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Crítica: Travis Scott, “Astroworld”

Texto: Ygor Monroe
20 de maio de 2025
em Música, Resenhas/Críticas
0

Lançado em 3 de agosto de 2018, “Astroworld” é o terceiro álbum de estúdio de Travis Scott e representou um divisor de águas em sua carreira e na estética do hip-hop contemporâneo. Com distribuição pelas gravadoras Cactus Jack Records, Epic Records e Grand Hustle Records, o projeto reúne uma constelação de colaboradores, incluindo Drake, Kid Cudi, Frank Ocean, The Weeknd, James Blake, Swae Lee, Juice WRLD, Tame Impala, 21 Savage e até Stevie Wonder. A proposta é ambiciosa e, em boa parte, plenamente realizada.

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Crítica: Travis Scott, "Astroworld"
Crítica: Travis Scott, “Astroworld”

Do ponto de vista técnico, “Astroworld” é um álbum imensamente bem produzido. A abertura com “Stargazing” é uma das introduções mais eficazes e atmosféricas do gênero em muitos anos. Com transições bruscas e intencionais, sintetizadores densos e vocais manipulados de forma habilidosa, a faixa já estabelece o tom de um disco que busca unir experimentação e acessibilidade.

As colaborações, longe de soarem forçadas ou supérfluas, reforçam a coesão do projeto. “Stop Trying to Be God”, por exemplo, é um destaque absoluto. A canção conta com contribuições de Kid Cudi, James Blake, Philip Bailey e, surpreendentemente, um solo de gaita de Stevie Wonder. Trata-se de um exercício de construção emocional com camadas que se revelam a cada audição, além de um exemplo do domínio de Scott sobre a engenharia de som e curadoria estética.

A sequência do álbum sustenta o fôlego com faixas como “Sicko Mode”, que apresenta uma das estruturas mais imprevisíveis e fragmentadas do mainstream recente, dividida em três movimentos e com uma performance agressiva de Travis. A participação de Drake, embora criticada por alguns, ainda assim contribui para o caráter multifacetado da música. Em “Can’t Say”, Don Toliver é apresentado ao grande público e, ironicamente, acaba se destacando mais que o próprio anfitrião. A força do refrão e a performance vocal fluida fizeram da faixa um trampolim para a futura carreira solo do artista.

O álbum evita a monotonia ao abraçar diferentes climas. Enquanto momentos como “Yosemite” e “Astrothunder” entregam paisagens sonoras etéreas e envolventes, “NC-17” e “No Bystanders” mergulham em batidas mais agressivas e pesadas, ideais para arenas e festivais. O uso criativo do autotune, longe de soar repetitivo, adiciona textura à voz de Scott e contribui para a uniformidade do disco.

Apesar da variedade estilística, “Astroworld” nunca perde sua identidade. As transições são fluidas mesmo quando se opta por mudanças bruscas de andamento, como em “Carousel” ou “5% Tint”. Em termos de design sonoro, o álbum é minuciosamente detalhado, com pequenas surpresas sonoras que se tornam pontos de antecipação nas reescutas, como os efeitos de guitarra em “Coffee Bean” ou o trecho instrumental de encerramento em “Astrothunder”.

“Coffee Bean”, inclusive, encerra o disco com sobriedade e introspecção. Em vez de uma explosão final, Travis opta por terminar o álbum com uma faixa mais contida, quase lo-fi, revelando uma faceta mais vulnerável e pessoal. A decisão reforça o controle narrativo presente ao longo de todo o álbum.

A comparação frequente com “My Beautiful Dark Twisted Fantasy”, de Kanye West, se justifica por mais de um motivo. Ambos os discos são expansivos, recheados de participações de peso, exibem um domínio completo sobre estética sonora e estrutura e, sobretudo, recusam-se a seguir fórmulas convencionais. Ainda que “Astroworld” talvez não atinja os ápices líricos ou conceituais do álbum de Kanye, também evita seus pontos baixos com mais competência, oferecendo uma experiência mais estável e relistável.

Por fim, “Astroworld” é uma realização completa de um artista que, até então, era visto por muitos como mero produto do hype. Com este disco, Travis Scott consolida sua visão artística e se afirma como um dos nomes mais criativos da década. A coesão entre faixas, a habilidade em selecionar colaboradores que realmente agregam valor e a sensibilidade para criar atmosferas únicas dentro de um gênero muitas vezes saturado fazem de “Astroworld” um marco definitivo na discografia do hip-hop moderno.

Mesmo que você tenha abandonado o trap ou não acompanhe o rap atual, há muito a se apreciar aqui. “Astroworld” é um parque temático de ideias, emoções e experiências sonoras, que continua a crescer a cada nova visita.

Nota: 100/100

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