capacidade de criar músicas que equilibram emoção crua e sofisticação instrumental, mas essa espontaneidade parece diluída aqui. “The Charms” exemplifica essa limitação, com uma narrativa convencional e uma estrutura instrumental pouco dinâmica. A produção rígida imposta por Kid Harpoon, embora tecnicamente impecável, restringe a fluidez e a energia que antes eram marcas registradas do grupo. Esse excesso de controle faz com que muitas das faixas do álbum, apesar de agradáveis, falhem em provocar uma reação emocional forte no ouvinte.

Apesar dessas restrições, ainda existem faixas que indicam lampejos do potencial do Inhaler. “Even Though” flerta com elementos eletrônicos de forma interessante, utilizando sintetizadores e batidas eletrônicas suaves para complementar sua estrutura sem sobrepor os arranjos instrumentais. “Again” se destaca como uma das composições mais completas do álbum, explorando novas camadas de som e incorporando um ritmo mais dinâmico, sugerindo uma possível direção futura para a banda. Esses momentos, embora pontuais, demonstram que o grupo ainda tem capacidade de inovação e que pode encontrar um meio-termo mais equilibrado entre evolução e preservação de sua identidade original.

A principal questão que “Open Wide” levanta é se a busca por um som mais universal e comercialmente viável pode ser sustentada sem comprometer a essência do Inhaler. Se por um lado o álbum abre portas para um público mais amplo, por outro, ele pode alienar parte dos ouvintes que se conectaram com a autenticidade e intensidade de seus trabalhos anteriores. A escolha por uma produção mais controlada e um direcionamento mais pop pode funcionar a curto prazo, mas o verdadeiro teste será verificar como essa transição afetará a longevidade da banda no cenário musical.

“Open Wide” se apresenta como um disco competente e bem estruturado, mas que deixa a sensação de que o Inhaler poderia ter sido mais ousado. Algumas faixas certamente encontrarão seu lugar em playlists e apresentações ao vivo, mas como um todo, o álbum parece preso entre a tentativa de expansão e a perda de um charme que antes vinha naturalmente. A banda ainda tem espaço para evoluir e definir seu caminho, e a maneira como lidará com essa transição pode determinar seu futuro no rock alternativo. O desafio agora é encontrar um equilíbrio que permita crescer sem perder a autenticidade que os tornou relevantes em primeiro lugar.

Nota final: 68/100

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