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Crítica: Kylie Minogue, “Enjoy Yourself”

Texto: Ygor Monroe
18 de maio de 2025
em Música, Resenhas/Críticas
0

Lançado em 9 de outubro de 1989, “Enjoy Yourself” marcou a segunda colaboração integral de Kylie Minogue com o trio Stock Aitken Waterman, a essa altura operando seu estúdio londrino como linha de montagem de hits usando sequenciadores Atari, samplers Akai de 12 bits e a mesma Telecaster processada que havia sustentado o álbum de estreia. O resultado soa, para muitos, como repetição pura, mas um olhar mais atento revela ajustes curiosos na fórmula dance-pop que a artista vinha solidificando desde “I Should Be So Lucky”.

A cantora Kylie Minogue se apresenta no Brasil em agosto de 2025. O show apresentado pelo banco Santander faz parte da etapa latina da turnê “Tension”, suporte do disco de mesmo nome. Para mais informações sobre ingressos basta clicar aqui.

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Crítica: Kylie Minogue, "Enjoy Yourself"
Crítica: Kylie Minogue, “Enjoy Yourself”

Logo de abertura, “Hand on Your Heart” exibe forte ancoragem em linhas de baixo sintetizadas marcadas por side-chain, o que retira camadas de densidade rítmica para destacar o hook vocal em falsete no pré-refrão. É produção de rádio em estado de arte, ancorada em mixagem estéreo larga para dar espaço às percussões secas programadas por Matt Aitken. A faixa segue como metonímia do disco: amável, imediata e calculada para escalar paradeiro global, conquistando o primeiro lugar no Reino Unido e cravando a quarta posição na Austrália.

“Wouldn’t Change a Thing” amplia o campo harmônico, introduzindo progressões mais cromáticas que deixam o refrão sem aquela catarse instantânea feita sob medida para pistas. Kylie, contudo, expande seu timbre com head voice limpo, entregando personalidade onde o instrumental abraça o safe zone do trio. Já “Never Too Late” confirma que a cantora evoluiu tecnicamente, articulando melismas curtos e precisão de ataque, algo raro no pop de gaveta do fim dos anos 1980.

Metade do disco, porém, diverge dos arranjos bubblegum. “Tell Tale Signs” abandona drum machines em favor de piano acústico, contrabaixo real e um sopro de jazz club que expõe o vibrato natural da intérprete, quase como teste de fogo para provar que existe voz além do reverb gated característico de PWL. A balada estranha, “My Secret Heart”, investe em orquestrações análogas às trilhas de filme da Metro-Goldwyn-Mayer dos anos 1950, técnica herdada diretamente dos samples de cordas ultracomprimidos que Mike Stock gostava de inserir em meio a sintetizadores FM. Ainda que dissonante no fluxo do álbum, a canção sinaliza curiosidade estética e aponta para a Kylie exploradora que emergiria em “Rhythm of Love”.

Após esse respiro, “I’m Over Dreaming (Over You)” retorna à batida quatro-por-quatro, mas ajusta o envelope de ataques de hi-hats programados para deixá-los mais fechados, puxando o espectro sonoro em direção a Chicago house diluída. O cover de “Tears on My Pillow”, gravado em fita analógica de 24 pistas, serve duplo propósito, promovendo o filme “The Delinquents” e oferecendo uma vitrine para o fraseado à la doo-wop da cantora. É peça fora de época, porém funciona como statement nostálgico em disco dominado por sintetizadores digitais.

Do ponto de vista comercial, “Enjoy Yourself” cumpriu missão com folga. Quatro vezes platina no Reino Unido em menos de três meses, turnê inaugural homônima cruzando três continentes, dois singles no topo do chart britânico. Criticamente, porém, a obra recebeu o selo de “mais do mesmo”, rótulo compreensível, já que Stock Aitken Waterman privilegiavam rápida rotatividade em detrimento de reinvenção. Entretanto, a micro-evolução percebida nas camadas de arranjo e no amadurecimento vocal de Kylie sugere estudo consciente de textura e dinâmica, fundamentos essenciais para suas incursões adult contemporary nos anos 1990.

“Enjoy Yourself” suporta escrutínio técnico como disco de transição, posicionando Kylie em rota de emancipação autoral, mesmo que ainda vestida do uniforme cintilante dos estúdios PWL. Sob o verniz adocicado encontram-se pistas de ambição artística futuras, perceptíveis a quem ouvir além do refrão chiclete e prestar atenção nos detalhes de produção que, embora sutis, transformam um clone de estreia em teste-beta para a virada criativa que viria a seguir.

Nota: 70/100

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