James Blunt passou novamente por São Paulo nesta terça-feira (8), para um único show no Terra SP. A apresentação integrou a “Back to Bedlam 20th Anniversary Tour”, turnê mundial que celebra as duas décadas do álbum que projetou o britânico ao topo das paradas globais. O espetáculo cumpriu exatamente o que prometia: uma execução ao vivo do disco na íntegra, acompanhada por outros destaques da discografia que consolidaram Blunt como um dos nomes mais sólidos do pop.
- “The Jury Experience” volta a São Paulo com novo caso no Teatro Gamaro
- Line-up do Lollapalooza Brasil 2026: apostas do Caderno Pop
- Quer ir ao The Town 2025 de graça? Saiba como!

Na noite fria da capital paulista, o público lotou a casa, que tem capacidade para cerca de quatro mil pessoas, em ingressos completamente esgotados. O show iniciou-se assim como a abertura do disco lançado em 2005, com a canção “High”, seguida do maior hit da carreira de Blunt, “You’re Beautiful”, que acumula mais de um bilhão de streams no Spotify. A plateia brasileira respondeu do jeito que costuma: formando um coro impactante, que reverberou por toda a casa.
Logo depois, Blunt deu sequência aos hits trazendo a melancólica “Goodbye My Lover”. A canção, ancorada por uma interpretação delicada ao piano, gerou o momento mais introspectivo do espetáculo e emocionou o público. Na sequência, vieram as deep cuts do álbum “Back to Bedlam”, mantidas no repertório para respeitar a proposta da turnê de executar o disco completo, algo que o cantor tem repetido fielmente ao longo da rota mundial.
A execução técnica foi o ponto alto da noite. Faixas como “Wisemen”, “Tears and Rain” e “Out of My Mind” soaram fiéis às versões originais, com leves alterações nos arranjos que trouxeram frescor ao material sem descaracterizar as composições. A banda que o acompanhou, composta por guitarra, baixo, teclado e bateria, exibiu um entrosamento evidente. Tocaram com leveza e bom humor, transmitindo a sensação de que se divertiam genuinamente no palco. Blunt alternou entre piano, violão e ukulele, o que deu ainda mais dinamismo ao show.
O britânico, conhecido pelo humor ácido e carismático, brincou diversas vezes com o público. Dedicou a apresentação às “pessoas que foram forçadas a ouvir as músicas pelos seus pais” e aos “maridos ou namorados que foram arrastados por suas esposas ou namoradas”. Ainda agradeceu aos fãs brasileiros que o acompanham desde o início da carreira, destacando que, graças a eles, hoje tem “uma casa muito legal em Ibiza”. Arriscou frases em português, fez o público se abaixar para pular junto e surpreendeu ao realizar um “stage dive”, mergulhando literalmente na multidão.
O setlist foi bem equilibrado, alternando momentos de pura emoção com faixas introspectivas como “Same Mistake” e “Carry You Home”, e outros mais vibrantes e dançantes, como “OK”. Já nos minutos finais, “1973” levou a plateia a outro coro coletivo. Evidência de que, do começo ao fim, o público esteve completamente entregue e engajado.
Em termos de produção, o espetáculo manteve cenografia discreta, luzes bem calculadas e um som nítido, sem oscilações perceptíveis, o que favoreceu o formato que privilegia o canto e as letras. O resultado foi um show tecnicamente competente, que revisitou com exatidão o material de “Back to Bedlam” e reforçou a relevância do britânico no cenário do pop adulto atual.
Próximas datas
Após a passagem por São Paulo, James Blunt segue para Buenos Aires, onde faz dois shows na sequência antes de retomar o giro europeu. O cronograma da turnê inclui apresentações na Espanha, Alemanha, Suíça, Nova Zelândia e Austrália até outubro, consolidando o projeto comemorativo como um dos mais extensos de sua carreira recente.
Fique por dentro das novidades das maiores marcas do mundo! Acesse nosso site Marca Pop e descubra as tendências em primeira mão.






