“Refém” surge como um thriller político que combina tensão, estratégia e dor humana, mostrando que o terror e o suspense mais intensos não estão apenas nas armas ou nas bombas, mas nas escolhas e nos erros do passado. A série acompanha a primeira-ministra britânica Abigail Dalton (Suranne Jones), mulher marcada por responsabilidades enormes, enquanto enfrenta uma crise que mistura política, chantagem e dramas familiares. A produção da Netflix não economiza em reviravoltas, lembrando clássicos de espionagem e política como “House of Cards”, mas com um toque mais humano, explorando os efeitos devastadores da perda e da vingança.
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O sequestro de Alex Anderson (Ashley Thomas), marido de Abigail, enquanto atuava com Médicos Sem Fronteiras na Guiana Francesa, dá início a um jogo de poder e sobrevivência. A exigência dos sequestradores é direta: Abigail deve renunciar imediatamente, colocando em risco não apenas a liderança do país, mas também a segurança de sua família. Sua filha adolescente, Sylvie (Isobel Akuwudike), sente na pele a tensão e o medo que se espalham pelo lar e pelo governo.
Enquanto Abigail lida com essa ameaça, a presidente francesa Vivienne Toussaint (Julie Delpy) enfrenta seu próprio dilema. Um romance passado com seu enteado, Matheo (Corey Mylchreest), ameaça revelar segredos que poderiam destruir sua carreira. Ambas, embora rivais, são forçadas a colaborar, mostrando que alianças improváveis surgem quando vidas e carreiras estão em jogo. A série constrói uma complexa teia de espionagem, revelando que os vilões mais próximos muitas vezes são aqueles que parecem confiáveis, como o General Livingston (Mark Lewis Jones), cujo objetivo de reverter os cortes no orçamento militar de Abigail leva a uma trama de traição e morte.
O passado retorna para assombrar o presente. Um flashback crucial revela a decisão de Abigail, então ministra júnior, de evacuar tropas britânicas no Belize durante uma invasão guatemalteca, resultando na morte da noiva grávida de John Shagan (Martin McCann). Esse trauma não apenas impulsiona a vingança de Shagan, mas também dá à série sua carga emocional mais profunda, lembrando que as decisões políticas têm consequências humanas irreversíveis.
No clímax, a conspiração alcança seu auge com a explosão de uma bomba no gabinete de Abigail, levando à morte heroica de Vivienne, que salva Matheo. A tensão política e familiar converge quando Shagan e Saskia invadem o local onde Alex, Sylvie e Matheo estão escondidos. É Sylvie, numa demonstração de coragem inesperada, quem coloca fim à ameaça ao atirar em Shagan, salvando sua família. O momento é tanto catártico quanto perturbador, mostrando o peso do trauma e a complexidade da moralidade em situações extremas.
O epílogo reforça a força de Abigail, que retoma o cargo de primeira-ministra com sua família unida. Alex sobrevive, Sylvie se recupera emocionalmente e a memória de Vivienne inspira Abigail a buscar transparência e renovação política, prometendo um “novo e radical mandato” que reconstrua a confiança do povo. A série encerra sua primeira temporada com uma sensação de vitória, mas também com cicatrizes profundas, lembrando que a política, a família e a vingança caminham lado a lado em um delicado equilíbrio de poder e humanidade.
“Refém” não é apenas uma série de suspense político, mas um estudo sobre escolhas, consequências e o peso do passado, que ecoa em cada decisão e cada reviravolta. A produção deixa perguntas abertas, principalmente sobre Sylvie e os efeitos da morte de Shagan em sua vida futura, mantendo o público à espera de possíveis desenvolvimentos.
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