Day Lims é uma força criativa que continua a expandir os limites da música e da arte visual no Brasil. Sua trajetória, marcada por ousadia, autenticidade e uma estética singular, é um testemunho de sua visão artística única. Originária de Goiás, Day conquistou o público no “The Voice Brasil” e desde então segue construindo uma carreira pautada por inovação e profundidade emocional.
Misturando pop, rock e rap, suas composições abordam temas como autodescoberta, espiritualidade e relações humanas. Hits como “Clichê” e “Deixa Rolar” mostram sua habilidade de conectar-se com o público, acumulando milhões de streams e colaborações com grandes nomes como Di Ferrero e Lucas Silveira.
O EP “VÊNUSNETUNO II” é o auge de uma fase criativa madura, com letras e produções que equilibram futuro distópico e otimismo. A trilogia visual das faixas “DOM”, “TSUNAMI” e “TÁ TUDO BEM” explora narrativas complexas e emocionais. A tecnologia de Virtual Production foi essencial para dar vida ao conceito, criando um universo que reflete o equilíbrio entre o digital e o espiritual.
A cantora tem uma abordagem ímpar sobre seu papel na indústria. Contrariando tendências, aposta na força visual de sua arte, argumentando que vídeos musicais são cruciais para traduzir narrativas complexas como as suas. Para ela, “organizar o caos” é transformar experiências pessoais em poder criativo.
Além disso, assumir o controle total de sua carreira foi um marco em 2024. Agora também empresária de si mesma, Day alinha estratégias com sua visão artística, recusando comparações e métricas tradicionais de sucesso. O objetivo é criar arte que seja autêntica, atraindo um público que realmente compreenda sua essência.
Day Limns atravessa um momento ousado de sua carreira, desafiando tendências da indústria musical no Brasil. Enquanto muitos artistas optam por abandonar ou minimizar a produção de videoclipes, ela segue em direção contrária. Para Day, essa escolha está profundamente conectada à sua essência e à necessidade de materializar visões criativas que surgem em sua mente. “Eu não consigo não ser ao extremo dessa forma”, explica. Segundo a cantora, sua abordagem é mais voltada para satisfazer a si mesma do que para atender expectativas externas. “Eu tô numa fase de estar despreendida dos resultados e acreditar muito na minha visão”.
Sua decisão de investir em clipes, mesmo diante de um mercado que desvaloriza esse formato, reflete um compromisso artístico inabalável. Day comenta que por um momento considerou parar, mas foi surpreendida por uma visão que demandava concretização: “Eu pensei em falar ‘foda-se’, mas aí surgiu uma visão na minha cabeça e eu falei, agora eu preciso fazer isso”. Assim nasceu o universo visual de “Vênus Netuno”, um projeto carregado de simbolismos e que só se tornou possível graças ao encontro fortuito com tecnologias específicas. Para Day, o uso desses recursos foi essencial para criar uma narrativa visual rica e detalhada: “Era a única forma de eu conseguir materializar uma deusa alienígena vindo pra Terra, portal, estrada surrealista… Não existe explicar isso sem mostrar”.
O aspecto visual desempenha um papel central na arte de Day. Sua sensibilidade criativa prioriza a experiência estética como forma de comunicação. “Já que meu conceito é tão complexo, deixa eu desenhar pra elas”, diz a cantora, referindo-se ao público. A busca constante por inovação também está no cerne de sua essência, algo que ela descreve como “o rock’n’roll dentro de mim”. Apesar de sua sonoridade transitar por diversas influências, Day destaca que sua abordagem criativa tem muito mais de espírito rebelde do que os sons tradicionais do gênero.
O último ano consolidou Day como uma força no cenário musical. Com diversos lançamentos, shows marcantes e uma base de fãs leais, ela viveu o que pode ser chamado de seu “ano de diva pop”. Mas para ela, essa definição não é tão simples. “Eu me considero pop alternativo, pop underground, pop rock”, afirma. Além disso, 2023 trouxe mudanças importantes: Day assumiu o controle completo de sua carreira, tornando-se sua própria empresária. Essa transição a ajudou a organizar o caos criativo que, em suas palavras, se transformou em poder: “Agora, enquanto empresária dessa artista, que também sou eu, onde eu quero fazer essa artista chegar?”.
Ao longo do ano, a artista se dedicou a aprofundar seu entendimento sobre como transformar sua visão artística em realidade. Ela reconhece que sua jornada envolve tanto reciclar aspectos do passado quanto redefinir suas prioridades: “Estou me afastando das coisas que achava que tinham a ver comigo e me apegando muito mais naquilo que acredito que é bom, que me diverte, que faz meu ouro brilhar”. Essa renovação se estende até aos fãs: “Estou buscando pessoas que entendem o meu rolê, sem importar se uma outra legião vai embora”.
Quando questionada sobre o futuro, Day demonstra entusiasmo ao mencionar o papel da tecnologia em sua arte. Inspirada por experiências marcantes, como o show do Bring Me The Horizon, ela pretende criar universos ainda mais imersivos e narrativas que conectem emocionalmente com o público. Para 2025, ela projeta explorar novas possibilidades criativas e alcançar pessoas que vibrem com sua energia única. Como ela mesma coloca: “O lugar da Day é cada vez mais se conectar com quem pode vibrar nesse universo que ela cria”.
Day Limns não está apenas desafiando normas da indústria, mas também construindo um espaço que é totalmente seu. Para ela, o sucesso é definido internamente, e o caos, quando organizado, pode se tornar a fonte de maior poder.