A cantora e compositora Gabriella Lima lança nesta quinta-feira, 4 de abril, seu segundo álbum de estúdio, “Sabor Solaire”, disponível nas plataformas de streaming. O novo trabalho marca uma fase mais leve e madura da artista, que vive entre Brasil e França há dez anos.
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Gravado entre Paris e as Ilhas Maldivas, onde Gabriella passou uma temporada em 2023, o disco traz uma atmosfera ensolarada, lírica e contemporânea, em que português e francês se entrelaçam de maneira orgânica. A cantora segue explorando a dualidade cultural que define sua identidade musical, agora com mais precisão estética, lirismo e domínio autoral.
Com nove faixas e um bônus track, “Sabor Solaire” amplia os caminhos iniciados em “Bálsamo” (2021), reafirmando a capacidade de Gabriella de unir elementos da MPB, chanson française, pop alternativo e ritmos afro-brasileiros sob uma estética pessoal. As influências vão de Caetano Veloso e Jorge Ben Jor a Mayra Andrade, cujo álbum Manga foi uma das inspirações assumidas da nova fase.
A abertura com “Couleur Bonheur” já antecipa o espírito do disco: uma canção bilíngue, melódica e imagética, que mistura delicadeza vocal, arranjo minimalista e um lirismo solar. Na sequência, “Se Me Chamar Eu Vou” apresenta uma releitura em português de “Suivre Le Soleil”, hit da cantora francesa Vanille, que participa da nova versão com Gabriella em um feat inédito.
“Atlântico”, dedicada à mãe da artista, traz um lirismo mais introspectivo, enquanto “Metamorfose”, com forte presença da percussão e elementos de trap e rap, funciona como ponto de afirmação estética e pessoal. Segundo Gabriella, essa é sua faixa favorita do disco: “Com ela, encontrei meu estilo. Tem o soul do Brasil, a malemolência de Jorge Ben Jor e arranjos supercontemporâneos.”
“Meu Lugar” e “Saveur Solaire” reforçam o clima de leveza e intimidade, com destaque para a participação do cantor Léo Middea na faixa-título. Já a versão bônus, cantada inteiramente em francês, remete ao groove setentista de Rita Lee com pegada de bossa eletrônica.
“Entre Ça et Là” funciona como interlúdio melancólico dentro do álbum, refletindo o sentimento de pertencimento fragmentado entre os dois países. “Mistério”, dueto com Jules Jaconelli, também equilibra emoção e contenção ao retratar um amor não resolvido, evocando arranjos à la Caetano e Gal.
O encerramento fica por conta de “Mon Inconnu”, composição inteiramente em francês dedicada ao pai, com quem Gabriella não teve convivência. A faixa carrega forte carga emocional e serve como uma espécie de acerto de contas afetivo. “Tem palavras que a gente só consegue dizer em outra língua. A palavra na nossa língua tem mais peso”, afirma a cantora.
“Sabor Solaire” posiciona Gabriella Lima como uma artista em pleno domínio criativo, capaz de transitar entre linguagens, culturas e estilos com coesão, leveza e profundidade. O álbum propõe uma escuta sensorial e, ao mesmo tempo, consciente: solar, mas com raízes.
O disco está disponível nas principais plataformas de streaming.
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