“Pantanal”, uma das novelas mais emblemáticas da TV brasileira reestreia dia 28 de março, na Globo, em uma nova versão escrita por Bruno Luperi, que é neto de Benedito Ruy Barbosa, autor da obra original, que foi ao ar em 1990 na TV Manchete. Em entrevista a jornalistas nesta segunda-feira (14), Bruno contou que levou um susto quando soube que iria reescrever “Pantanal”, no final de 2019. Ele recebeu convite da Globo, mas o avô só aceitaria que a obra fosse reescrita se o neto o fizesse. A partir daí, Bruno mergulhou na obra e começou a discutir a trama com o avô, hoje com 90 anos. “Ele tem muito cuidado e zelo e intimidade com a obra. Ele deu a bênção e voto de confiança, e é um grande desafio porque parte de um clássico”, lembra Bruno. “‘Pantanal’ não é uma novela convencional, porque tira do lugar-comum, contraria a lógica. Eu tive o privilégio de parar dois anos da vida para me dedicar à obra”, completa.
Uma coisa que todo mundo quer saber contou sobre a novela são as mudanças em relação à trama original. Bruno adiantou que as mudanças serão vistas na história como um todo, principalmente nos 30 anos que separam as duas tramas. “É a mesma história que estamos contando, mas 30 anos pra frente. A ideia é que aquela discussão, dramaturgia proposta 30 anos atrás, aconteça hoje pela luz do nosso tempo. A gente vai assistir hoje uma nova versão, com os dias de hoje, dilemas de hoje, assuntos que envelheceram não fazem mais sentido. A essência, a dramaturgia, continuam os mesmos”, afirma.
Para o remake de “Pantanal”, foi escalado um elenco de peso. Juliana Paes, Marcos Palmeira, Almir Sater, Osmar Prado, Camila Morgado, Caco Ciocler, Jesuíta Barbosa e outros grandes nomes. A emblemática Juma será vivida pela atriz Alanis Guillen. Para o diretor artístico, Rogério Gomes, quando se escala um elenco é difícil fugir do que vimos há 30 anos. Segundo ele, são personagens fortes e por isso já têm características que apontam aos atores que foram escalados para o remake.
A novela tem direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.