Com o sucesso da minissérie “Monstro: A História de Ed Gein” na Netflix, que alcançou o topo do ranking no Brasil, a história real por trás do homem que chocou os Estados Unidos nos anos 1950 volta a ser o foco das atenções. A nova aposta dos criadores Ryan Murphy e Ian Brennan transforma a vida de um dos nomes mais perturbadores do true crime em um drama psicológico que explora a origem do horror.

Quem foi Ed Gein, o “Búfalo Bill da vida real”
Edward Theodore Gein, nascido em 1906, era um homem comum que viveu uma vida isolada em uma fazenda em Plainfield, Wisconsin. Sua história, no entanto, é tudo, menos comum. Ela foi marcada por uma infância e juventude extremamente difíceis, moldadas por uma mãe fanática religiosa, Augusta Gein, que o oprimia e o isolava do mundo. Essa relação doentia é, como a série aponta, o “núcleo emocional do caos” que o levou a cometer crimes hediondos.
Após a morte de sua mãe em 1945, a sanidade de Gein se deteriorou completamente. Ele se tornou um eremita e começou a exumar corpos de mulheres de cemitérios locais, usando partes para criar objetos bizarros, como tigelas de sopa feitas de crânios humanos, abajures de pele e máscaras faciais.
O terror veio à tona em 1957, quando a polícia investigou o desaparecimento de uma lojista local. A busca levou as autoridades à fazenda de Gein, onde encontraram um cenário grotesco de móveis feitos de pele humana e corpos mutilados. Ele foi preso e confessou ter matado duas mulheres.
Após sua prisão em 1957, Ed Gein foi levado a julgamento. No entanto, ele foi considerado legalmente insano e incapaz de responder por seus crimes. A Justiça o declarou inimputável e o internou no Hospital Estadual Central para Criminosos Insanos, e mais tarde, no Hospital Estadual de Mendota.
Gein passou o resto de sua vida em instituições psiquiátricas. Embora tenha sido brevemente considerado apto para ser julgado novamente em 1968, ele foi condenado apenas pelo assassinato de Bernice Worden, mas a sentença foi novamente a internação em uma instituição mental.
Edward Theodore Gein morreu no Hospital Mendota em 26 de julho de 1984, aos 77 anos, de insuficiência respiratória e insuficiência cardíaca. Ele está enterrado em um cemitério em Plainfield, Wisconsin, ao lado de sua mãe.
O legado do horror: Gein no cinema
Embora o número de vítimas fatais de Gein tenha sido pequeno, a natureza doentia de seus crimes chocou o mundo e teve um impacto cultural imenso. Ele inspirou a criação de personagens icônicos no cinema de terror que moldaram o gênero como o conhecemos hoje:
- Norman Bates em “Psicose” (1960), de Alfred Hitchcock, que reflete a relação doentia entre Gein e sua mãe.
- Leatherface em “O Massacre da Serra Elétrica“ (1974), que se apropria dos trajes de pele humana e da motosserra.
- Buffalo Bill em “O Silêncio dos Inocentes” (1991), que compartilha a obsessão por pele humana para criar objetos e “trajes”.
A série da Netflix, “Monstro: A História de Ed Gein”, se aprofunda nessa história, usando o horror psicológico para espelhar a cultura americana dos anos 1950.
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