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Crítica: Marina Sena, “Coisas Naturais”

Texto: Ygor Monroe
31 de março de 2025
em Música

A evolução artística de um músico não acontece de uma hora para outra. Há pistas, sinais, experimentações. No caso de Marina Sena, “Coisas Naturais” é a culminação de tudo o que ela vem ensaiando desde os tempos de Rosa Neon e do seu estrondoso “De Primeira”. Mas, mais do que um ponto alto, o álbum se impõe como um manifesto sonoro: um disco que entende a tradição, mas não tem medo de distorcê-la, misturá-la e projetá-la para um futuro que é, ao mesmo tempo, ousado e essencialmente brasileiro.

A evolução do estilo musical de Marina Sena

Crítica: Marina Sena, "Coisas Naturais"
Crítica: Marina Sena, “Coisas Naturais”

Se nos últimos anos a indústria nacional tem flertado com fórmulas globais, Marina Sena decide seguir um caminho diferente. Em vez de se render à pasteurização das tendências americanas ou à previsibilidade do pop radiofônico, ela se aprofunda no Brasil, e não qualquer Brasil, mas aquele que construiu sua identidade musical sobre a fusão de ritmos, a liberdade estética e a sensualidade das melodias. “Coisas Naturais” é um disco que respeita essa tradição, mas nunca de maneira óbvia ou reverencial.

Ao longo de 13 faixas, o álbum se constrói como uma jornada sensorial, um mergulho em amores, desejos e na ligação quase mística entre corpo, natureza e música. Há uma unidade narrativa que amarra tudo com precisão, mas cada canção se sustenta de maneira independente, como se fossem pequenos mundos interligados por uma mesma energia. O resultado é um disco que desafia a lógica fragmentada do consumo digital: ele não é apenas uma coleção de faixas, mas um corpo coeso de obra.

A produção é um espetáculo à parte. Se antes Marina já demonstrava um faro aguçado para timbres e texturas, aqui ela atinge um novo patamar. O álbum brinca com a dualidade entre o clássico e o contemporâneo: há momentos que evocam os grooves orgânicos do samba-rock, a cadência do forró, a languidez da MPB setentista, mas também instantes de pura experimentação eletrônica, sintetizadores que parecem saídos de um futuro alternativo e batidas que ressoam como se estivessem em um espaço-tempo indefinido. O equilíbrio entre esses elementos nunca soa forçado, pelo contrário, a fluidez do projeto revela um controle absoluto da estética que Marina deseja construir.

A voz, sempre um dos pontos centrais da artista, chega ao seu ápice técnico e interpretativo. Marina nunca foi uma cantora de grandes firulas vocais, mas domina como poucos o jogo da interpretação. Sua voz desliza, sussurra, provoca e explode nos momentos certos. Há algo de magnético no modo como ela transita entre doçura e malícia, leveza e intensidade, um domínio de nuances que transforma cada música em uma experiência sensorial completa.

Apesar de ser essencialmente um disco brasileiro, “Coisas Naturais” não ignora as referências globais. Mas a abordagem aqui é diferente: em vez de simplesmente incorporar ritmos estrangeiros, Marina os traduz dentro da sua própria linguagem. Seja flertando com o R&B ou trazendo elementos eletrônicos de forma orgânica, o álbum nunca perde sua conexão com os sons do Brasil.

O impacto de “Coisas Naturais” vai além da sonoridade. É um disco que parece querer redefinir a forma como consumimos música, lembrando que álbuns podem (e devem) ser mais do que um conjunto de faixas avulsas disputando espaço nas playlists. Marina Sena chega ao seu terceiro trabalho com maturidade artística, ambição e um domínio impressionante de sua identidade. Talvez seja cedo para cravar que este é seu grande clássico, mas uma coisa é certa: este é um álbum que já nasceu grande.

Nota final: 100/100

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