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Crítica: “O Conde de Monte Cristo” (Le Comte de Monte-Cristo)

Texto: Ygor Monroe
10 de fevereiro de 2025
em Amazon Prime Video, Cinema/Filmes, Resenhas/Críticas, Streaming

A nova adaptação de “O Conde de Monte Cristo“, dirigida por Alexandre de La Patellière e Matthieu Delaporte, busca revisitar a clássica narrativa de Alexandre Dumas sob uma perspectiva moderna, mas mantendo a grandiosidade da história original. O filme, que esteve entre os destaques do Festival de Cannes 2024 e agora figura no catálogo do Prime Video, promete uma abordagem épica da saga de vingança de Edmond Dantès, interpretado por Pierre Niney. Entretanto, a adaptação toma liberdades narrativas que podem dividir os espectadores, especialmente os que conhecem profundamente a obra original.

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Crítica: "O Conde de Monte Cristo" (Le Comte de Monte-Cristo)
Crítica: “O Conde de Monte Cristo” (Le Comte de Monte-Cristo)

A história segue o jovem marinheiro Edmond Dantès, que é injustamente preso devido a uma conspiração tramada por aqueles que invejam sua ascensão. Durante seus anos de confinamento no Castelo de If, ele recebe ensinamentos e revelações cruciais de um companheiro de cela, que lhe indica a localização de um tesouro oculto. Com isso, Edmond escapa da prisão, adquire imensa fortuna e retorna sob a identidade do Conde de Monte Cristo, movido por um plano meticuloso de vingança contra aqueles que destruíram sua vida.

A direção de La Patellière e Delaporte destaca-se pela preocupação com a grandiosidade visual da obra. A cinematografia imersiva captura paisagens exuberantes, cenários detalhados e vestimentas luxuosas que remetem à opulência da aristocracia francesa do século XIX. A fotografia é um dos pontos altos do filme, equilibrando cenas sombrias e soturnas com momentos de esplendor e vingança cuidadosamente calculada.

Pierre Niney entrega uma atuação expressiva como Edmond Dantès, transitando entre a inocência do jovem marinheiro e a frieza calculista do Conde de Monte Cristo. Sua interpretação é convincente ao mostrar um personagem que, apesar da sede de justiça, ainda carrega resquícios de emoções humanas conflitantes. No entanto, a adaptação altera significativamente algumas das interações e motivações presentes no livro, o que pode frustrar fãs mais puristas.

O relacionamento entre Edmond e Mercédès (Anaïs Demoustier) é abordado com maior intensidade emocional, mas modifica aspectos essenciais do livro. Enquanto a obra original enfatiza a resignação e o destino irrevogável dos personagens, o filme opta por um caminho mais sentimental, explorando possibilidades que destoam do desfecho trágico e resignado de Dumas.

Os antagonistas, Danglars (Laurent Lafitte) e Fernand Mondego (Bastien Bouillon), recebem um desenvolvimento razoável, mas a profundidade psicológica de suas trajetórias é reduzida. Villefort (Patrick Mille), cujo arco na obra original é crucial para a crítica ao sistema judicial da época, tem sua história condensada, minimizando o impacto de sua queda.

Dentre as maiores divergências em relação ao romance, está a construção do Conde. No livro, Edmond é uma presença quase mitológica, cuidadosamente distante e enigmaticamente infalível. O filme, por outro lado, humaniza demais o protagonista, permitindo que sua identidade seja revelada a mais personagens do que no material original. Isso suaviza a aura de mistério e estratégia que fazem de sua vingança algo grandioso e inescapável.

Outra escolha questionável é a omissão de elementos que demonstram a generosidade de Edmond, como sua relação com a família Morrel. No romance, sua bondade para com aqueles que foram leais a ele equilibra a frieza de sua vingança, tornando-o um personagem mais complexo. A ausência dessa subtrama no filme reduz a dimensão moral do Conde, fazendo com que sua jornada pareça menos catártica e mais unilateral.

O clímax também toma liberdades significativas, especialmente no desfecho dos antagonistas. No livro, cada inimigo de Edmond enfrenta uma punição proporcional a seus crimes, em um desdobramento paciente e engenhoso. O filme opta por acelerar essas resoluções, diminuindo o impacto emocional e a sensação de inevitabilidade que permeia o romance.

“O Conde de Monte Cristo” de 2024 é uma adaptação visualmente impressionante e tecnicamente bem executada, mas que toma liberdades narrativas que podem desagradar fãs do livro. A atuação de Pierre Niney é um dos pontos fortes, assim como a direção de arte e cinematografia, que capturam a essência visual da França do século XIX. Entretanto, alterações estruturais na trama, a suavização de certos aspectos da vingança de Edmond e um final menos impactante comprometem a força da narrativa.

⭐⭐⭐⭐

Avaliação: 3.5 de 5.

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Temas: CinemaCríticaLançamentoO Conde de Monte CristoResenhaReview

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