A Gucci foi além da moda e mergulhou de cabeça no cinema. Na nova campanha da grife italiana, o foco está em Stanley Kubrick, diretor lendário que transformou a linguagem do audiovisual e moldou boa parte da estética pop do século 20. Agora, seus filmes são palco e cenário para uma série de imagens e vídeos que misturam figurino de passarela com ícones visuais de clássicos como “2001: Uma Odisseia no Espaço”, “Laranja Mecânica” e “O Iluminado”.
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A ideia foi ambiciosa e executada com precisão estética. Com direção criativa de Alessandro Michele, a coleção recria cenas inteiras de alguns dos filmes mais cultuados de Kubrick. Cada detalhe visual foi cuidadosamente reconstruído: da simetria obsessiva dos corredores do hotel Overlook até o brilho misterioso das máscaras de “De Olhos Bem Fechados”. As imagens funcionam quase como pequenas obras de arte, onde os figurinos carregam o peso da moda, mas também o impacto da memória cinematográfica.
A campanha foi realizada em colaboração com os detentores do legado de Kubrick, garantindo fidelidade à linguagem do cineasta, e não apenas uma apropriação estética vazia. O resultado impressiona pela capacidade de equilibrar o luxo excêntrico da Gucci com a atmosfera provocadora e simbólica dos filmes. Há espaço para vestidos barrocos, para uniformes futuristas e para releituras dos famosos trajes dos “droogs” de “Laranja Mecânica”, tudo com uma aura que mistura reverência e reinvenção.
Alessandro Michele definiu a campanha como uma carta de amor à obra de Kubrick, afirmando que o diretor sempre foi uma inspiração por sua forma de narrar com imagens, compor cenas com rigor e provocar sensações com a mise-en-scène. A homenagem, portanto, não se limita ao figurino, mas se estende a toda a construção imagética. A campanha também contou com o fotógrafo Mert Alas e o cineasta Harmony Korine, responsáveis por traduzir a atmosfera de cada filme em um novo produto visual, que não tenta substituir o original, mas dialoga com ele em outro plano de linguagem.
A Gucci propõe aqui uma fusão direta entre cinema e moda, em que nenhuma das linguagens serve de pano de fundo para a outra. A estética de Kubrick é, por si só, uma narrativa, e os figurinos de Michele surgem como personagens. O resultado não é apenas uma campanha de moda. É uma reconstrução estética de um cinema que marcou gerações, agora reinterpretado sob luzes e tecidos diferentes, mas ainda com a mesma inquietação visual.
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