Depois de se tornar uma das canções favoritas do público, a cantora e compositora Fernanda Hofmann estreou o visual de sua faixa “Douro“, disponível no YouTube da cantora. O videoclipe, que traz a narrativa completa da canção, explora o fim de um relacionamento e o difícil processo de se libertar das memórias de um amor que já se desfez.
Com um tom místico e trágico, “Douro” é marcada por uma atmosfera encantada, onde a jovem protagonista luta para seguir em frente após um relacionamento conturbado com uma pessoa possessiva. O curta-metragem, que dá vida à música, transmite a sensação de uma maldição, onde a personagem principal se vê ligada ao antigo amor, impedida de se libertar por forças sobrenaturais.
O visual é repleto de referências ao EP “Baixas Expectativas”, lançado por Fernanda em 2023 e disponível nas plataformas digitais. A gravação do clipe aconteceu durante uma noite de lua cheia em Goiânia, com o céu coberto por uma densa camada de fumaça e a lua intensamente vermelha um elemento simbólico presente no curta.
Para entender todos os detalhes sobre a produção, confira uma entrevista exclusiva com a cantora:
“Douro” tem uma carga emocional profunda e mística. Como foi o processo de compor essa música e trazer esses sentimentos para a letra?
Essa música veio do ato de sentir saudade. Lembro que ao escrevê-la, conseguia visualizar os lugares pelo qual andei e conheci, as coisas que vivi ali. Deixei esse olhar me guiar, quase como um mapa da cidade do Porto para a letra, transbordado pelas coisas que amei ali e sabia que não eram mais minhas.
Você mencionou que “Douro” é a favorita entre seus fãs. Qual foi o momento em que você percebeu que ela merecia um projeto visual tão especial?
Eu recebi uma mensagem de uma fã que nunca tinha visto antes no meu Instagram. Grazi, o nome dela. Ela falou que gostava muito da música e eu fiquei muito impressionada, pois essa é sempre minha reação quando minhas músicas chegam em desconhecidos. Douro é a música que foi para o mais longe de mim. Parecia que significava algo. Levei esse sentimento para o Danilo [Pacifico] e ele teve a brilhante ideia de fazermos um curta-metragem.
O curta-metragem tem uma estética poética e mística. De onde veio a inspiração para criar esse formato tão único para o clipe?
O diretor Diogo Alves Athayde é um gênio do cinema. É incrível como ele consegue levar conceitos e sentimentos que tem na música para a tela, tenho dito isso para ele. Acho que vem justamente disso. A música em si já tem essa áurea, que vem da minha inspiração da cidade do Porto, então o Diogo trouxe elementos místicos visuais, como cores e cenário, de forma a condizer com essa história.
A gravação em uma noite de lua cheia, com a lua vermelha, parece ter sido muito simbólica. Qual foi o impacto desse momento no clima das filmagens?
Nós gravamos as primeiras cenas dentro da locação, mas quando saímos e a vimos, acho que todos ficamos meio impressionados. Foi uma noite muito fria, cheia de neblina também. Tudo ao nosso redor parecia estar tocando o tom para acontecer o visual que a gente já queria fazer.
Como foi trabalhar com sua equipe e amigos na produção do curta? Alguma história marcante dos bastidores?
Foi maravilhoso trabalhar com a galera do curta. Meus amigos são meu ponto de apoio, então poder tê-los enquanto meus nervos me comiam foi tão confortante. A equipe foi de grande profissionalismo, aprendi muito trabalhando com eles.
Quais os próximos passos da carreira? Conta pra gente!
Criar música e aproveitar. Sou apaixonada na música e no que ela pode se tornar, então espero poder me guiar por esse amor e não deixar os impasses me tirarem do foco. Também quero viver bastante. Me divertir, me permitir ser jovem, errar, acertar, ficar em dúvida, não me restringir demais baseado no que os outros querem de mim ou o que eu mesma quero. O que for para ser, será.