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Crítica: “Nefárious”

Texto: Ygor Monroe
23 de junho de 2025
em Amazon Prime Video, Cinema/Filmes, Resenhas/Críticas, Streaming
0

À primeira vista, “Nefárious” parece apenas mais um título de terror psicológico com estética genérica e tema batido. O típico cenário: sala trancada, serial killer no corredor da morte, psiquiatra cético, atmosfera densa e uma ameaça sobrenatural insinuada. Mas o que poderia ser uma variação modesta de “O Silêncio dos Inocentes” com tintas de possessão demoníaca acaba se revelando algo muito diferente e não no bom sentido. A tentativa de discutir fé, moralidade e livre-arbítrio é enterrada sob um roteiro enferrujado e uma retórica agressivamente panfletária.

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Crítica: "Nefárious"
Crítica: “Nefárious”

O filme, dirigido por Chuck Konzelman e Cary Solomon, não esconde suas intenções desde os primeiros minutos. A narrativa gira em torno do psiquiatra convocado para avaliar se um condenado à morte está mentalmente apto a ser executado. A reviravolta? O detento, Edward Brady, afirma ser um demônio que está apenas usando aquele corpo como recipiente. O dilema existencial está posto, mas a condução é tudo menos sutil.

Há aqui um problema estrutural que compromete todo o resto: a obra abdica do desenvolvimento narrativo em prol de um sermão travestido de diálogo dramático. O roteiro força a barra com discursos que interrompem a fluidez e diluem qualquer tentativa de criar tensão ou ambiguidade moral. Os personagens não conversam, eles declaram. Não há conflito, há catequese.

A atuação de Sean Patrick Flanery, que interpreta o suposto demônio, tenta se sustentar na ideia de intensidade contida, mas escorrega para uma caricatura. Falta nuance, sobra teatralidade, e o texto que ele é obrigado a entregar em longos monólogos não ajuda. Em vez de explorar o abismo psicológico de um homem prestes a ser executado, o filme o transforma em uma espécie de porta-voz de uma agenda religiosa agressiva e mal disfarçada.

Jordan Belfi, no papel do psiquiatra, é engolido pela estrutura rígida do filme. Seu personagem serve quase exclusivamente como âncora para que o roteiro despeje parágrafos de opiniões morais disfarçadas de confissões demoníacas. O diálogo entre os dois deveria ser o coração do filme, mas se torna uma disputa entre um vilão que prega o apocalipse e um cético que pouco tem a dizer.

O mais problemático é que “Nefárious” insiste em usar o terror como cavalo de Troia para discursos que pouco têm a ver com a própria lógica interna do filme. Aborto, diversidade, liberdade religiosa, marxismo, ciência… tudo vira pauta. Mas nenhuma dessas questões é abordada com profundidade ou conexão narrativa. Elas surgem como interrupções abruptas, recortes de discurso que parecem importados de outro texto. A obra se perde quando acredita estar dizendo algo relevante, mas o que entrega é uma colagem rasa de opiniões que nada somam à trama central.

Visualmente, o filme até tenta compensar suas limitações orçamentárias com uma direção sóbria, ambientação contida e atmosfera levemente opressora. Mas a estética minimalista não é suficiente para sustentar uma experiência que se propõe a ser reflexiva, mas falha ao reduzir reflexão a proselitismo.

“Nefárious” não é exatamente um desastre técnico. O som, a fotografia e até a montagem funcionam dentro do básico. O problema está na ambição inflada de seu conteúdo. É um filme que acredita ter uma mensagem poderosa, mas não tem coragem de construir essa mensagem com complexidade. Prefere gritar ao invés de conversar. Julgar ao invés de questionar. Moralizar ao invés de narrar.

No fim das contas, o que deveria ser um thriller psicológico com tintas sobrenaturais se transforma em um panfleto disfarçado de entretenimento. E o terror, que deveria estar na possibilidade do mal habitar qualquer um de nós, se dissolve em um texto que confunde fé com doutrinação e suspense com discurso enlatado. Se o objetivo era provocar reflexão, a obra esquece que para isso é preciso mais do que frases de efeito. É preciso cinema.

⭐

Avaliação: 0.5 de 5.

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