Não existe nada mais pop que um disco autointitulado né? “Shakira”, lançado em 2014, é um álbum que simboliza a tentativa de uma artista consagrada de se adaptar ao mercado americano, mas o resultado é frustrante. A colombiana, reconhecida por sua habilidade em mesclar influências culturais e criar um som autêntico, entrega aqui um trabalho que sacrifica identidade em troca de um pop genérico e esquecível. O projeto parece mais preocupado em seguir tendências do que em construir algo memorável.
Shakira se apresenta no Brasil em fevereiro de 2025. A turnê no Brasil é apresentada pelo Santander Brasil, com patrocínio de Shell, Coca-Cola, Heineken e Decolar, além do apoio da Esfera. Mais informações estão disponíveis no link.
Desde a primeira faixa, é perceptível que o charme peculiar e a originalidade que marcaram álbuns anteriores foram diluídos. As músicas, embora tecnicamente bem produzidas, poderiam facilmente ser interpretadas por qualquer outro artista pop do mercado. Esse distanciamento de seu estilo pessoal faz com que Shakira se perca em um mar de fórmulas repetitivas. A colaboração com Rihanna em “Can’t Remember to Forget You” é um exemplo claro: apesar do apelo comercial, a faixa soa como um movimento calculado, sem alma, apoiado mais no clipe polêmico do que na força da música.
Nem mesmo os melhores momentos do álbum, como “Empire”, conseguem resgatar a profundidade emocional ou o impacto criativo de obras passadas. As letras exploram temas previsíveis e as melodias oscilam entre o óbvio e o esquecível, deixando pouco para o ouvinte levar consigo. Se em outros trabalhos Shakira transformava até os sons mais improváveis em algo singular, aqui ela se limita a seguir a cartilha pop
O disco não representa a artista em sua melhor forma, mas sim uma versão diluída de seu talento. A decisão de ceder tanto controle criativo a outros produtores resultou em um álbum que carece de personalidade e que dificilmente será lembrado como um ponto alto de sua carreira. Shakira, que já foi capaz de desafiar convenções e criar clássicos pop, entrega um trabalho que desaponta pela superficialidade e falta de coesão.
Nota final: 40/100
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