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Crítica: “Karatê Kid – A Hora da Verdade” (The Karate Kid)

Texto: Ygor Monroe
22 de abril de 2025
em Cinema/Filmes, Resenhas/Críticas
0

Dirigido por John G. Avildsen, vencedor do Oscar por “Rocky”, “Karatê Kid – A Hora da Verdade” é mais do que um clássico dos anos 1980: é um estudo dramático eficiente que transpõe arquétipos do cinema esportivo para um cenário adolescente, e entrega uma narrativa de amadurecimento com profundidade emocional, coerência estética e uma construção de personagens que se mantém exemplar quatro décadas após seu lançamento.

Assista ao trailer de “Caso Jean Charles: Um Brasileiro Morto por Engano”

Crítica: "Karatê Kid - A Hora da Verdade" (The Karate Kid)
Crítica: “Karatê Kid – A Hora da Verdade” (The Karate Kid)

Em 2025, a saga se expande com o novo capítulo “Karatê Kid: Lendas”, que estreia em 8 de maio. Esse retorno ao universo original amplia o prestígio da obra de 1984, cuja importância histórica e impacto cultural justificam seu reconhecimento como um dos grandes filmes de esporte já realizados. O que torna “Karatê Kid” singular é a maneira como estrutura um arco de evolução física e emocional ancorado em relações humanas autênticas, especialmente no vínculo entre o jovem Daniel Larusso (Ralph Macchio) e o mestre Sr. Miyagi (Pat Morita).

A estrutura narrativa segue o modelo clássico do underdog: um adolescente deslocado enfrenta adversidades sociais e físicas em um novo ambiente e encontra em um mentor improvável os recursos para enfrentar esses desafios. Contudo, o roteiro de Robert Mark Kamen transcende o clichê ao imbuir os personagens com dimensões reais. Daniel, por exemplo, não é o típico “perdedor simpático”; ele exibe impulsividade, insegurança e orgulho, o que o torna mais tridimensional. Ralph Macchio interpreta essas nuances com um carisma juvenil que oscila entre a fragilidade e a bravura, um equilíbrio que sustenta a jornada de crescimento do protagonista.

O grande ponto do filme, no entanto, está em Pat Morita. Sua atuação como o Sr. Miyagi é detalhada, comedida e profundamente emocional. Ele injeta humor, disciplina e melancolia ao personagem, especialmente na cena crucial em que revela, em um momento de embriaguez, as perdas pessoais decorrentes dos campos de concentração japoneses nos EUA. Essa cena foi incluída por insistência do próprio ator e lhe rendeu uma merecida indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Ela é, também, um marco dentro do cinema norte-americano por representar com humanidade e complexidade um personagem asiático em uma época de representações estigmatizadas.

Visualmente, Avildsen adota uma abordagem clássica e funcional. A fotografia privilegia a simplicidade, com destaque para as sequências de treinamento que transformam ações repetitivas (como “encerar o carro” e “pintar a cerca”) em um dos mais memoráveis momentos de reviravolta narrativa do cinema esportivo. A montagem dessas cenas não só eleva a tensão e o envolvimento emocional, como também reforça a progressão da técnica e da confiança do personagem.

O antagonismo entre Daniel e Johnny Lawrence (William Zabka) é delineado com clareza, mas evita o maniqueísmo absoluto. A presença da Cobra Kai, liderada por John Kreese (Martin Kove), funciona como uma alegoria da agressividade sem propósito, contraposta à filosofia de equilíbrio e autodisciplina ensinada por Miyagi. O contraste entre os métodos dos dois dojos vai além da estética do combate, estabelecendo uma discussão ética sobre a formação do caráter e o papel da autoridade na vida de um jovem.

Musicalmente, “Karatê Kid” conta com uma trilha sonora emblemática, que inclui “You’re the Best” de Joe Esposito faixa que, embora hoje vista como um emblema da nostalgia oitentista, é eficaz na criação de tensão e euforia nas etapas finais do torneio. A direção de arte, repleta de elementos da época (figurinos, fliperamas, bailes temáticos), serve menos como uma cápsula datada e mais como uma ambientação cuidadosamente trabalhada que reforça o sentimento de deslocamento e transformação do protagonista.

O filme é bem-sucedido também em sua condução emocional. Ao alinhar o treinamento físico com a evolução moral e pessoal, “Karatê Kid” atinge um patamar raro de autenticidade dramática dentro do cinema esportivo juvenil. A cena final, com o icônico golpe do “chute da garça”, não é só uma vitória física, mas a reflexão de uma jornada de autodescoberta e superação.

⭐⭐⭐⭐

Avaliação: 4 de 5.

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