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Crítica: “Sneaks: De pisante novo” (Sneaks)

Texto: Ygor Monroe
17 de abril de 2025
em Cinema/Filmes, Resenhas/Críticas
0

Narrativa de sapatos falantes tentando retornar à sua caixa de origem já poderia soar excêntrica o suficiente por si só, mas “Sneaks: De Pisante Novo” parece não confiar na própria proposta. O longa, produzido por estúdio independente com distribuição ampla e dublagens de peso, entrega um conceito com potencial lúdico, mas se contenta com uma execução funcionalmente rasa. A premissa acompanha Ty (Anthony Mackie), um tênis esportivo que precisa resgatar sua irmã Maxine (Chlöe Bailey) das garras do vilão conhecido como “O Colecionador” (Laurence Fishburne). A partir desse ponto, o que se segue é uma aventura urbana plastificada, com lições morais previsíveis e um arco dramático que parece ter saído diretamente de um algoritmo genérico de roteiros infantis.

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Crítica: "Sneaks: De pisante novo" (Sneaks)
Crítica: “Sneaks: De pisante novo” (Sneaks)

Tecnicamente, o filme se apoia em uma estética digital que lembra produções lançadas diretamente para streaming no início da década passada. A modelagem dos personagens é básica, sem grande riqueza de detalhes ou nuances de iluminação, o que compromete a imersão especialmente quando ambientado numa Nova York que deveria ser estilizada e dinâmica. O design da cidade não aproveita o espaço urbano com inventividade: não há verticalidade interessante, nem momentos de coreografia visual que aproveitem a tridimensionalidade dos ambientes.

A direção de animação é rígida. Os movimentos dos personagens calçados carecem de fluidez, e mesmo quando o filme tenta simular ritmo em sequências de perseguição, por exemplo há pouca sensação de velocidade ou urgência. Os cortes são funcionais, mas a montagem é excessivamente segura, quase mecânica. Não há experimentação, sobreposição criativa de linguagem ou sequer transições que valorizem a jornada dos personagens. A sensação geral é a de um filme que poderia ter sido lançado em qualquer momento dos últimos 15 anos, sem impacto.

Narrativamente, o roteiro é construído em cima de arquétipos reciclados e estruturas exaustivamente usadas: o herói inseguro que encontra sua coragem, o grupo de aliados estereotipados, o vilão redimido ao final, e o “momento da lição” onde tudo se amarra com uma mensagem sobre sair da zona de conforto. Mas ao contrário de animações mais competentes que conseguem revisitar esses clichês com timing, originalidade ou sinceridade, “Sneaks: De Pisante Novo” se entrega ao automatismo, sem timing cômico e sem profundidade emocional.

As tentativas de humor fracassam por excesso de trocadilhos desgastados e ausência de timing interno. O personagem JB (Martin Lawrence), projetado como o “alívio cômico”, falha em sua função primária: divertir. Sua voz, que deveria carregar carisma e ritmo, soa desinteressada e deslocada. Em vez de um parceiro espirituoso, o público encontra um personagem que parece dublado no piloto automático. Mesmo as piadas visuais, que poderiam explorar o universo antropomorfizado dos calçados, se limitam a soluções fáceis e obviedades tênis falando de “solado” com orgulho ou fazendo comentários sobre “amortecimento” em tom de autoajuda.

Ainda que o elenco de voz inclua nomes respeitados como Anthony Mackie e Laurence Fishburne, suas performances são corretas, mas visivelmente comprometidas por diálogos sem densidade e um roteiro que os impede de explorar qualquer camada interpretativa real. A escolha de Chlöe Bailey como Maxine é subaproveitada, já que a personagem é retirada da ação logo no início, servindo mais como motivação do que como agente ativo na narrativa. É um exemplo de como o filme sacrifica oportunidades dramáticas por conveniência estrutural.

A trilha sonora é esquecível. Não há composições memoráveis, temas recorrentes ou qualquer integração forte entre música e ação. É um erro grave em um filme cujo universo gira em torno da ideia de “ritmo”, “pisante” e “movimento”. A mixagem de som é correta, mas não oferece profundidade espacial nem reforça o peso das cenas com sutileza.

“Sneaks: De Pisante Novo” parece existir apenas para preencher catálogo. É uma produção com cara de derivativo, pensada para circular em streamings, prender crianças por 90 minutos e desaparecer da memória coletiva sem deixar rastros. Mesmo com um elenco carismático e uma premissa minimamente curiosa, a execução genérica, a estética pobre e o texto preguiçoso impedem que a obra atinja qualquer relevância artística ou cultural.

Funciona, no máximo, como passatempo esporádico para sessões em grupo, onde o que está na tela serve de plano de fundo para conversas paralelas. O filme é o equivalente animado de um par de tênis descartável: cumpre uma função básica por um tempo, mas jamais vai ser lembrado.

⭐⭐

Avaliação: 2 de 5.

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