A ideia de um slasher ambientado no universo dos influenciadores digitais tinha potencial para ser uma crítica ácida à cultura das redes sociais, mas “Reality de Horror: Influencers em Pânico” falha em quase todos os aspectos. O longa se esforça para criar uma narrativa que misture terror e mistério, mas o resultado é um amontoado de clichês, atuações robóticas e um roteiro que parece saído de um brainstorming preguiçoso.
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O filme inicia com uma premissa previsível: um grupo de influenciadores é convidado para um reality show em uma mansão luxuosa, mas a diversão se transforma em um jogo de sobrevivência quando um assassino começa a eliminá-los um a um. A chegada de Amanda, uma nova influenciadora, tenta injetar frescor na trama, mas o filme nunca consegue se desprender da obviedade. A previsibilidade é tamanha que até mesmo a tentativa de criar uma reviravolta (com a “morte” temporária da protagonista) soa forçada e sem impacto.
Tecnicamente, o filme também é um desastre. A direção parece indecisa entre fazer um thriller claustrofóbico ou um terror estilizado com influência de produções como “Jogos Mortais” e os mistérios de Agatha Christie. O resultado é um produto visualmente caótico, com uma fotografia sem personalidade e cortes abruptos que dificultam a imersão. A tentativa de integrar gravações de redes sociais com a narrativa principal poderia ter sido um diferencial, mas a execução é tão amadora que apenas distrai e fragmenta a experiência.
Os personagens são pouco desenvolvidos e completamente descartáveis. Nenhum deles possui camadas ou motivações convincentes, o que torna difícil se importar com seus destinos. As mortes, que poderiam ser o ponto alto do filme, são anticlimáticas e mal coreografadas. Quando finalmente chega a revelação do assassino, a falta de impacto é tão grande que é difícil se importar. Para piorar, o final insinua uma sequência, uma ideia que só reforça a desconexão dos realizadores com a qualidade real do que produziram.
Se “Reality de Horror: Influencers em Pânico” tivesse sido lançado há uma década, talvez tivesse alguma relevância. No entanto, em 2025, a sua abordagem sobre a cultura dos influenciadores parece defasada e sem mordacidade. O filme não apresenta uma crítica contundente nem consegue funcionar como entretenimento descompromissado. O baixo orçamento é evidente, mas não justifica a falta de criatividade e a execução pobre.
No final das contas, a produção é apenas mais um exemplo de terror genérico que tenta surfar em tendências já desgastadas. Para quem busca um horror slasher minimamente envolvente, melhor procurar em outro lugar. Para aqueles que realmente desejam assistir a um grupo de influenciadores sendo eliminados, há alternativas mais satisfatórias no catálogo de filmes ruins do gênero.
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