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Crítica: Terno Rei, “Nenhuma Estrela”

Texto: Ygor Monroe
22 de abril de 2025
em Música, Resenhas/Críticas

No quinto álbum de estúdio, “Nenhuma Estrela“, o Terno Rei atinge um novo patamar de maturidade criativa sem abrir mão de sua essência melancólica. Lançado pela Balaclava Records, o disco reafirma a posição do grupo paulistano como um dos nomes mais consistentes e relevantes da cena alternativa nacional. A evolução sonora é perceptível logo nas primeiras faixas, mas o que mais impressiona é a solidez estética alcançada: trata-se de um trabalho que sintetiza todas as fases da banda, com um olhar firme para o futuro.

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Crítica: Terno Rei, "Nenhuma Estrela" | Foto: Fernando Mendes
Crítica: Terno Rei, “Nenhuma Estrela” | Foto: Fernando Mendes

Com produção assinada por Gustavo Schirmer já parceiro da banda nos discos anteriores e também responsável pelo recente trabalho solo de Ale Sater, “Tudo Tão Certo” o álbum exibe um acabamento técnico cuidadoso. Cada faixa soa como parte de um corpo coeso e refinado, resultado de um processo de estúdio bem orquestrado. O próprio guitarrista Bruno Paschoal destacou isso em entrevista à Popload: o trabalho meticuloso na produção foi fundamental para o resultado final. Ouvindo o disco, fica evidente: os arranjos são limpos, os timbres bem escolhidos e a mixagem respeita os silêncios tanto quanto valoriza os clímax sonoros.

“Nenhuma Estrela” é também o trabalho mais colaborativo da banda até aqui. As participações especiais, inéditas na discografia do Terno Rei, elevam a proposta do álbum. “Relógio”, com Lô Borges, traz a elegância harmônica da MPB setentista para o universo indie, criando uma ponte inusitada e bem-sucedida entre o Clube da Esquina e a estética dream pop da banda. Já “Tempo”, com Clara Borges (da banda Paira), injeta elementos eletrônicos e referências claras a New Order e Depeche Mode, demonstrando que o grupo está confortável em experimentar sem se descaracterizar.

Do ponto de vista composicional, Ale Sater entrega um conjunto de canções que dialogam com a juventude urbana de forma direta, sem simplificações. A lírica continua poética e contemplativa, mas menos abstrata que em trabalhos anteriores. Faixas como “Peito” e “Pega” apresentam estruturas simples, porém eficazes, com refrãos melódicos e instrumentais que alternam entre suavidade e intensidade, mantendo a cadência emocional característica do grupo. Os vocais de Ale, sempre econômicos em melismas, continuam funcionando como mais um instrumento na textura das faixas precisos, discretos e emotivos.

Musicalmente, o disco mantém raízes no indie dos anos 80 e 90, mas atualiza referências sem recorrer ao pastiche. Há traços de post-punk, shoegaze e synthpop, filtrados por uma identidade já plenamente formada. Se “Gêmeos” flertava mais com o pop e “Violeta” representava uma guinada emocional e estética, “Nenhuma Estrela” equilibra essas vertentes com inteligência. A bateria é mais rítmica e presente, as guitarras ocupam mais espaço no espectro sonoro, e os sintetizadores pontuam atmosferas, sem nunca soarem excessivos.

Importante ressaltar o momento vivido pela banda: o Terno Rei já ultrapassou as fronteiras do nicho indie e hoje se posiciona como um nome relevante na música brasileira como um todo. A presença em festivais de grande porte e o alcance em rádios comerciais são apenas reflexo de uma trajetória marcada por consistência, entrega artística e uma base de fãs conquistada com autenticidade. Mesmo com esse crescimento, o grupo manteve o controle criativo de sua obra um feito raro no cenário independente atual.

“Nenhuma Estrela” é, acima de tudo, um disco de transição bem-sucedida. Ele representa o amadurecimento de uma banda que soube ouvir seu tempo e encontrar seu lugar sem se adaptar ao mercado de forma oportunista. Com domínio técnico, coesão estética e sensibilidade emocional, o Terno Rei entrega seu trabalho mais completo até aqui. Um álbum que não apenas consolida uma carreira, mas também projeta novas possibilidades. E no caso deles, como já sugere o nome do disco, o céu definitivamente já não é mais o limite.

Nota final: 87/100

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