Lançado em 2018 como trilha sonora do filme dirigido e protagonizado por Bradley Cooper, “A Star Is Born” marca uma transição simbólica na carreira de Lady Gaga, da popstar performática para uma intérprete versátil e emotiva no cinema e na música. Como produto integrado ao longa, o álbum cumpre perfeitamente sua função narrativa: desenvolve o arco emocional dos personagens e acompanha a progressão da história de forma orgânica. No entanto, quando analisado de maneira autônoma, como álbum musical, apresenta limitações significativas de coesão estética, profundidade autoral e longevidade artística.
Lady Gaga vem ao Brasil em 2025 para um show histórico na Praia de Copacabana, um evento que celebra sua trajetória e sua relevância global. O espetáculo conta com um time de patrocinadores de peso: Santander (banco oficial), Latam Airlines (transporte oficial), Deezer (player oficial) e Eventim (apoiador oficial). A realização do evento fica a cargo da Live Nation e Bônus Track, com suporte comercial da Klefer e apoio institucional da Prefeitura do Rio de Janeiro, Governo do Estado do Rio de Janeiro, RioTur e VisitRio. No Brasil, a distribuição do catálogo de Lady Gaga é feita pela Universal Music. Para mais informações basta clicar aqui.

O disco mistura composições originais de country-rock com baladas tradicionais e momentos pontuais de pop. A direção musical, sob supervisão de Lukas Nelson, Benjamin Rice e Gaga, opta por um som “raiz”, centrado em guitarras acústicas, pianos introspectivos e timbres de produção seca, priorizando a emoção direta sobre o refinamento técnico. Isso confere um certo realismo à sonoridade, mas também compromete a originalidade, especialmente nas faixas interpretadas por Bradley Cooper. Seu registro vocal é competente, porém limitado, e seus temas soam genéricos, orbitando sem distinção clara dentro de uma estética derivativa do alt-country norte-americano de rádio.
Já Lady Gaga assume diferentes papéis musicais ao longo do disco, indo do soft rock emocional (como em “Always Remember Us This Way”) ao pop com apelo comercial (“Heal Me”, “Hair Body Face”). A faixa “Shallow”, incontestavelmente o destaque do álbum, sintetiza com precisão o impacto emocional que o filme busca: a música cresce de forma gradual, com arranjos econômicos e um clímax vocal poderoso, servindo tanto ao enredo quanto à audiência. Seu sucesso comercial e o Oscar de Melhor Canção Original são testemunhos da eficácia dessa fórmula. Outras faixas, como “Is That Alright?”, exploram um sentimentalismo direto, mas sem cair no piegas, graças ao controle interpretativo de Gaga.
Apesar disso, o disco sofre de fragmentação estilística. A trilha sonora tenta equilibrar três frentes: a persona roqueira de Cooper, as baladas cinematográficas de Gaga e um terceiro grupo de faixas pop genéricas que pouco contribuem artisticamente. O resultado é uma coleção inconsistente, que depende do contexto cinematográfico para gerar impacto. Fora da tela, o álbum não estabelece uma identidade musical clara, funcionando mais como um apanhado de momentos dramáticos do filme do que como uma obra coerente.
A produção técnica é funcional, mas propositalmente despojada, emulando gravações ao vivo e imperfeições estéticas para transmitir autenticidade emocional. Essa escolha dialoga com o espírito do filme, mas limita o potencial do disco enquanto produto musical independente. Fica claro que “A Star Is Born” não foi concebido como um álbum pop tradicional, nem como um disco de estúdio convencional. Sua proposta é híbrida, e seus méritos estão mais ligados à atuação de Gaga e à integração entre música e cinema do que à força individual das faixas.
“A Star Is Born” é eficaz como trilha sonora cinematográfica e oferece alguns momentos de forte apelo emocional, especialmente nas interpretações vocais de Lady Gaga. Contudo, como álbum autônomo, é irregular, estilisticamente disperso e dependente demais da narrativa visual. Uma obra de valor simbólico e estratégico para Gaga, mas limitada enquanto realização musical plena.
Nota final: 68/100
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