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Crítica: “Marty Supreme”

Texto: Ygor Monroe
14 de novembro de 2025
em Cinema/Filmes, Resenhas/Críticas

“Marty Supreme” abre como quem desafia a própria lógica das cinebiografias esportivas. Nada aqui busca santificar um atleta ou glamourizar conquistas. O que Josh Safdie constrói é outra coisa: uma narrativa sobre ambição desenfreada, delírio competitivo e a fome insaciável que faz um homem atravessar limites até descobrir que a linha do absurdo é mais elástica do que parece. Marty Reisman, interpretado por Timothée Chalamet, parte de jogos improvisados em becos de Manhattan e vira lenda do tênis de mesa norte-americano, acumulando títulos e inimigos com a mesma facilidade com que gira a raquete. O filme não acompanha um herói, acompanha um furacão.

Crítica: "Marty Supreme"
Crítica: “Marty Supreme”

A trajetória de Marty pulsa como um organismo próprio. Safdie utiliza o esporte como metáfora, jamais como moldura decorativa. O tênis de mesa vira uma espécie de campo de batalha íntimo, um espaço onde Marty mede sua compulsão por vitória contra um universo que insiste em derrubá-lo. A lógica do jogo invade tudo, da forma como ele ama à forma como ele destrói, e essa ideia permeia o filme inteiro com uma clareza desconfortável. É como se Safdie dissesse ao espectador que todo talento tem um preço, que toda obsessão cobra juros e que a glória nunca chega sozinha.

Chalamet entrega um trabalho intenso, preciso e imprevisível. Nada nele soa calculado. Marty é um personagem que explode e implora ao mesmo tempo, alguém que vive num estado permanente de urgência. É uma das interpretações mais afiadas da carreira do ator, e Safdie parece construí-lo ao redor desse caos humano, exatamente como fez com Adam Sandler em “Uncut Gems”, mas com outra camada emocional. O que move Marty não é vício, é ambição. É um desejo quase febril de provar algo, mesmo quando já não há ninguém para provar.

O elenco ao redor cria a textura do mundo de Marty com a mesma força. Gwyneth Paltrow surge com uma presença surpreendente, entregando uma atuação que mistura elegância e desgaste emocional. Odessa A’zion vibra como uma fagulha constante na narrativa, trazendo um contraponto energético que mantém o filme sempre aceso. E entre participações inesperadas, Abel Ferrara rouba cada cena, enquanto um cachorro hipnotiza o quadro sempre que aparece. Safdie transforma até pequenos papéis em peças de um caos maior, como se cada rosto carregasse o peso de um capítulo da vida de Marty.

A direção de Josh Safdie mantém a estética que o consagrou: nervosa, urgente, inquieta. A câmera observa menos do que persegue, como se tentasse acompanhar Marty no ritmo impossível que ele mesmo impõe. Há suor, há ritmo, há aquela sensação de que tudo vai explodir a qualquer segundo. O filme corre por 2h29 sem entregar respiro, e ainda assim conserva uma precisão rara. Nada se perde, tudo serve ao colapso emocional e à atmosfera de tensão crescente.

“Marty Supreme” se expande para além do esporte e do retrato biográfico. O filme se transforma numa reflexão sobre sonho, frustração, risco e combustão interna. Marty parece feito de nervos expostos, e cada vitória tem gosto de sobrevivência. É cinema que vibra e sangra, que provoca o espectador a reconhecer um pouco da própria obsessão naquele protagonista que insiste em acelerar mesmo quando o mundo pede freio.

Ao final, a história deixa uma pergunta pairando no ar como a bolinha suspensa no saque perfeito: até onde a ambição pode impulsionar e em que momento ela ameaça engolir quem a alimenta? “Marty Supreme” responde com imagens, suor, caos e intensidade. E a resposta ecoa muito além da mesa de pingue-pongue.

“Marty Supreme”
Direção: Josh Safdie
Elenco: Timothée Chalamet, Gwyneth Paltrow, Odessa A’zion, Tyler the Creator
Disponível nos cinemas a partir de 22 de janeiro de 2026

⭐⭐⭐⭐

Avaliação: 4 de 5.

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