Para o cantor, compositor e multi-instrumentista Raphael Ota 2018 foi o ano que um novo caminho se abriu, com novas possibilidades e experiências. Para coroar essa fase lança hoje, 23 de novembro, seu novo trabalho, o EP “Outra Direção”.
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Apostando em um som guiado pelo pop britânico e produzido por Jeff Pina (Tiago Iorc e Anavitória), o músico paranaense lança seu EP com três faixas autorais. O processo de gravação foi iniciado em abril, mas a música que dá nome ao trabalho só veio depois.
“Outra Direção” (Raphael Ota/Alexandre Gaioto/Ale Mattia/ Alexis Mattia) é a faixa-título e carro chefe do EP. O esboço surgiu em um sonho de Raphael Ota, “Sonhei com a melodia e a letra: ‘Não diga que esse amor não vale a pena / Não diga que isso tudo é uma besteira / É dentro desse abraço que encaixa, onde eu escolho ficar’. Com ajuda dos parceiros, terminamos a letra baseado nesses versos, onde a primeira pessoa tenta fazer com que o seu amor escute os seus sentimentos.”, explica o cantor.
A faixa-título do EP também ganhou clipe, com direção de Isadora Baptista e Pedro Kalil. Roteirizado também por Isadora, “Outra Direção” foi filmado na Pedra Grande, ponto turístico da cidade de Atibaia, no interior de São Paulo.
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Uma canção de amor direta, que descreve o quanto uma pessoa pode te modificar é “Milenar” (Raphael Ota). A faixa surgiu de uma levada folk, mas se transformou no estúdio, com Jeff, que incluiu influências diversas, como Ed Sheeran.
“Longe Demais” (Raphael Ota/Oswaldo Botrel) é a canção mais antiga do trio presente no EP. É também a que mais se assemelha ao primeiro single de Raphael Ota, “Enfim Despertei”, e emerge o clima britânico. Com uma sonoridade voltada ao vintage, a letra descreve o sentimento de deixar pra trás o que se ama, mas com a promessa de não se separar.
O EP “Outra Direção”, além de produzido por Jeff Pina, foi mixado e masterizado por William Santos no WSTF Estúdios, em São Paulo. As composições são do próprio Raphael Ota em parceria com Alexandre Gaioto, Ale Mattia, Alexis Mattia e Oswaldo Botrel.
Jeff Pina falou sobre o processo de gravação e a colaboração de todos na produção do EP, “É sempre muito divertido estar no estúdio com o Ota, que já é de casa e virou um amigo. Existe uma liberdade musical entre a gente, muito grande. Eu diria que é uma construção familiar, foi um grupo de pessoas que produziram essa música (título do EP), não posso dizer que fui o único, foi uma forma comunitária de fazer música”, ressaltou Jeff.
O músico paranaense apontou que o EP marca o fim de um ciclo em sua carreira e que os próximos passos ainda serão planejados após o lançamento, “ Acredito que esse EP seja o fim de uma fase, ainda não sei o que está por vir, mas acho que talvez uma mudança de sonoridade, uma outra direção. Realmente estou feliz com a nova música e com o EP em geral. Todo o processo foi muito divertido e prazeroso. Pelo resultado e por trabalhar com um time tão bacana”, acrescentou.
Raphael Ota
Raphael Ota é cantor, compositor e multi-instrumentista. Nasceu no final dos anos 80 em Umuarama, no Paraná, mas cresceu na vizinha Maringá. É graduado e mestre em Música, além de ser especialista em Musicografia Braille e o ensino de música para deficientes visuais.
Quando tinha apenas 6 anos disse para mãe que gostaria de tocar bateria, mas ela acabou matriculando-o em aulas de teclado. Aos 11 anos de idade compôs a primeira música. Com 12 anos, Raphael Ota entrou para a sua primeira banda, Tcharrua. Convidado por um colega de curso, começou tocando teclado e fazendo os backings vocals. No início tocavam covers de pop rock da época, como Jota Quest, Skank, Paralamas e CPM 22. Porém começaram a fazer as próprias canções e lançaram o EP “Nessa Noite” (2003), chegando a tocar nas rádios de Maringá (PR).
Começou a estudar o segundo instrumento, contrabaixo elétrico, ainda na adolescência e a vontade de aprender novos instrumentos musicais, que sempre existiu, aflorou ainda mais. Aprendeu o instrumento que sempre quis, a bateria, além de violão, guitarra, ukulele, bandolim, piano, entre outros.
Todo esse conhecimento foi fundamental para o início da carreira de Raphael Ota, já que, sozinho, conseguiu gravar suas próprias músicas em casa, tocando todos os instrumentos necessários.
Foi quando surgiu a necessidade do músico aprender também sobre softwares de gravação. Raphael começou a estudar sobre o assunto ainda na adolescência, com os programas de gravação que encontrou no computador de casa, passou do gravador do Windows para o Audacy, enquanto estava na graduação recebeu a orientação de alguns professores sobre o assunto. Desse laboratório surgiu o primeiro disco, “Ultrapassaro”, lançado em 2014.
No ano seguinte se formou em Engenharia de Áudio pelo Instituto de Áudio e Vídeo (IAV) e paralelamente começou a produzir alguns outros artistas independentes, como Encantoré, Fee Grilo, Peixinho da Maré, Leandro Hilários, Rick Marini, além da confecção de trilhas sonoras para canais relevantes do Youtube, como do Pyong Lee e da Katherine Chaise.
Em 2017 Raphael Ota lançou o segundo álbum, “Paralelo”, gravado em seu home studio e masterizado no Abbey Road Studios, o disco teve participação de David Dafré (guitarrista do Vanguart) e foge da temática melancólica presente no primeiro álbum.
2018 marca um novo momento na carreira artística de Raphael Ota, quando iniciou um trabalho conjunto com Julio Salinas, do Seta Reta Artística, e lançou o single “Enfim Despertei” e a parceria com Sabrina Lopes, “Quero um Agora”, juntas as duas faixas somam mais de 150 mil streamings no Spotify.
Raphael Ota agora foca na divulgação de seu mais recente lançamento, o EP “Outra Direção” e se prepara para os próximos passos.