A partir desta sexta-feira, 5, Eduardo Sterblitch comanda ‘Sterblitch não tem um Talk Show: o Talk Show’, um exclusivo Globoplay que estará disponível semanalmente na plataforma, sempre às sextas. Além de conduzir a atração diretamente da sua casa, realizando entrevistas, games e dinâmicas divertidas com famosos e anônimos, ele também vai participar da edição do programa. O resultado é um talk show digital na linguagem da web, com todas as coisas maravilhosas que só a internet pode oferecer como memes e trollagens.
O primeiro programa conta com a presença do casal Michel Melamed e Letícia Colin e da cantora Ivete Sangalo. Curiosidades, como a lembrança do casamento de Sterblitch, em que Letícia fez o papel de mestre de cerimônia, e o fato de Marcelo, filho de Ivete, ser fã do Edu, estão entre as revelações extraídas no bate-papo.
O combustível da atração serão as duas lives semanais que acontecerão nos perfis do GShow no Twitter e no Facebook, sempre às segundas e terças, às 22h. Nelas, o público ganha protagonismo e poderá interagir, através de comentários, com Edu e convidados. “Eu gosto muito de conversar e levo muito em consideração o que cada um tem a dizer.A nossa intenção é criar e desenvolver conteúdo da internet junto com a plateia”, avisa Sterblitch. E quem quiser ajudá-lo nessa missão, basta se inscrever no site (https://gshow.globo.com/humor/sterblitch-nao-tem-um-talk-show/).
Criado por Eduardo Sterblitch e Clara Araújo, com redação de André Gribel, Daniela Ocampo, Eduardo Sterblitch, Leonardo Lanna e Rodolpho Rodrigo, ‘Sterblitch não tem um Talk Show: o Talk Show’ tem direção de Rafael Queiroga. O programa, exclusivo Globoplay, estreia nesta sexta-feira, dia 5, na plataforma para assinantes.
Rádio e Internet dos anos 90 são inspiração para o programa
Quem tem mais de trinta anos e hoje é usuário assíduo das redes sociais provavelmente participou e fez amigos no mIRC, programa precursor dos apps de conversa que conhecemos atualmente. Naquela época, Edu e o amigo de infância André Gribel, hoje redator do programa, tinham uma web rádio na plataforma, com vinhetas personalizadas e um grupo de ouvintes.
A experiência em produzir, criar e conduzir um programa de rádio que interagia diretamente com o público conferiu a Edu a expertise para tocar ‘Sterblitch não tem um Talk Show: o Talk Show’ diretamente de sua casa. “Eu comecei a me interessar por esse mundo naquela época, aprendendo a editar áudio para a web rádio. O Gribel, que já era um cara ligado nesse universo de rádios, me ajudou, e daí em diante não parei mais, fui aprimorando as técnicas de acordo com a evolução da internet”, explica Edu Sterblitch.
Rafael Queiroga, diretor do programa, compara a atuação de Edu no talk show com a de um DJ em uma festa. “O programa tem sim essa alma de rádio e de aproximação com as pessoas. Digo isso também porque o público vai poder ver o equipamento e perceber que ele está no comando e coordena o que vai acontecer no momento seguinte. Se isso existe, podemos chamar o Edu de um DJ da internet”, conclui Queiroga.
Para André Gribel, a ideia de fazer um talk show com seu amigo de infância ainda soa um pouco absurda. “O Edu sempre profetizou que faríamos um projeto juntos. Eu confesso que não acreditava muito, mas achava bacana a ideia. Um dia, ele me convenceu a fazer esse piloto, e nos divertimos muito. Passado um tempinho, me ligou e disse que o Globoplay tinha comprado o nosso barato, e eu estou até agora sem acreditar! Aquele moleque da época da web rádio não acreditaria até onde chegamos”, diverte-se Gribel.
A quarentena como oportunidade criativa e o desafio da realização remota
A oportunidade de criar um programa que proporciona a interação virtual com o público está ligada diretamente com o período de isolamento social que estamos vivendo. Para Daniela Ocampo, redatora da atração, a versatilidade, o conhecimento tecnológico e a criatividade de Eduardo Sterblitch são os fatores que fazem o programa acontecer: “É isso que a pressa, no bom sentido, está fazendo com a criatividade da nossa equipe. O Edu é técnico e artista ao mesmo tempo, e isso é muito raro. O fato de ele ter uma estrutura própria tecnológica para colocar esse programa de pé fez o formato ser possível de ser executado em tão pouco tempo”.
André Gribel, além de fazer parte da equipe de roteiristas, também comanda com Sterblitch a parte técnica do programa. Segundo ele, o desafio de produzir um programa desse nível técnico, de forma remota, é imenso. “Toda a equipe de TI que um programa de TV teria em outras circunstâncias, no nosso caso, se resume em três pessoas. Antes da pandemia, cheguei a ir na casa do Edu configurar softwares, ligar os cabos na mesa de som, mesa de efeitos, etc. Com o projeto do programa e o afastamento social, todo o suporte que dou para o Edu é remoto, desde testes até a programação do espelho da atração”, conta.
As dificuldades são dribladas pela versatilidade de Sterblitch. Ele opera equipamentos de imagem, som e iluminação, como refletores softbox, refletores RGB para efeitos de luz, além de spots para iluminar o fundo, que é todo em chroma key. Para o áudio, tem um módulo de efeito para voz, mesa de áudio com 12 canais, entre outros recursos, além de dois computadores e um tablet ligado às suas redes sociais. Além de apresentar, criar e escrever, Edu ainda edita o programa. “Ao vivo, não tem ninguém fazendo o que o Edu está propondo. O programa tem uma cara de show de mágica, que é muito legal. As brincadeiras que o talk show vai trazer em chroma são de muito alto nível e visualmente impactantes”, adianta Daniela Ocampo.
Entrevista com Eduardo Sterblitch
Como surgiu a ideia de criar ‘Sterblitch não tem um Talk Show: o Talk Show’?
Os talk shows em geral estão muito pautados nas entrevistas com famosos, e é justamente isso que o programa não é. Uma grande inspiração para mim é o Jô (Soares), que trazia gente desconhecida, como um vereador, um cobrador de ônibus ou até mesmo uma garçonete para contar suas histórias. Minha ideia é recriar um pouco esse conceito, trazendo essas pessoas do Brasil inteiro para dar protagonismo ao público. Quero conversar com o maior número de pessoas possível e mostrar como somos um povo interessante. Ter o convidado famoso também vai ser muito legal, pois vai gerar uma mistura interessante.
O programa nasce também da sua experiência na internet dos anos 90. Conte como foi e o que você percebe de diferença entre os internautas daquela época e hoje em dia?
Eu e o André Gribel – meu amigo de infância, diretor de imagem na Globo e hoje redator do programa – tínhamos uma web rádio no mIRC, com vinhetas personalizadas e um grupo de ouvintes. Naquela época, a gente se divertia, conversava com gente até então desconhecida e fazia amigos. Hoje, as pessoas estão muito mais dentro de suas ‘bolhas’ nas redes sociais, o que não permite muitas trocas. Em tempos de isolamento social, poder conectar gente através do humor vai ser muito legal.
Como você acredita que projetos desse tipo podem fazer a diferença nessa avalanche de conteúdos on-line a que temos acesso?
Acho que essa pode ser uma forma de a gente lidar com essa pandemia de um jeito criativo, e não ficar só consumindo a informação que chega a nós. Esse momento de isolamento social também é uma oportunidade para darmos chance à nossa criatividade, de se conectar, de interagir. No programa, as dinâmicas vão se desenvolvendo e vão ganhando corpo de acordo com a participação do público. Quero que a plateia virtual dê ideias e sugestões e que fique cada vez mais à vontade para brincar com a gente.
O que o público pode esperar de ‘Sterblitch não tem um Talk Show: o Talk Show’?
O programa sou eu em todos os lugares possíveis, conectando as pessoas. A ideia é eu me sentir presente pra caramba e à vontade. Eu gosto muito de conversar e levo muito em consideração o que cada um tem a dizer.A nossa intenção é criar e desenvolver conteúdo da internet junto com a plateia. O público vai criar junto comigo esse formato para o Globoplay através das lives, que são a alma do programa. Temos uma plataforma que oferece uma experiência diferente e vai além da que temos nas redes sociais. Conseguimos unir todos os apps de conversa em um grande bate-papo com muita zoeira, muito humor non-sense, e, principalmente, muita troca com os convidados.