Lara Suleiman, conhecida por interpretar personagens icônicas no teatro e na dublagem, segue conquistando espaço no cenário artístico. De Wandinha Addams e Lydia Deetz a Janis, no musical “Meninas Malvadas”, sua trajetória é marcada por desafios e papéis intensos. Atualmente, ela dá vida a Janis na versão teatral do filme de sucesso, em cartaz no Teatro Santander, em São Paulo, e compartilhou com o Caderno Pop detalhes sobre seu processo criativo e sua carreira.
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Interpretar Janis em “Meninas Malvadas” tem sido um grande desafio para Lara, que busca equilibrar referências e inovação na construção da personagem. Conhecida por seu sarcasmo e personalidade forte, Janis vai além do estereótipo da adolescente rebelde. “Todos sofremos com traumas e escolhemos formas particulares de lidar com eles. Eu concordo com muitas atitudes da Janis, mas outras nem tanto. Fazer essa personagem me ensina a ter empatia e a entender seus motivos”, explica.
Apesar de se inspirar na interpretação de Lizzy Caplan no filme original, Lara trouxe sua própria essência ao papel. “Me identifiquei muito com a Janis em alguns pontos e discordei dela em outros, mas aprendi a entender, não julgar e amar todas as camadas da personagem”, revela.
Além dos palcos, Lara também se destaca na dublagem, sendo a voz de personagens icônicos da Disney, como princesa Jasmine no live-action “Aladdin”, além de personagens de “Encanto” e “Moana 2”. A transição entre os dois universos exige técnicas distintas. “No teatro, temos meses para ensaiar, estudar a personagem e entender cada detalhe da história. Na dublagem, tudo acontece muito rápido. Descobrimos qual é o projeto na hora, assistimos às cenas e gravamos quase imediatamente. Toda a emoção precisa ser transmitida apenas pela voz”, conta Lara.
Essa dinâmica acelerada impõe desafios. “Na dublagem, precisamos nos adaptar ao que o ator original fez em cena, enquanto no teatro temos mais liberdade para criar do zero. Cada forma de atuar exige um tipo diferente de atenção e preparo“, acrescenta.
Com uma carreira marcada por apresentações ao vivo, Lara também já enfrentou situações inesperadas no palco. Durante uma sessão de “Beetlejuice”, seu vestido abriu no início de uma cena, forçando-a a improvisar toda a coreografia. Em outra ocasião, trocou os nomes dos personagens em um momento dramático, arrancando risadas do público e do elenco. “O teatro é assim, ao vivo e imprevisível. Sempre temos que estar prontos para reagir a qualquer situação de forma natural”, brinca.
Para quem sonha com o teatro musical ou a dublagem, Lara faz questão de ressaltar os desafios da profissão. “São mercados difíceis, que valem a pena quando você realmente ama o que faz. Não é só glamour. É muito estudo, cansaço, cuidado com a voz e o corpo, e muitos ‘nãos’ pelo caminho. Mas se você estiver disposto a persistir, tenha disciplina e esteja sempre estudando. Nenhuma jornada é igual, então siga o seu caminho sem se comparar com os outros“, aconselha.
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