A nova versão de “Guerra dos Mundos”, disponível no catálogo do Prime Video, parte de um princípio clássico da ficção científica para entregar uma leitura atualizada sobre paranoia digital, colapso institucional e vigilância. Com uma estrutura construída inteiramente no formato screenlife, a adaptação transforma o icônico romance de H.G. Wells em uma trama centrada no ciberespaço, substituindo trincheiras por servidores e alienígenas orgânicos por seres que se alimentam de dados.
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O protagonista, Will Radford, interpretado por Ice Cube, é um analista de segurança da Homeland Security que passa seus dias monitorando ameaças por meio de um sofisticado sistema de vigilância digital. Tudo muda quando um ataque alienígena começa diante de seus olhos, não em campo aberto, mas pela própria tela do seu computador. O que parecia um simples incidente isolado se revela parte de uma invasão global. A ameaça, desta vez, não vem de Marte, mas da própria relação da humanidade com a tecnologia.
A narrativa revela, aos poucos, que o governo dos Estados Unidos já sabia da presença alienígena desde a década de 1940. Fragmentos da invasão ocorreram ao longo das décadas, sempre encobertos por agências governamentais. A revelação central do filme é que os alienígenas absorvem dados como fonte de energia. São organismos híbridos, biológicos e mecânicos, que prosperam em ambientes digitais e se fortalecem com informações humanas.
A reviravolta acontece quando Will descobre que seu filho, há anos desaparecido, é na verdade o hacker mais procurado do país. É ele quem detém os arquivos secretos que comprovam a conspiração governamental. Juntos, pai e filho decidem vazar os documentos para a imprensa, gerando um colapso institucional. A filha de Will, uma cientista, desenvolve um vírus digital com base na arquitetura dos próprios invasores. O código infecta as máquinas alienígenas e provoca sua destruição em cadeia.
O final coloca o protagonista diante de uma vitória amarga. O mundo sobrevive, mas as instituições em que ele acreditava ruíram. A batalha contra os alienígenas foi vencida, mas à custa de sua fé no sistema. A mensagem é direta. Os inimigos de hoje já não vêm de outro planeta. Estão nos dados que entregamos, nas estruturas que sustentamos e nos segredos que escolhemos ignorar.
A nova versão de “Guerra dos Mundos” não busca competir com o espetáculo visual das adaptações anteriores. Seu foco é psicológico, tenso, claustrofóbico. A guerra, desta vez, acontece dentro das telas. E, ao final, o que permanece não é só a dúvida sobre o que virá, mas a certeza de que já estamos sendo observados.
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