Faíscas, fumaça, fogo e muita ação! Essas são as palavras mágicas de boas-vindas para o programa mais afiado da América Latina. Entre marteladas, retificações e têmperas, toma forma a quinta temporada de Desafio Sob Fogo Brasil e América Latina, um sucesso do History, que estreia no dia 14 de julho.
Nesta nova temporada, há um novo rosto no júri. O mexicano especialista em artes marciais Gerardo “Jerry” Arrechea se junta ao experiente forjador argentino Mariano Gugliotta, ao brasileiro Ricardo Vilar e ao amado juiz de Desafio Sobre Fogo, o filipino Doug Marcaida. Outra novidade é o ator argentino radicado no México Michel Brown (Hernán, Pasión de Gavilanes), que volta à apresentação da série, depois de sua participação na terceira edição da competição.
Entre marteladas, bate-estacas, bórax e têmperas múltiplas, a oficina mais famosa do continente volta a abrir suas portas para receber oito participantes de quatro nacionalidades, separados em dois grupos, que disputarão um prêmio de dez mil dólares e o título de Melhor Forjador da América Latina. O primeiro é composto por Gerson Bragagnoli (Brasil), 66 anos, forjador há 16 anos; Gustavo Cervantes (México), da cidade de Puebla, com três anos de experiência em cutelaria; o carismático Agustín Peppi, de Mendoza (Argentina), que há onze anos se dedica em tempo integral à forja; e Marco López (México), forjador também em tempo integral com cinco anos de experiência.
No segundo grupo, Sandra Soma (Argentina), 55 anos, forjadora há quatro anos; Juan Sebastián Gaviria (Colômbia), escritor e romancista apaixonado pela natureza e pela forja; Roger Glasser (Brasil), que foi aluno do juiz Ricardo Vilar e forja desde os 13 anos; e Marcio Madalosso (Brasil), 47 anos, forjador há 30 anos, sendo 15 como profissional.
Outra novidade nesta edição é o episódio extra Grande Desafio de Campeões, assim que terminar a temporada regular do programa, que reunirá os vencedores de todas as edições anteriores, em uma nova competição. Os brasileiros Tom Silva, Daniel Jobim e Sandro Boeck, campeões da primeira, segunda e terceira temporadas respectivamente; o argentino Facundo Fadón, vencedor da quarta temporada; e o vencedor desta quinta edição concorrerão a um prêmio adicional de 10 mil dólares e o Prêmio Campeão dos Campeões América Latina.
“Estamos celebrando a quinta temporada de Desafio Sobre Fogo Brasil e América Latina, que é um exemplo perfeito da composição de nossa audiência, formada por homens e mulheres que buscam o melhor entretenimento. E também procuram um componente histórico que se encontra perfeitamente nesta produção, uma vez que em cada episódio contamos a história de cada uma dessas ferramentas ou armas, e a história da civilização humana, por meio das armas”, explica Miguel Brailovsky, vice-presidente Sênior de Conteúdo do History. E acrescenta: “Esta é uma competição que expõe a arte, maestria, engenhosidade, criatividade e profissionalismo dos diferentes latino-americanos que hoje descobriram ou redescobriram a forja e a cutelaria, seja como ofício ou hobby , e que está ganhando mais seguidores em toda a América Latina”.
A configuração do programa permanece a mesma das edições anteriores. Oito participantes divididos em dois grupos de quatro integrantes. O vencedor de cada desafio soma 100 pontos, o segundo 75, o terceiro 50 e o quarto não pontua. Os últimos de cada grupo são eliminados, enquanto o segundo e o terceiro vão para a repescagem. Apenas o melhor poderá ser coroado com o título de campeão e ganhar o prêmio de 10 mil dólares.
Diferente das temporadas, esta edição de Desafio Sob Fogo Brasil e América Latina incluirá uma série de celebridades que participarão como jurados convidados. No primeiro episódio, quem marca presença é o filho de Octagón (famoso lutador mexicano) que deve avaliar uma faca inspirada na luta livre mexicana. A referida arma terá que incluir uma maçaneta de quebra de vidro e, para isso, os participantes terão que extrair alguns materiais de parte de um ringue de luta e cinturões de campeão, semelhantes aos recebidos pelos vencedores. Esta temporada da competição é a mais engenhosa quando se trata de propor atividades relacionadas às armas que são fabricadas, júri e cenários. Os testes de dureza, penetração e resistência demonstram a versatilidade e originalidade dos desafios.
Desafio Sob Fogo Brasil e América Latina é uma produção da Nippur Media para o The History Channel América Latina.
PARTICIPANTES BRASILEIROS
Gerson Bragagnoli, 66 anos, nasceu em Americana – SP e vive na cidade paraibana de Campina Grande há 42 anos. Bacharel em Ciências Biológicas, mudou-se em 1980 para o Nordeste para lecionar em uma universidade. O interesse pela cutelaria surgiu pela necessidade de ter facas boas para caça, de animais permitidos, na região. Autodidata, produziu as primeiras peças com tutoriais da Internet e decidiu se aperfeiçoar em um curso na Universidade de Brasília, em 2006, quando lhe propuseram levar o curso de extensão para a universidade de Campina Grande. Gerson foi indicado para a seleção do programa pelo cuteleiro Leandro Pazini, depois de fazer um curso com ele em 2021. Atualmente se dedica a dar cursos em sua oficina e à fotografia da natureza. “Eu gosto muito de produzir as facas Hunter e Canária, mas vou me dedicar à Peixeira, bonita e muito popular no Nordeste, mas considerada marginalizada”.
Márcio Alberto Madalosso, 48 anos, reside na cidade de Dois Vizinhos, no Sudoeste do Paraná. Sua inspiração para seguir na profissão foi seu pai, também cuteleiro. Na década de 90 não havia bom fornecedor de forja na região e Márcio iniciou suas pesquisas sobre o processo de cutelaria para começar a produzir suas facas, artesanalmente. Há quase 30 anos esta tornou-se sua principal ocupação, sendo em tempo integral desde 2011. Ele sequer sabe quem o indicou para participar dos testes para a série. Já atendeu a mais de três mil clientes, do mundo inteiro, e sua propaganda é o boca a boca. “Eu amo o meu trabalho, totalmente artesanal, e não existe limite para a minha imaginação, faço qualquer tipo de faca com qualquer tipo de material”, afirma o cuteleiro, que em breve irá tatuar o logo do History e do Desafio Sob Fogo em sua pele.
Roger Glasser, 44 anos, vive em São Paulo junto de seu companheiro, com quem está casado há oito anos. Começou a se dedicar à cutelaria como hobby, a partir de 2007, quando fez um curso com Ricardo Vilar e, em 2012, realizou o primeiro evento anual do setor: a Mostra Internacional de Cutelaria (o segundo maior do mundo em quantidade de expositores). Apesar de a cutelaria estar associada ao universo predominantemente masculino, Roger afirma que nunca se sentiu excluído desse meio. “Ainda existe preconceito com mulheres e gays, mas está mudando com o tempo. Para os cuteleiros, o importante é o trabalho que se apresenta, independentemente de gênero, idade e raça”. Neste ano, Roger foi eleito “O Forjador History”, em uma votação aberta pela Internet, o que lhe permitiu voltar para a nova temporada.