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Crítica: “Twinless – Um Gêmeo a Menos” (Twinless)

Texto: Ygor Monroe
5 de dezembro de 2025
em Cinema/Filmes, Resenhas/Críticas

Existe algo desconfortante na forma como a ausência se instala na vida de Roman, e “Twinless – Um Gêmeo a Menos” utiliza esse vazio como força motriz de um filme que se equilibra entre vulnerabilidade e distorção. O luto dele funciona como um filtro emocional que reorganiza o mundo ao redor e transforma cada gesto simples em tentativa de sobrevivência. Esse é o ponto que James Sweeney escolhe para abrir sua história, criando um espaço onde dor e ironia coexistem sem pedir permissão.

Crítica: "Twinless – Um Gêmeo a Menos" (Twinless)
Crítica: “Twinless – Um Gêmeo a Menos” (Twinless)

Roman, interpretado por Dylan O’Brien em um dos trabalhos mais maduros da carreira, entra em um grupo de apoio direcionado a pessoas que perderam seus irmãos gêmeos. É um ambiente construído para acolher, mas Sweeney prefere explorar a estranheza desse encontro entre pessoas que compartilham um tipo muito específico de dor. O resultado é uma dinâmica que mistura desconforto, humor e uma sensação permanente de desalinhamento emocional. A narrativa se torna ainda mais interessante quando Roman cruza o caminho de Dennis, personagem de Sweeney, que atua quase como um espelho distorcido de tudo o que o protagonista tenta organizar dentro de si.

A relação entre os dois não busca o caminho da simplicidade. O filme trabalha essa conexão como algo afetivo, mas também como uma disputa silenciosa por pertencimento. Dennis surge como presença provocadora, carregada de ironias, inseguranças e gestos que transitam entre o charme e o incômodo. A construção desse personagem é tão complexa quanto problemática, e essa ambiguidade se transforma em combustível dramático. Existe força quando o filme assume essa fricção, porque é nela que as performances respiram e que os contrastes definem identidades.

Só que “Twinless – Um Gêmeo a Menos” também se permite tropeçar. A mistura entre comédia, drama psicológico e estudo de personagem às vezes parece competir por atenção. Alguns diálogos foram pensados para gerar desconforto e conseguem, mas outros flertam com o cômico de maneira que enfraquece a precisão emocional do momento. Essa irregularidade não destrói a experiência, mas revela um filme que deseja abraçar muitos tons ao mesmo tempo e nem sempre sustenta o impacto de todos.

Ainda assim, O’Brien funciona como eixo emocional. Sua atuação tem energia crua, vulnerável e profundamente humana. Ele captura nuances do luto sem recorrer a exageros e usa o silêncio com inteligência. É uma performance que mostra maturidade técnica e um domínio absoluto sobre a interioridade do personagem. A forma como o ator lida com a dor, com a confusão e com a reconstrução de identidade é um dos pilares que fazem o filme funcionar com tanta intensidade.

Visualmente, Sweeney e o diretor de fotografia Greg Cotten encontram uma linguagem que reforça as metáforas centrais. Simetrias, espelhos, reflexos e o uso pontual de split-screens criam uma atmosfera que dialoga com a temática da duplicidade e da perda. São escolhas estéticas que elevam o material e revelam um olhar apurado para construir um espaço visual coerente com a narrativa emocional. O filme compreende que a ausência de um gêmeo reorganiza não só o interior, mas também a percepção de mundo, e traduz isso com inteligência cinematográfica.

A trama ganha novos contornos quando uma colega de trabalho de Dennis entra em cena e expõe fissuras que antes pareciam sutis. Segredos, manipulações e ambiguidades se acumulam e empurram Roman para um terreno emocional ainda mais delicado. O roteiro, mesmo em seus excessos, tenta explorar como o luto pode ser atravessado por relações que nem sempre oferecem cura. O filme escolhe se aprofundar no desconforto e na fragilidade das conexões humanas, e isso amplia a densidade do que está sendo contado.

Mesmo com irregularidades, “Twinless – Um Gêmeo a Menos” é um filme que permanece. Carrega um tipo de sensibilidade que desestabiliza, provoca e convida o espectador a lidar com emoções que nem sempre se acomodam facilmente. É uma obra que se permite imperfeições, mas que se destaca pelo risco, pela estética e pela força das performances. Não é um drama convencional sobre luto. É um estudo sobre espelhos quebrados, sobre vínculos que sobrevivem em fragmentos e sobre a tentativa de reconstruir identidade quando metade de si já não está mais lá.

“Twinless – Um Gêmeo a Menos”
Direção: James Sweeney
Elenco: Dylan O’Brien, James Sweeney, Lauren Graham
Disponível nos cinemas

⭐⭐⭐⭐

Avaliação: 3.5 de 5.

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