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Crítica: The Kooks, “Never/Know”

Texto: Ygor Monroe
12 de maio de 2025
em Música, Resenhas/Críticas
0

“Never/Know” é o sétimo álbum de estúdio dos The Kooks, mas poderia ser tranquilamente confundido com qualquer outro registro da banda pós-“Konk” (2008). Ao longo de 11 faixas produzidas majoritariamente por Luke Pritchard, o vocalista e mentor criativo do grupo, com exceção de uma única colaboração externa, o disco se revela como um exercício de redundância, encenando uma reconexão com o espírito fundacional da banda que jamais se materializa em termos artísticos ou estéticos. A proposta de “voltar às raízes” é afirmada, mas o que se ouve é uma repetição morna das mesmas fórmulas que já se mostravam desgastadas na virada da década passada.

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Crítica: The Kooks, “Never/Know”
Crítica: The Kooks, “Never/Know”

Tecnicamente, o álbum falha onde sua proposta mais depende de consistência: na construção de identidade sonora. Ao evocar os timbres do britpop tardio e das vertentes mais comerciais do indie rock dos anos 2000, “Never/Know” entrega uma paleta instrumental rasa, com arranjos previsíveis, dinâmicas lineares e estruturas harmônicas inofensivas. Não há ambição nas progressões de acordes, nas linhas de baixo ou nas escolhas percussivas, e muito menos nas camadas de produção que poderiam ao menos atualizar essa estética nostálgica. O disco funciona como um aglomerado de riffs genéricos, melodias recicladas e letras que orbitam a banalidade emocional com zelo quase corporativo. Tudo soa assepticamente ensaiado para agradar um público que já não exige surpresa.

A faixa-título, que abre o álbum, sugere um possível momento de introspecção madura, mas rapidamente se acomoda em uma sonoridade acomodada. A escolha de colocá-la como introdução é reveladora: trata-se de uma composição de andamento arrastado, harmonia básica e vocal afetado por uma melancolia superficial. Nada aqui revela evolução ou reinvenção. O verso “os tempos estão mudando, mas eles permanecem os mesmos” opera como uma autorreflexão involuntária sobre a própria estagnação da banda.

Em termos mais abertos, “Never/Know” é um projeto que esbarra constantemente na limitação semântica. As composições abusam de metáforas frágeis e imagens que não sustentam a densidade emocional que parecem ambicionar. Há um evidente esforço de parecer sofisticado, de imprimir uma suposta gravidade existencial aos temas, mas o resultado é mais próximo da caricatura do que da profundidade.

A exceção pontual vem com “China Town”, cuja harmonia mais delicada e senso melódico ligeiramente mais inspirado apontam para um outro caminho possível, mais introspectivo e menos derivativo. Ainda assim, é um lampejo isolado em meio à previsibilidade do restante do disco. “Tough at the Top”, com sua ilusão de grandeza, revela mais sobre o mindset da banda do que sobre sua música: os Kooks parecem convencidos de que ainda ocupam uma posição de protagonismo cultural, mesmo quando tudo ao seu redor aponta para o contrário.

Mesmo os momentos de maior energia, como “All Over the World”, não são capazes de escapar da sensação de um rock fossilizado, encapsulado em suas próprias limitações de linguagem. O hedonismo juvenil que outrora funcionava como força propulsora virou hoje um simulacro do passado, reciclado como identidade. Há virtuosismo instrumental pontual, mas ele é desperdiçado em arranjos que jamais tensionam suas próprias estruturas. O disco é plano, linear, domesticado.

“Never/Know” não é um álbum desastroso. É, antes, um álbum irrelevante. Sua principal falha não está na execução técnica, mas na ausência de propósito artístico. É um trabalho que se esquiva da inovação, que opta deliberadamente pela manutenção de uma estética cansada, apostando em um público que consome familiaridade como valor. Ao recusar a experimentação e a dissonância (estéticas ou temáticas), The Kooks se confinam num espaço criativo cada vez mais claustrofóbico, alimentado por nostalgia e segurança.

Este sétimo disco não representa um colapso da banda, mas o esvaziamento de sua proposta original. Uma banda que já flertou com o frescor do indie pop agora encena versões cada vez mais diluídas de si mesma. A longevidade que conquistaram não se converteu em renovação, mas em acomodação. E “Never/Know” é a trilha sonora desse comodismo: bem produzida, bem tocada, bem esquecível.

Nota: 30/100

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