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Crítica: Kylie Minogue, “Let’s Get To It”

Texto: Ygor Monroe
6 de junho de 2025
em Música, Resenhas/Críticas
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Existe uma tensão curiosa em “Let’s Get To It” que faz dele um ponto de inflexão ambíguo na discografia de Kylie Minogue. É um disco que busca sair do molde, mas tropeça justamente ao tentar subverter o molde que ajudou a consagrá-la. Depois de três álbuns amplamente alinhados ao padrão plástico do pop de estúdio britânico, o projeto marca uma guinada em direção à auto representação, à busca por voz própria, mas sem encontrar um eixo claro para sustentar essa transição.

A cantora Kylie Minogue se apresenta no Brasil em agosto de 2025. O show apresentado pelo banco Santander faz parte da etapa latina da turnê “Tension”, suporte do disco de mesmo nome. Para mais informações sobre ingressos basta clicar aqui.

Confira a agenda de shows de junho em São Paulo

Crítica: Kylie Minogue, "Let's Get To It"
Crítica: Kylie Minogue, “Let’s Get To It”

Há uma inquietação evidente em cada segundo da obra. Um desejo por maturidade artística, sexualidade controlada e sonoridade mais sofisticada parece guiar as escolhas. É como se a artista, recém-liberta das amarras mais rígidas de sua gravadora, tentasse explorar todos os caminhos possíveis ao mesmo tempo, com o intuito de provar que havia mais sob a superfície do que as produções anteriores deixavam entrever. O problema é que essa multiplicidade de intenções não se traduz em unidade estética. O disco opera como um catálogo de experimentações, mas raramente como uma obra com propósito definido.

O repertório salta entre gêneros e climas com tanta fluidez quanto hesitação. A produção tenta incorporar elementos do hip hop e do new jack swing sem nunca mergulhar de fato em nenhuma dessas estéticas. A sensação de que tudo está sendo testado, mas nada está sendo aprofundado, é constante. O álbum flerta com camadas eletrônicas, com grooves mais secos, com baladas que interrompem o fluxo, com batidas dançantes que quase sustentam o corpo do disco, mas que rapidamente são deslocadas por escolhas que não se conectam entre si.

O que o torna interessante, ainda assim, é sua função dentro da cronologia artística de Kylie. A fragilidade do disco enquanto unidade estética talvez seja o seu maior mérito enquanto gesto artístico. Existe um certo valor no risco de errar, principalmente quando esse erro nasce da tentativa de se libertar de fórmulas previsíveis. E é exatamente isso que está em jogo aqui. “Let’s Get To It” é o retrato cru de uma artista em fase de ruptura interna, testando os próprios limites criativos sem o respaldo completo da coesão narrativa ou do domínio técnico sobre as novas linguagens que deseja incorporar.

Mesmo com a ausência de um direcionamento claro, há momentos em que o disco brilha, mais por suas intenções do que por suas realizações. É um álbum que tenta romper com o passado, mas não tem ainda ferramentas suficientes para construir um novo futuro sonoro. Seu erro não está na ambição, mas na imaturidade estrutural. A produção hesita entre seguir os instintos mais ousados da artista e recuar para fórmulas mais seguras, resultando em uma obra que parece dividida entre o desejo de crescer e o medo de perder o que já foi conquistado.

Se o disco parece desarticulado quando ouvido hoje, parte disso vem da comparação direta com os projetos que o cercam. Tanto o anterior quanto o posterior apresentam propostas mais bem resolvidas, com arquiteturas pop mais consistentes. Isso joga uma sombra inevitável sobre “Let’s Get To It”, que parece deslocado até mesmo dentro de sua própria cronologia. Mas se ele falha como álbum, acerta como laboratório. É nesse aspecto que sua importância se torna mais clara: a obra funciona como território de ensaio, como uma ponte imperfeita entre a versão fabricada de Kylie e a artista mais autônoma que surgiria depois.

Ao olhar para trás, é possível ver em “Let’s Get To It” as rachaduras que anteciparam a reinvenção. Ele não representa o ápice de Kylie, mas carrega em si a centelha do que viria a ser. E talvez essa seja a sua função mais nobre dentro de uma discografia que sempre foi marcada por mutações, rupturas e reconstruções. É o som de uma artista encontrando, aos tropeços, o próprio eixo. E mesmo quando esse som soa desorganizado, ele ainda reverbera com a força de quem está tentando se libertar de algo que já não serve mais.

Nota: 68/100

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